27 setembro 2011

X Jogos Africanos – My Views on Our Sports’ Quagmire (Conclusion)!!!

Moçambique é, essencialmente, uma “Nação Desportiva”!! Isso está nos nossos calos, isso corre por entre as nossas veias!! Mas, avaliar de forma incisiva o estado a que chegou o desporto Moçambicano é um exercício que não pode estar dissociado de outras realidades tanto políticas, como económicas e sociais que tendem a ser inculcadas neste país e suas gentes!!

Para qualquer observador atento, nas últimas duas décadas, exceptuando projectos de “extracção mineral” que não têm como ser implantados senão nos locais onde esses “recursos minerais” existem, de grosso modo, os grandes investimentos têm sido realizados aqui em Maputo ou em suas regiões satélites!! As províncias do país, onde de facto existe a maioria da população, tem progressivamente sido deixadas a “minguar”, com orçamentos per capita completamente desajustados, sem impulso algum dado à actividade industrial e económica, sabendo-se que “historicamente”, estas é que sempre foram o “garante da riqueza nacional e robustez das reservas estatais”!!

E, a única forma de ver a razão de ser desta “política governamental” é associá-la a uma preocupação (des)concertada em manter uma hegemonia artificial e falsa da região sul em relação às outras!! E, se isto acontece com a “política económica”, o que deve se imaginar da “política desportiva”?? Ao “amputar” a estrutura económica das províncias, sabe-se de antemão que se impede a emergência de “actores locais” que disponham de recursos para investir na indústria e na economia, quanto menos no “desporto”!!

Quem olha para as “modalidades tradicionais” ou “emergentes”, nota que, praticamente, só existe competição aqui no Maputo!! A competição nas províncias está completamente parada, hibernada!! Os clubes não têm recursos para promover essas modalidades que até são menos onerosas que o futebol.

Para assessar “soluções imediatas” para o desporto nacional, penso que devíamos olhar para o que está a acontecer correntemente no “futebol”!! O país estava na eminência de nem sequer ter um “campeonato nacional de futebol” porque os clubes (e aqui não falo apenas dos provinciais) não tinham recursos para aguentar com as despesas (viagens, hotéis, etc) no decorrer da competição anual!! O “ataque cardíaco ao desporto-rei” já estava mesmo a bater a porta e aí teve que se encontrar uma “solução centralizada”, a partir da qual o Organismo Federativo passou a mobilizar recursos externos (à FMF) para suportar parte significativa destas despesas!!

Se olharmos para o basquetebol, voleibol, andebol, atletismo, natação, ciclismo, hóquei, ténis, boxe, canoagem, karate, etc, alguém tem dúvidas que as respectivas “Federações Nacionais” não passam mesmo de “Federações de Maputo”?? Que os respectivos presidentes só se lembram das “províncias” nos momentos de campanhas eleitorais para concorrer ou renovar os seus mandatos???? Que esforço nenhum fazem para reactivar a competição, primeiro a “nível provincial” e depois nos “campeonatos nacionais”, assegurando-se sempre que cada província tenha o seu representante???

O que acontece é que as nossas “selecções nacionais” não passam de aglomerados formados a partir de atletas de três ou cinco clubes, mormente sediados em Maputo, com um e outro indíviduo de um clube provincial, para “colorir a fotografia” e dar-se vazão aos “acólitos do regime” a apregoarem uma hipotética “unidade nacional” que todos sabemos, é só “da boca para fora” e materialmente não existe e nem é implementada por sector algum!!

“Unidade Nacional no Desporto”
não há-de ser atingida pelo simples facto de termos jogadores de cada província na selecção, mas quando as nossas selecções nacionais passarem a ser constituídas por talentos natos emergidos da exaustão competitiva, primeiro nos campeonatos provinciais, e depois nos campeonatos nacionais!! A hegemonia desportiva de cada região há-de surgir nesse processo e penso que a unanimidade na composição dos nossos combinados nacionais surgirá de forma natural. Se houver contestação há-de ser eventualmente por não sabermos que super-talento terá que ser deixado de fora, pelo número limitado das vagas a serem preenchidas!!

E, a pergunta que surge é: “Será que temos algum receio que se tome este caminho para o fortalecimento do nosso desporto”???

Esta é a única forma de nos tornarmos competitivos tanto à nível continental como global, porque nós Moçambicanos não temos “malformação congénita” alguma que nos impede de ter sucesso no desporto!! Ao contrário dos “intelectuais orgânicos” que já correram a tentar “externalizar o problema” (os nossos atletas têm falta de rodagem internacional), “o problema do nosso desporto é interno e causado primariamente por esta falta de competição desportiva à escala nacional”!!

Tem sido um esforço de louvar, a continuidade que tem sido observada à nível do “desporto escolar”, mas é preciso termos noção e consciência que, muitos daqueles miúdos nem sequer tencionam ou visionam uma carreira no desporto!! A única forma de captá-los e atraí-los ao desporto só será possível se existirem “estruturas profissionais ao nível local” (clubes) para investir, guiar-lhes o rumo e fazer sobressair a gema desportiva nesses talentos!! A inexistência ou incapacidade dos clubes, como se observa actualmente, é que tem concorrido para a praticamente "morte na praia" das nossas várias promessas juvenis!!

E, algo que não deve ser excluído do actual “cenário desportivo nacional” (em que há 'satisfação plena' mesmo que a competição se circunscreva apenas a Maputo), consciente ou inconscientemente, são os seus “contornos políticos”!! Uma saudável e aguerrida competição desportiva envolve sempre “muita emoção e muita paixão”!! Para povos “forçosamente adormecidos”, esses são condimentos essenciais para o “despertar de um outro tipo de consciência”!! A consciência de que “afinal nós podemos”, “nós conseguimos”, “nós somos fortes”!! O “despertar dessa consciência” é fundamental e costuma ser um veículo galvanizador na “afirmação dos povos”, seja em termos “económicos, políticos ou sociais” e o desporto, sozinho e subtilmente é capaz de recriar isso tudo!!

Por isso, meus compatriotas, a nossa performance nestes Jogos Africanos deve ser, antes de mais, motivo para avaliarmos as “razões estruturais” que entorpecem e concorrem para os nossos fracassos desportivos!!

Conforme disse acima, e até pelo número reduzido de participantes e recursos mais baixos a despender, a fórmula correntemente em uso no futebol deve ser disseminada e implementada noutras modalidades individuais ou colectivas, para se poder reactivar a competição à nível nacional, em termos imediatos!! Mas a solução a médio-longo prazos passa incontestavelmente pelo “levantamento dos travões” que têm sido impostos ao avanço económico das províncias deste país!! É preciso que se deixe as províncias crescer e progredir até onde as suas potencialidades humanas e materiais lhes permite!! Só a prosperidade económica é que vai devolver mais actores locais a investir no desporto (local) e assim se reacender a competição, primeiro à nível provincial e depois na sua magnitude nacional!! Os talentos daí emergidos estarão suficientemente rodados e preparados para nos trazer as medalhas que há muito almejamos!!

O momento é de reflexão e propício para nos propormos a esses ambiciosos desafios de promovermos o progresso económico das várias regiões e povos que encorpam esta Vibrante Nação e com ele não só avançaremos o desporto, mas colectivamente também outros aspectos sociais cruciais ao desenvolvimento, como a educação e a saúde, em verdadeiro espírito de irmandade, harmonia e unidade nacionais!!

Se haverá intenção ou vontade para tal, nós estaremos aqui para retrospectivamente avaliar o caminho que vamos percorrer a partir deste momento em que terminam os X Jogos Africanos!!

A todos os atletas presentes nestes Jogos e que honraram a nossa bandeira com o seu trabalho árduo e abnegação, mesmo em presença à várias limitações logísticas e materiais, vai o nosso apreço e muito obrigado!! Vocês são o nosso Orgulho Nacional!!

X Jogos Africanos – My Views on Our Sports’ Quagmire!!!

Terminaram-se os X Jogos Africanos realizados na nossa capital, Maputo! Foi um alívio colectivo que, mesmo à porta do evento, as infraestruturas fundamentais estivessem concluídas, porque penso que teria sido um desastre completo se, enquanto as competições já estivessem a decorrer, andássemos a correr com pás, prumos e betoneiras de um lado para o outro!! Felizmente isso não aconteceu e é preciso dar os louvores as pessoas directamente envolvidas nesse processo!!

Se o “básico” esteve definido antes do “tiro de partida”, já os detalhes falharam em vários aspectos, o que vejo como “consequência natural de uma programação por cima do joelho”!! Num evento complexo como este, em que as acções prioritárias rondam o infinito, há coisas essenciais que, quando são esquecidas na fase de planificação, só são descortinadas quando o “objecto maior” já está executado!! Se se tratar de equipamento e apetrechamento de um edifício, é preciso que o mesmo já esteja concluído, as pessoas andem pelos seus compartimentos e notem que “Epah, veja que nos esquecemos de pôr aqui um painel televisivo”!! Hoje, estes equipamentos de tremenda utilidade diária e que serviriam de “porta de lançamento” e dar a conhecer o país aos nossos visitantes, encontram-se a preços de banana em qualquer mercado de produtos electrónicos!! Mas não é possível ver estas coisas, se terminarmos a última mão da pintura, umas horitas antes da corrida começar!!

Mas, o que eu acho ter sido inconcebível foi não ter a “sala de comunicações” pronta para a difusão do evento principalmente pelos média internacionais e nacionais (apesar destes últimos levarem vantagem em “como se virar”) ainda na véspera do evento e ter sido criado um website para cobrir de forma exaustiva e actualizada, o decorrer dos Jogos!! Aqui é preciso dar “as mãos e os pés à palmatória” e encontrar pessoas para “perfilar” não me parece ser tarefa árdua!!

No entanto, é preciso perceber que, sem descurar o avanço em termos de novas infraestruturas, o envolvimento dos países na organização de eventos desta natureza visa essencialmente “ganhos desportivos”!! Trago aqui à memoria, os Jogos Olímpicos de Beijing 2008 ganhos pela China, o Mundial de Futebol França-1998 ganho pelo pais organizador, o Mundial de Futebol Sub-17 realizado há poucos meses e ganho pelo país organizador (México) e, falando propriamente dos “Jogos Africanos” temos o Egipto – 1991 , África do Sul – 1999, Nigéria – 2003, que organizaram e venceram os respectivos Jogos!! “Vencer é um imperativo sempre presente” e também não é por não vencer que “passamos a não valer nada”, mas quando o meu país é dado a vencer apenas 13 medalhas e nenhuma delas de ouro, um indivíduo fica no desamparo e sem saber se “se esconde e chora sozinho no sótão” ou “se saiu correndo nu pela rua abaixo gritando MAMAWUUUUÉÉÉÉÉÉÉÉÉ”!!!

E aqui, “é preciso fazermos uma análise desapaixonada ao estado a que chegou o nosso desporto nacional”!!

Essa é coisa que vou fazer no próximo post, mas como um bom patriota sugiro às autoridades desportivas (de hoje ou as que virão amanhã) para que se adopte como “Princípio Sagrado de Estado”, que a nossa candidatura para a organização deste tipo de eventos só seja efectivada, uma vez reunidas as condições de sucesso desportivo, assegurada a maturação de talentos nacionais com cartas dadas e que já tenham sido medalhados em competições organizadas por outros!!

09 setembro 2011

Muammar Gaddafi: “My Views on Libya’s Debacle”

Se compararmos com outras regiões, África é o continente com as lideranças mais retrógradas!! Continuamos a ter governantes sem sentido de Estado, que querem se perpetuar no poder, sem ideias nenhumas como desenvolver as suas nações e preocupados apenas em enriquecer a sí, suas famílias e seus sequazes!! É isto que resvala frequentemente em níveis insustentáveis de insatisfação colectiva, com errupções sociais a surgirem de forma não anunciada e prontas a serem aproveitadas pelos “fazedores ou caçadores de oportunidades”!!

Mas é preciso notar que o continente Africano, apesar da jóia que é tanto ao nível humano, ambiental e extensivas riquezas naturais, continua sob forte “agenda depreciativa” nos países “considerados ricos”, pelo seu relativo atraso económico e dificuldades sociais de vária ordem!! Esta “agenda depreciativa” tem servido para moldar uma “imagem abominável” e de "pouca simpatia" a tudo quanto seja Africano e, essencialmente, manter as chamadas “sociedades avançadas” numa total obscuridade sobre o que realmente é este continente e o que são as suas gentes!! Se se perguntar a um Europeu, Americano ou Asiático se alguma vez viu fotos panorámicas de uma cidade Africana, das suas praias e estâncias turísticas, da vibrante sociabilidade e humanidade que carregam as suas gentes, da sua riqueza cultural, etc, a resposta será certamente negativa!! "Isso não passa em lado algum"!! O que se conhece de África são imagens como as da corrente crise humanitária na Somália!! Para o mundo lá fora, é aquilo que acontece em toda a África!! África é “plain and simple” aquilo!! Aliás, a ignorância é tanta que “África é um país”!! Não há ideia da tremenda diversidade e peculiaridades que caracterizam os agora 54 países que cobrem este continente!! Não admira que, com tudo o que temos neste continente, a nossa porção de absorção do turismo mundial se situe em meros 0,8%!! “Atão”, anda “tudo mundo” petrificado de medo lá fora sobre tudo o que seja Africano……….!!

No entanto, importa lembrar que nessas “sociedades desenvolvidas”, mesmo que sejam eles mesmos a “moldar as percepções do seu público”, os governos precisam de apoio da sociedade para enveredar em suas “acções pouco famosas”!! E, é aí onde surge a verdadeira razão de existência da “agenda depreciativa”: com os níveis de simpatia extremamente baixos, “servir de móbil justificativo a qualquer acção unilateral de interferência na gestão dos assuntos Africanos”, “porque eles próprios, coitados, não o sabem fazer”!! De facto, esta não é uma artimanha nova!! A utilização desta fórmula, pode ser claramente vista como uma metamorfose do antigo motto de “ir civilizar os selvagens”, como justificação da invasão colonialista não só a África, mas a todas outras partes do mundo que sofreram esse infortúnio!! Em nenhum momento, alguém disse que os “invasores” estavam desprovidos de recursos nas suas terras de origem e pretendiam “açambarcá-los” à força, de outros povos!!

Hoje, “ir civilizar os selvagens” veste a capa de “levar a democracia” aos povos sob o jugo de “ditaduras abomináveis”!! Sem pretender revisitar a história universal e observar as origens desta forma de organização política das sociedades e, nos concentrarmos apenas na etimologia desta palavra “Democracia”, perceberemos facilmente que “tudo reside e se centra no povo”!! Portanto, se esse “povo” quer genuinamente que a sua sociedade passe a ser “democrática”, ele tem que ir à rua, lutar e fazer valer os seus direitos!! Note-se, “O Povo”!! Ninguém vai trazer a “democracia” misturada numa mala com notas de dólares ou euros ou, no pior dos casos, com bombas lançadas de alturas acima de 50 mil pés!!

“Democracia” alguma resiste a essas estrondosas explosões, nem “povo” algum consegue encontrá-la por entre os escombros!!


Hoje feliz ou infelizmente, estamos em posição confortável para avaliar eventos recentes e consequências deste tipo de acções:

- Egipto e Tunísia: o povo foi à rua e, praticamente sem destruição e sangue derramado, removeu os regimes precários que os governavam há décadas. Por esse “simples” facto, ninguém precisa de dizer aos povos Egípcio e Tunisino que “a soberania reside neles”!! Isso já está encorpado e corre pelas veias de qualquer cidadão daqueles países!! Doravante, os regimes que forem a emergir terão disciplina, acountabilidade e não terão dúvidas a quem essas contas deverão ser prestadas!! Se tivesse que apostar, eu não teria muitas dúvidas em depositar as minhas moedas “num futuro próspero e risonho para estas nações”!!

- Iraque e Líbia: países ricos em petróleo, governados por mão-de-ferro de “ditadores abomináveis”, com fortes fracções tribais (entretanto contidas pelas “feras”)!! Democracia trazida por “bombas” e, ao primeiro sinal de “caminho desimpedido”, mesmo antes de mais nada definido sobre a suposta “afirmação democrática desses povos”, vemos companhias petrolíferas de “países desenvolvidos” caíndo de pára-quedas, directamente para os campos petrolíferos com as suas “bombas de sucção em funcionamento, já amarradas a mangueiras de largo diâmetro”!! No caso do Iraque, hoje volvidas quase uma década, não temos dúvidas sobre os resultados da tal “democracia empacotada”!! No caso da Líbia, “a procissão ainda vai no adro”, mas desde o primeiro momento das “manifestações pacíficas”, as várias cadeias noticiosas nunca falaram de cidadãos, mas de “revoltosos armados” por si apelidados de “rebeldes”!! Bom, "cidadãos que já têm armas, para levar a cabo as suas manifestações pacíficas??”……., “donde as trouxeram??” Essa é pergunta que não precisa de ser respondida porque mais tarde, a “comunidade internacional” tratou de formalizar aquilo que seria uma “acção impensável num mundo imoral”: “armar um exército rebelde que ninguém sabia onde estava”!!! Depois seguiu-se o lançamento do último álbum de "Rap" cognominado “R2P” (Responsibility to Protect) distribuído “gratuitamente” por uma vasta “zona de exclusão aérea”!! Rapidamente a “música humanitária para boi dormir” se metamorfoseou nos grandes hits de verão, “Agressão armada” e “Gaddafi must go”!! Gaddafi ainda resiste em parte incerta, mas ao nível que mais “esta tragédia Africana” (integralmente cozinhada noutras paragens) se encontra, só por um milagre não terminará aniquilado!! “A democracia tem que ser entregue ao povo Líbio à todo o custo”!!

No final, teremos um Conselho Nacional de Transição (CNT) com o pescoço torcido e envolto em ligaduras (de tanto se virar), por não saber se a nova capital da Líbia será Paris, Londres, Roma ou Washington!! Qualquer acountabilidade terá que ser prestada em primeira mão a esses locais e não sei quem se ocupará pelas causas dos “Salafis e Berberes” que deviam ser “protegidos” (in the first place), quando contrariamente aos casos Egípcio e Tunisino, nenhuma “soberania” correrá pelas veias desses povos!!

São estes os “regimes democráticos” que se pretendem pelo mundo à fora!! “Um bando de incompetentes sem nenhum cometimento pelas causas dos seus povos”, mas cuja preocupação-mor é “estender o tapete vermelho aos invasores de costume”, para abalarem com os recursos usurpados de seus povos, à troco de umas microscópicas migalhas!!

E, se me pergutassem o que prefiro entre:
Ter um “ditador abominável” que não garante direitos políticos ao seu povo, que enriquece a sua família fora de medida, mas que em contrapartida tem uma política com extensos benefícios sociais garantidos ao seu povo, com uma distribuição de riqueza nacional muito acima da média dos “países considerados ricos”, e, por outro lado, uma “democracia empacotada” trazida sobre bombas e que não tem como servir a outros interesses senão aos de “potências económicas falidas” (falência essa que remonta aos tempos de outras tragédias como a “partilha de África”), eu não teria dúvidas qual seria a minha opção!!

E você caro leitor, sabe pelo que optaria??

Que nós Africanos precisamos de profundas e urgentes mudanças, isso é matéria que não precisa de ser levada à debate!! Mas qualquer mudança que não saia de nós mesmos, que não esteja genuinamente comprometida com a defesa dos nossos sagrados interesses, jamais valerá a pena!! Porque continuaremos a perpetuar este ciclo em que uns acham que são “ricos”, mas para manter o seu "nível de vida" e “estatuto de riqueza” não se coíbem em dilacerar outras nações e usurpar desenfreadamente os seus recursos!! Lembrem-se que houve escravatura e Africanos houve que capturavam e vendiam seus irmãos para irem ser usados como objectos!!! A compensação por “esses investimentos que dávamos a perder”, eram também “magrinhas migalhas”………..!!! É esta saga que continua nas suas múltiplas metamorfoses........!!

E, se há continente que precisa de estancar este “pernicioso ciclo” é África!!