Passam hoje 40 anos, do desaparecimento físico do autor de “Lutar por Moçambique”, creditado com o devido mérito, como um dos Arquitectos da Unidade Nacional!
O “Desenvolver Moçambique” não iria abdicar de homenagear esse grande herói que, como tantos outros jovens que, apesar da sua humilde origem, percebeu primeiro a importância da “educação” e depois, sacrificou a sua vida de luxo em terras longínquas para se entregar, até às últimas consequências, por uma causa nobre e justa: a libertação do povo desta Pérola do Indico!
Quando Mondlane morreu, tenho a certeza que a maior parte dos bloguistas hoje activos nesta parte Indica dessa “esfera global” e ávidos em contribuir com suas ideias e conhecimentos para o engrandecimento desta pátria, ainda nem sequer tinha nascido!
Por isso, “tudo” o que sabemos da sua morte, é o que os livros da “Primária” nos ensinaram: que os colonialistas Portugueses enviaram, através da PIDE, uma bomba encoberta num livro que ele encomendara (terão os restantes camaradas pelo menos aprendido a gostar de leitura??), cuja explosão causou a sua morte instantânea (end of story)!
Em parte alguma da nossa “História” recente, se fala dos antecedentes a esse episódio fatídico, da ideologia política que esse e outros mártires defendiam e do sistema que pretendiam ver implantado no Moçambique independente! Esses são elementos cruciais a qualquer análise que pretendamos fazer sobre esta figura carismática!
É matéria de facto que com ele, grande parte da cúpula directiva da organização resultante da unificação dos três movimentos (MANU, UNAMI e UDENAMU) foi terminantemente eliminada e verificou-se um “shift” completo nas instâncias político-ideológicas, acabando emergindo uma elite fervorosamente marxista-leninista! Outro aspecto muito interessante e que passa quase sempre despercebido, é que aqueles que como Mondlane morreram durante estas “lutas intestinais” detinham níveis educacionais muito acima da média dos seus colegas, de então!
Como a perspectiva do futuro de qualquer nação, passa necessariamente pelo conhecimento íntegro do seu passado, é fundamental que, nesta altura em que recordamos todos os nossos heróis, incluindo os anónimos e os ostracizados, analisemos o país que essa gente pretendia ver nascer e o país que acabou nascendo!
Qualquer homenagem deve assentar nesses aspectos, se se pretender valorizar devidamente o papel desempenhado por esses nacionalistas!
Se quisermos recordar Eduardo Mondlane, nós Moçambicanos devemos nos perguntar se esse líder que viveu o “sonho Americano” e bebeu dos seus valores de liberdade e democracia, pretenderia exigir “guias de marcha” aos seus cidadãos independentes sempre que quisessem ir a machamba; se iria contar um pão para cada membro do agregado de cada família; se quereria remover as populações das suas zonas de origem para acantoná-las em aldeias comunais; se era seu desejo impedir que cada um desenvolvesse as suas actividades e negócios de acordo com a sua vontade e capacidade individuais?
Quer queiramos, quer não, há muita gente que acredita em feitiçaria! Inclusive, um dos provérbios nesse contexto que tem sido invariavelmente referenciado é aquele que diz que “o feiticeiro não entra em casa alheia, se não tiver ajuda do feiticeiro dessa casa”! Isso vem a propósito da morte de altas individualidades que, como deveis saber, nunca acontece porque um “ladrão de galinhas” assim o decide!
O “agente externo” (George Orwell o descreve bem no seu “Animal Farm”) tem sido sempre um artifício "elaborado" para a culpabilização de “tragédias internas”, servindo ao mesmo tempo de móbil para avançar “agendas” previamente definidas!
- A morte de Habyarimana, então presidente Ruandês, durante o seu regresso da assinatura dos “Acordos de Arusha”, despoletou o genocídio contra os Tutsis! Porém, o que nunca vem referido é que o regime Hutu já tinha iniciado uma campanha propagandística altamente hostil a essa minoria, as suas milícias sanguinárias já estavam treinadas e que nos meses antecedentes, o número de catanas importadas da China havia duplicado (acima de 600.000 unidades)!
- O PNAC (Project for a New American Century), organização com o que há de top-de-gama em termos de “neo-conservative establishment”, já havia definido mais de uma década antes da sua posterior ascenção ao poder, a necessidade dos EUA dominarem e "segurarem" as regiões com larga ocorrência de combustíveis fósseis (esse negócio da AFRICOM vos diz algo?)! Citando a sua mantra, para avançar com a sua agenda hegemónica, eventos catastróficos, uma espécie de “um novo Pearl Harbor” seriam necessários! Ainda hoje, e embora muita documentação evidencie que os ataques de “11 de Setembro”, não passaram de um “inside job”, larga porção da população mundial acredita que se tratou de uma façanha altamente bem sucedida de “terroristas islâmicos” (porque os media internacionais, tal como no caso das armas de destruição maçica, assim nos asseveraram)!
Por isso, é nos resultados e “beneficiários” de eventos particulares, que residem e podem ser encontradas muitas das respostas “do que realmente aconteceu”!!
Se quisermos recordar Eduardo Mondlane, não nos devemos conformar com “verdades simples”! É nossa obrigação perceber como era garantida a segurança do “líder máximo” e se a ausência do responsável por esse sector durante o "assassinato", surge como uma mera coincidência? (anos mais tarde, essa “ausência” voltara a ser observada na altura das mortes de Samora, Mabote, Maguni, etc).
Se quisermos recordar Eduardo Mondlane, é nossa obrigação que nos perguntemos, quantos mais anos precisarão passar, para que (re)iniciemos a trajectória de progresso económico, político e social idealizada e que nos foi negada, com a eliminação desse e doutros verdadeiros nacionalistas!!
Vamos lá beber “canhu” com as nossas “elites sábias” (citando "Leo Strauss") em homenagem aos nossos heróis e, quem sabe, na fase “high” dessas bebedeiras, tenhamos algumas contribuições valiosas para a “Verdade da Nossa História”!
O “Desenvolver Moçambique” não iria abdicar de homenagear esse grande herói que, como tantos outros jovens que, apesar da sua humilde origem, percebeu primeiro a importância da “educação” e depois, sacrificou a sua vida de luxo em terras longínquas para se entregar, até às últimas consequências, por uma causa nobre e justa: a libertação do povo desta Pérola do Indico!
Quando Mondlane morreu, tenho a certeza que a maior parte dos bloguistas hoje activos nesta parte Indica dessa “esfera global” e ávidos em contribuir com suas ideias e conhecimentos para o engrandecimento desta pátria, ainda nem sequer tinha nascido!
Por isso, “tudo” o que sabemos da sua morte, é o que os livros da “Primária” nos ensinaram: que os colonialistas Portugueses enviaram, através da PIDE, uma bomba encoberta num livro que ele encomendara (terão os restantes camaradas pelo menos aprendido a gostar de leitura??), cuja explosão causou a sua morte instantânea (end of story)!
Em parte alguma da nossa “História” recente, se fala dos antecedentes a esse episódio fatídico, da ideologia política que esse e outros mártires defendiam e do sistema que pretendiam ver implantado no Moçambique independente! Esses são elementos cruciais a qualquer análise que pretendamos fazer sobre esta figura carismática!
É matéria de facto que com ele, grande parte da cúpula directiva da organização resultante da unificação dos três movimentos (MANU, UNAMI e UDENAMU) foi terminantemente eliminada e verificou-se um “shift” completo nas instâncias político-ideológicas, acabando emergindo uma elite fervorosamente marxista-leninista! Outro aspecto muito interessante e que passa quase sempre despercebido, é que aqueles que como Mondlane morreram durante estas “lutas intestinais” detinham níveis educacionais muito acima da média dos seus colegas, de então!
Como a perspectiva do futuro de qualquer nação, passa necessariamente pelo conhecimento íntegro do seu passado, é fundamental que, nesta altura em que recordamos todos os nossos heróis, incluindo os anónimos e os ostracizados, analisemos o país que essa gente pretendia ver nascer e o país que acabou nascendo!
Qualquer homenagem deve assentar nesses aspectos, se se pretender valorizar devidamente o papel desempenhado por esses nacionalistas!
Se quisermos recordar Eduardo Mondlane, nós Moçambicanos devemos nos perguntar se esse líder que viveu o “sonho Americano” e bebeu dos seus valores de liberdade e democracia, pretenderia exigir “guias de marcha” aos seus cidadãos independentes sempre que quisessem ir a machamba; se iria contar um pão para cada membro do agregado de cada família; se quereria remover as populações das suas zonas de origem para acantoná-las em aldeias comunais; se era seu desejo impedir que cada um desenvolvesse as suas actividades e negócios de acordo com a sua vontade e capacidade individuais?
Quer queiramos, quer não, há muita gente que acredita em feitiçaria! Inclusive, um dos provérbios nesse contexto que tem sido invariavelmente referenciado é aquele que diz que “o feiticeiro não entra em casa alheia, se não tiver ajuda do feiticeiro dessa casa”! Isso vem a propósito da morte de altas individualidades que, como deveis saber, nunca acontece porque um “ladrão de galinhas” assim o decide!
O “agente externo” (George Orwell o descreve bem no seu “Animal Farm”) tem sido sempre um artifício "elaborado" para a culpabilização de “tragédias internas”, servindo ao mesmo tempo de móbil para avançar “agendas” previamente definidas!
- A morte de Habyarimana, então presidente Ruandês, durante o seu regresso da assinatura dos “Acordos de Arusha”, despoletou o genocídio contra os Tutsis! Porém, o que nunca vem referido é que o regime Hutu já tinha iniciado uma campanha propagandística altamente hostil a essa minoria, as suas milícias sanguinárias já estavam treinadas e que nos meses antecedentes, o número de catanas importadas da China havia duplicado (acima de 600.000 unidades)!
- O PNAC (Project for a New American Century), organização com o que há de top-de-gama em termos de “neo-conservative establishment”, já havia definido mais de uma década antes da sua posterior ascenção ao poder, a necessidade dos EUA dominarem e "segurarem" as regiões com larga ocorrência de combustíveis fósseis (esse negócio da AFRICOM vos diz algo?)! Citando a sua mantra, para avançar com a sua agenda hegemónica, eventos catastróficos, uma espécie de “um novo Pearl Harbor” seriam necessários! Ainda hoje, e embora muita documentação evidencie que os ataques de “11 de Setembro”, não passaram de um “inside job”, larga porção da população mundial acredita que se tratou de uma façanha altamente bem sucedida de “terroristas islâmicos” (porque os media internacionais, tal como no caso das armas de destruição maçica, assim nos asseveraram)!
Por isso, é nos resultados e “beneficiários” de eventos particulares, que residem e podem ser encontradas muitas das respostas “do que realmente aconteceu”!!
Se quisermos recordar Eduardo Mondlane, não nos devemos conformar com “verdades simples”! É nossa obrigação perceber como era garantida a segurança do “líder máximo” e se a ausência do responsável por esse sector durante o "assassinato", surge como uma mera coincidência? (anos mais tarde, essa “ausência” voltara a ser observada na altura das mortes de Samora, Mabote, Maguni, etc).
Se quisermos recordar Eduardo Mondlane, é nossa obrigação que nos perguntemos, quantos mais anos precisarão passar, para que (re)iniciemos a trajectória de progresso económico, político e social idealizada e que nos foi negada, com a eliminação desse e doutros verdadeiros nacionalistas!!
Vamos lá beber “canhu” com as nossas “elites sábias” (citando "Leo Strauss") em homenagem aos nossos heróis e, quem sabe, na fase “high” dessas bebedeiras, tenhamos algumas contribuições valiosas para a “Verdade da Nossa História”!
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