tag:blogger.com,1999:blog-1758989951578210682024-02-07T09:53:45.378+02:00Desenvolver MoçambiqueEste e' o primeiro blog que pretende tratar fundamentalmente de assuntos ligados a construção civil nesta perola, outrora "Mussa-al-bique"! De forma clara, concreta e pratica, abordarei aspectos que permitam "melhorar" a vida dos moçambicanos, do cidadão comum que no seu dia-a-dia se "atira" a aventura da construção! Numa postura não descriminatoria de "think globally and act locally" temas como agricultura, arquitectura, economia, entre outros, terão tambem o seu merecido tempo de antena!!Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.comBlogger218125tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-88887023495841353182012-11-07T08:11:00.000+02:002012-11-07T08:11:17.162+02:00Congratulations Mr. President Obama!!Congratulations Mr. President on your decisive re-election! At least no more four next Bush-esque years!! Well done!! <div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com97tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-61085268486850328332012-07-30T13:47:00.000+02:002012-07-30T14:53:56.769+02:00Maputo – KaTembe: “A Verdade Sobre a Ponte para a Casa da Mãe do Presidente” – Conclusão!!<style>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Sabemos que a noção vigente na nossa sociedade que, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“quem tem carro, então é rico”</b>, est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> muito longe de
corresponder </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> verdade!! Esse </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> o exercito de
indivíduos estressados, que est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> constantemente a contar moedas, com o coração
na mão, porque o carro est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> na reserva há mais de 3 dias e, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“não vá ele querer-me surpreender com uma
paragem súbita no meio da rua, por falta de combustível”</b>!! Se fosse
possível ligar em s</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT">rie as luzinhas amarelas de todas as viaturas com
o tanque na reserva, resolveríamos o problema de iluminação p</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">blica
neste pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Se queremos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“incentivar”</b> as
pessoas a fixar residência na KaTembe, então precisamos de lhes dar <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“incentivos”</b>!! Uma ponte com portagem,
para quem precisa de sair e regressar </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> casa, numa base diária, bi-di</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">ria,
tri-di</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">ria (esqueceu a carteira, esqueceu de comprar umas conservas, esqueceu de
ir buscar o beb</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> a escolinha....), não poderá considerar-se um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“incentivo”</b>, mas um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“luxo”</b>!! E, quanto mais cara for a
ponte, para que o projecto seja viável, a taxa de portagem mais cara será!! No
ordenamento económico-financeiro desta nação, quantos cidadãos estão a altura
de arcar com essas despesas??</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“solução alternativa”</b> que
propusemos no âmbito desta s</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT">rie, a avaliar pela quantidade reduzida de
investimentos que ir</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> absorver, não contempla a cobrança de taxas de
portagem no tro</span><span lang="PT">ç</span><span lang="PT">o Maputo-KaTembe. Só os ganhos indirectos advindos
da promoção da urbanização da KaTembe, numa perspectiva de custo-beneficio, permitiriam
recuperar esses investimentos!! Esse será um incentivo para que as pessoas
fixem residência naquela urbe!! A cobrança de portagens ficaria confinada </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT">
estrada KaTembe – Ponta do Ouro, sabendo-se que o grande objectivo dessa
infraestrutura </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> a promoção do turismo, e como sabemos, esse não
se realiza de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Segunda-feira a Domingo”</b>,
o que implicaria uma despesa diária para os seus utentes!! Essa despesa poderá
ocorrer uma vez por semana, uma vez por m</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">s ou uma vez por ano, não significando
assim <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“um rombo constante ao bolso do
cidadão”</b>!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">A questão de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“portagens”</b> deve
ser sempre concebida numa <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“perspectiva
de opção”</b>!! Uma opção mais confortável, mais rápida, pela qual os utentes
interessados sãos obrigados a pagar!! A portagem nunca deve ser concebida numa situação
de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“alternativa única”</b>, como se
pretende fazer com a ponte Maputo-KaTembe!! A titulo de exemplo, olhemos para a
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Portagem de Maputo”</b>: quem sai da
Matola, sem dinheiro no bolso, com tempo extra para queimar, tem a
possibilidade de usar a via Machava-Jardim-Maputo, sem incorrer em custos. Já
aqueles que t</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">m o bolso cheio de verdinhas e pouco tempo
disponível para chegar aos seus destinos, tem a opção mais confortável, mais
rápida, usando a estrada com portagem, mas que em contrapartida, lhes custar</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> um
determinado valor!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">É</span><span lang="PT"> isto que se deve fazer com a KaTembe, se
de facto, se pretende honestamente incentivar os cidadãos a fixar residência
naquele local. Conforme sugestão de um dos nossos leitores, se se construir o
porto de </span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">guas profundas em Techobanine, será imperativo construir um ramal
ferroviário at</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> Maputo. Mas, apesar de pontes ferroviárias serem
muito mais baratas que pontes rodoviárias, n</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT">s somos de opinião que o ramal ferrovi</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">rio, a esta</span><span lang="PT">ç</span><span lang="PT">ão
e Porto-seco para o manuseamento das mercadorias sejam construídos do lado da
KaTembe!! O transporte de e para Maputo, seria efectuado por via rodoviária,
usando as infraestruturas que constam desta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“solução alternativa”</b> e outras que integram o Projecto da Circular
de Maputo. Este facto, por si só, permitir</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> o rápido
desenvolvimento da KaTembe! Por outro lado, não será necessário
construir/reabilitar a estrada Bela Vista - Boane de imediato, porque esta solução
alternativa permitir</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> a ligação directa entre a KaTembe e Boane (Belo
Horizonte).<br />
<br />
Quando a KaTembe tiver expandido ao ponto de gerar um volume de tráfego tal, que
congestionamentos comecem a prever-se (observar-se) na estrada Maputo-KaTembe, então
a</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT"> justificar-se-</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> a construção da ponte Maputo-KaTembe, para acomodar tanto o tr</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">fego rodovi</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">rio, como o ferrovi</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">rio!! Essa ponte
surgir</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> como uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“opção cómoda e mais rápida”</b>
para unir os dois pontos da ba</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">a!! Pela sua utilização, os utentes terão
que pagar taxas de portagem, com vista a recuperação dos investimentos feitos!!
Mas ninguém será deixado sem alternativa que se encaixe </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> sua situação
financeira!!<br />
<br />
A todos os compatriotas Moçambicanos quero deixar claro que a ponte Maputo-KaTembe
</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> tão importante quanto as pontes Inhambane-Maxixe, Quelimane-Inhassunge,
Lumbo-Ilha de Moçambique, Guludo-Ilhas do Parque Nacional das Quirimbas (Cabo
Delgado) só para citar alguns exemplos!! Mas estas pontes não só absorveriam
tremendos investimentos directos para a sua construção, como trariam um desafio
avassalador para a sua manutenção, devido ao ambiente marinho severo em que serão
implantadas!! Isto equivaleria a meter os fundos do erário p</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">blico
num saco roto. A noção que devemos ter </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> que, estas infraestruturas, uma vez construídas,
representarão gastos contínuos, at</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> que as mesmas deixem de ser utilizadas,
pelo seu acelerado estado de degradação!! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">Não sei se é necessário
perguntar se Moçambique está neste momento à altura de se embrulhar nesse tipo
de investimentos??</span></b><span lang="PT"><br />
<br />
Países como o nosso, que querem aumentar a sua riqueza, não devem apenas correr
a fazer investimentos!! Mas devem concentrar-se naqueles que, não sendo
descontroladamente onerosos, podem trazer o retorno dos investimentos de uma
forma mais acelerada, ao mesmo tempo que conferem benefícios a uma vasta
maioria da sua população!! Demonstramos ao longo destas linhas que a ponte
Maputo-KaTembe não </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> um desses projectos, e que existem outras vias
alternativas mais vantajosas, que deviam ser exploradas!! </span><span lang="PT">É</span><span lang="PT"> que, a este andar,
amanh</span><span lang="PT">ã</span><span lang="PT"> teremos um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">"iluminado"</b>
que quer construir uma torre maior que o Burj Khalifa no Dubai (a maior torre
do mundo), e certamente que não faltarão financiadores interessados em pegar
nessa oportunidade para escravizar mais esta nação, enquanto avançam os seus
interesses particulares!! Acólitos também a aplaudir a iniciativa do iluminado
também não faltarão!! <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mas que vantagens
o país terá com essa torre??</b><br />
<br />
<b>Essas são as perguntas que devemos fazer agora, em relação </b></span><b><span lang="PT">à</span></b><span lang="PT"><b> ponte
Maputo-KaTembe!!</b><br />
<br />
As pontes que mencionei acima e outras infraestruturas importantes que
constituem um desafio de engenharia, devem ser concebidas numa perspectiva de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">"orgulho nacional"</b>!! Não
vamos perpetuar esta situação em que, os financiamentos das obras são
estrangeiros, os projectistas são estrangeiros, os empreiteiros são
estrangeiros, os materiais são estrangeiros (vontade não lhes falta de trazer também
pedra e areia dos seus países) e, quando as infraestruturas precisarem de manutenção,
tenhamos que recorrer a esta mesma f</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT">rmula destrutiva!! Se a única coisa Moçambicana
são os pés que atravessarão essa ponte e algum nacional sente alguma forma de
orgulho ao utilizar essa infraestrutura, eu não diria que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">"esse é orgulho com peso de papel"</b>, mas que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">"o meu caro compatriota ainda não está
ciente da sua condição de escravo"</b>!!<br />
<br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Que comecemos a preparar-nos para que
sintamos orgulho por feitos nacionais realizados com fundos próprios, obras
concebidas por nossos engenheiros e arquitectos, infraestruturas construídas
pelos nossos empreiteiros!! Isso é que é orgulho de verdade, orgulho com peso
de chumbo!!</b><br />
<br />
Enquanto não podemos materializar esse sonho, adoptemos investimentos
racionais, econ</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT">mico-financeiramente sustentáveis e que tragam benefícios
para uma vasta maioria de Moçambicanos que lutam dia-a-dia pelo progresso desta
Nação que tanto amamos!!<br />
<br />
Eu e tantos outros que temos nos batido por esta causa, cumprimos aqui o nosso
dever de cidadania!! Se aqueles que t</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">m o poder decisório nas mãos, na sua
atitude habitual de limitar e condicionar o debate, virem cá fora despejar a
sua arrogância com expressões do tipo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">"a
reforma curricular da UEM é um processo irreversível"</b>, ooppss, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">"a construção da ponte Maputo-KaTembe é
um processo irreversível"</b>, n</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT">s estaremos aqui sentados para ver </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> que
velocidade, essas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">"decisões imutáveis"</b>
se deterioram e são pontapeadas para a caixa de lixo, com os prejuízos incalculáveis
associados, que são sofridos pelo pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s!! Mas não pensem que continuarão a se
livrar impunemente destes erros grosseiros de gestão do pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s!! Se não forem estes Madalas,
os seus descendentes políticos certamente pagarão!! Isso </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> uma certeza!!</span></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-15771994966411077542012-07-29T08:36:00.000+02:002012-07-29T08:36:43.951+02:00SMS - Sunday Morning Sounds<iframe width="480" height="360" src="http://www.youtube-nocookie.com/embed/OfJRX-8SXOs" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-83155637467221953462012-07-27T11:53:00.000+02:002012-07-29T07:11:10.831+02:00Maputo – KaTembe: “A Verdade Sobre a Ponte para a Casa da Mãe do Presidente” – Uma Solução Alternativa!!<style>
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZcFstb2sWbg2wwQYlssBfZf3IzUDvU0geMOyEPJUk2nrxqNdwehp9eP5EJCIntZVa1fr7eav9uxyIk6zuTix0GnffZj_Ee1G6rCB1gtZbblKjLLyJYx2tVjp9YtmZCodIlP7dUGZgN6E/s1600/baia.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZcFstb2sWbg2wwQYlssBfZf3IzUDvU0geMOyEPJUk2nrxqNdwehp9eP5EJCIntZVa1fr7eav9uxyIk6zuTix0GnffZj_Ee1G6rCB1gtZbblKjLLyJYx2tVjp9YtmZCodIlP7dUGZgN6E/s400/baia.png" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Não me lembro da
quantidade de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“seminários de estradas”</b>
em que participei, cujo tema assente era a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“pavimentação
da estrada para a Ponta de Ouro”</b>!! Os números ali apresentados, mostraram
sempre com clareza, que não existia tráfego suficiente para justificar esses
investimentos!! Mas se forem a notar, em nenhum momento da nossa abordagem condenamos
a construção dessa estrada!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">O que temos estado
a defender no decurso desta série, é que, nas condições actuais, o Estado
Moçambicano não está em posi</span><span lang="PT">ção</span><span lang="PT"> de enveredar por soluções arrojadas, quando
alternativas mais racionais e económicas, estão disponíveis e, em nossa
opinião, devem ser exploradas!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Em momento algum
contestamos que a população da KaTembe deve ser servida por infraestruturas que
permitam a sua rápida mobilidade de e para Maputo. O que está aqui em causa são
as opções financeira e economicamente insustentáveis que se querem adoptar.
Porque, sejamos francos: a KaTembe é neste momento um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“deserto”</b>, com uma reduzida massa populacional, sem produção
agrícola ou industrial, sem meios circulantes, sem tráfego!! Por essa via,
inclua-se Matutuine, Bela Vista, Ponta de Ouro, etc. Por mais que queiramos
esticar a fita de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“previsões de expansão
e crescimento futuros”</b>, neste momento, esses locais todos não reúnem uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“base de sustentação”</b> que permita a
expansão necessária para reaver os investimentos que se pretendem fazer com a construção
da ponte Maputo-KaTembe!! É preciso que haja essa <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“base de sustentação”</b>, é preciso que haja esse <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“ponto de partida”</b>!! Se vamos criar algo a partir do nada, então
temos que ter noção de limites!! Não vamos construir uma ponte de 600 milhões
de dólares, para um sítio onde não existe nada!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Mas podemos fazer
uma ponte de 20 milhões, 30 milhões de dólares (50 milhões de dólares já seria
discutível), para impulsionar o desenvolvimento que pretendemos nessa região,
deixando com clareza que há sacrifícios que devem ser consentidos nesta altura,
até que a situação económica do país permita a adopção de soluções que hoje não
estão ao nosso alcance!! O sucesso da KaTembe, que virá a permitir a
sustentabilidade da construção de uma ponte multimilionária, reside na
preposição que a Katembe seja habitada <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“sem
limites para a sua expansão”</b>!! A validade deste argumento, de nada depende
do que venha a acontecer nem em Matutuine, nem em Bela Vista, nem na Ponta de
Ouro!! A KaTembe deve ser olhada como uma entidade que depende apenas de si própria, porque para que uma ponte Maputo-KaTembe seja vi</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">vel, deve existir <b>"tr</b></span><b><span lang="PT">á</span><span lang="PT">fego di</span><span lang="PT">á</span></b><span lang="PT"><b>rio"</b> para os dois lados da baia. Tal s</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT"> ser</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> poss</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">vel, se a KaTembe for massivamente habitada e, melhor ainda, se tiver actividade industrial e comercial. Que n</span><span lang="PT">ã</span><span lang="PT">o se pense que uma ponte Maputo-KaTembe ser</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> vi</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">vel com tr</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">fego mobilizado por <b>"turismo de fim de semana, P</b></span><b><span lang="PT">á</span></b><span lang="PT"><b>scoa ou fim do ano"</b>, como se est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> a querer vender!! Isso n</span><span lang="PT">ã</span><span lang="PT">o ir</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> acontecer!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">É nessa perspectiva
que propomos um plano alternativo para a urbanização não restritiva da KaTembe
que, conforme veremos nas próximas linhas, será muito menos oneroso, fará um
melhor aproveitamento do Projecto da Circular de Maputo, permitirá o desvio de
tráfego desnecessário que doutra forma iria para o centro de Maputo, e fundamentalmente, permitirá
que, na eventualidade da construção futura do porto de Techobanine, unidades
industriais em Matutuine, etc, qualquer carga a ser transportada de e para
esses locais, tenha acesso directo a EN4 (África do Sul), EN2 (Suazilândia,
África do Sul) e EN1 (resto do país) sem ter que perturbar o tráfego na cidade
de Maputo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">1) Estrada Maputo-KaTembe</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Conforme ilustrado
na figura acima, esta estrada iniciaria na intersecção com a EN2 depois da
ponte da Matola-Rio e antes de Belo Horizonte, perfazendo uma distância de
aproximadamente 10Km até ao centro da KaTembe. Este troço, entrando pela parte Oeste
da KaTembe se iria intersectar com outro vindo da actual ponte-cais, numa extensão
de aproximadamente 8 Km, servindo assim de bases para a execução de malhas
quadradas, que permitiriam a urbanização da KaTembe em toda a sua extensão, tanto
em direcção à Matola-Rio (Belo Horizonte), como em direcção ao Oceano Indico no
extremo Este, evitando que todo o protagonismo da vila esteja na secção que faz
frente à cidade de Maputo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Esta estrada teria
uma ponte sobre o rio Umbeluzi, com aproximadamente 250m de comprimento e outra
sobre o Rio Tembe, com cerca de 750m de extensão. Usando tabuleiros compostos
ou outras soluções que se considerem baratas, estas pontes não custariam acima
de 10 milhões e 30 milhões de dólares, respectivamente, visto que não teriam
que ter dimensões monumentais para permitir a passagem de navios de grande
calado debaixo dos seus tabuleiros. Na entrada a Maputo, esta estrada faria o devido uso da Circular de
Maputo, a partir do nó da Machava.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">2) Marinas</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Seriam construídas
duas Marinas modernas, onde hoje se situam as pontes-cais do lado de Maputo e
do lado da KaTembe. Estas estruturas deveriam ser concebidas não só para a
atracagem de ferry-boats, mas também com uma área comercial, restaurantes, as
marinas propriamente ditas para a ancoragem de pequenos yates, etc, servindo assim
para promover o turismo de mar (pesca/mergulho) dos dois lados da baía. Sem querermos ser muito
arrojados, estas duas infraestruturas poderiam ser executadas com uma quantia
total de 30 milhões de dólares, que seria complementada com uma verba de 5 milhões
de dólares para a aquisição de 2 ferry-boats modernos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Por mais que um
dia, a ponte Maputo-KaTembe seja construída, é preciso tomarmos em conta que a
travessia por ferry-boat deverá ser mantida, por ela emprestar um cunho
turístico particular à nossa cidade capital!! Por outro lado, a grande maioria
da populacao da KaTembe não tem viaturas particulares, o que significa que,
para se deslocarem ao trabalho na baixa ou centro da cidade de Maputo, nenhuma
ponte lhes fará melhor serviço que o ferry-boat.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">3) Estrada Catembe-Ponta de Ouro</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">A estrada
Maputo-KaTembe, incluíndo a ramificação primária no interior da vila da KaTembe
compreenderia uma extensão total de aproximadamente 35Km. Adicionados a mais 115
Km até à Ponta de Ouro, este projecto teria uma extensão total de 150Km de
estradas. Uma estrada de 2 faixas, com revestimento duplo, trabalhos de drenagem,
etc, está avaliada em cerca de 1 milhão de dólares/Km, o que indica que, em
termos de estradas, o investimento seria de aproximadamente 150 milhões de
dólares para todo este projecto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">4) Custos Totais</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">- Estrada
Maputo-KaTembe: 35 milhões USD</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">- Ponte sobre o Rio
Umbelúzi: 10 milhões USD</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">- Ponte sobre o Rio
Tembe: 30 milhões USD</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">- Marinas
Maputo/KaTembe: 30 milhões USD</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">- 2 Ferry-Boats: 5 milhões
USD</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">- Estrada KaTembe –
Ponta de Ouro: 115 milhões USD</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">- Contingências: 25
milhões USD</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">- TOTAL: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">200 milhões USD</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Se tomarmos em
conta que, uma e outra obra de arte terá que ser construída no troço
KaTembe-Ponta de Ouro, vemos que com um valor global não superior a 250 milhões
de dólares, todo este projecto pode ser executado. A expansão da KaTembe
executada nestes moldes, possibilitará a sua ligação tanto a Maputo como a
Matola, o que aliada ao Projecto Circular de Maputo, que possibilitar</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> o desenvolvimento de novas zonas habitacionais, abriria caminho à construção
de uma verdadeira <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Região Metropolitana
de Maputo”</b>, devidamente interconectada!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">O aspecto
particular desta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“solução alternativa”</b>
é que não estaremos a incorrer em gastos directos excessivos com a construção,
que serão posteriormente exacerbados com valores exorbitantes para a manutenção,
como se observará se se avançar unilateralmente para a construção da ponte
Maputo-KaTembe!! Por outro lado, é falacioso dar-se constantemente primazia ao <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“centro da cidade de Maputo”</b> quando se
sabe de antemão que a grande maioria da sua população vive nos seus arredores.
Falo dos bairros de Jardim, Benfica, Magoanine, Malhazine, Machava, as várias
Matolas, Belo Horizonte, Tchumene, e por aí fora!! Toda esta população, que
acreditamos irá melhorar gradualmente o seu poder de compra, tendo interesses
(turísticos) na KaTembe ou Ponta de Ouro, estará muito melhor servida por esta
proposta que aqui apresentamos!! Aos citadinos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“ricos”</b>, o sacrifício que se lhes pede, será contornar a baía numa
extensão de meros 25Km, para desfrutar os seus fins de semana do lado da
KaTembe!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">A nossa proposta
est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> aqui feita! Se tem outros números ou sugestões alternativas, não se coíba
de apresentá-los, antes de prosseguirmos para a conclusão desta série, no
próximo artigo!!</span></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com72tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-70754406348725832762012-07-26T10:46:00.000+02:002012-07-27T11:45:22.637+02:00Maputo – KaTembe: “A Verdade Sobre a Ponte para a Casa da Mãe do Presidente” – O Preço da Ignorância!!<style>
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</style>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Aquando da </span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">ltima alteração curricular na UEM com vista a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Bolonização do Sistema”</b>, vozes
racionais da sociedade vieram a terreiro expor os seus pontos contra aquela
desastrosa medida! Quem devia ouvir, fez <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“ouvidos
de mercador”</b> na altura, mas o tempo tratou de p</span><span lang="PT">ô</span><span lang="PT">r tudo em pratos
limpos!! Uma dessas vozes <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“dissonantes”</b>
foi a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Ordem de Engenheiros de
Moçambique”</b>!! Não haja d</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">vidas que, quando a UEM, depois do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“caldo entornado”</b> fez o seu <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“recuo estratégico”</b>, a imagem desta e
de outras organizações da sociedade civil, que souberam estar do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“lado certo da hist</b></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">ó</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">ria”</span></b><span lang="PT">, saiu
reforçada!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Hoje estamos perante um investimento desastroso de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Obras P</b></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">ú</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">blicas”</span></b><span lang="PT">, e esta organização que nos parece (ou devia
parecer) parte interessada, ainda não teceu qualquer consideração, ainda não
publicou qualquer estudo por si elaborado, referente ao tráfego actual
existente para a Katembe, suas projecções futuras, as possibilidades reais de
retorno deste investimento e fundamentalmente, vias alternativas que deveriam
ser exploradas, para o bem e sanidade financeira desta Nação! <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Vai ver que alguns destes senhores mantêm
a boca fechada, porque esperam alguma migalha de trabalho para as suas empresas
privadas, no decorrer destes projectos que tendem a cair como cogumelos depois de uma chuva”</b> –
diria o Joãozinho!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Pelas minhas andanças por vários países, tenho notado com frequência
estradas estreitas e velhas, fazendo o contorno total de obstáculos naturais,
como montanhas, lagos, afluentes de rios, etc. Essas estradas, hoje encerradas,
foram substituídas por tro</span><span lang="PT">ç</span><span lang="PT">os novos, unindo directamente os dois pontos
geográficos por infra-estruturas imponentes como túneis, pontes, etc. Um
aspecto curioso </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> que, quando esses países avançaram para a construção
daquelas infraestruturas, hoje caducas, não eram países pedintes, não recebiam
ajudas para reforçar os seus orçamentos de Estado. Eram, de facto, países numa
fase muito acelerada do seu desenvolvimento!! Mas entenderam o que era económico-financeiramente
racional para salvaguardar os interesses dos seus Estados!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">“E nós, o que fazemos??
Donde e de quem aprendemos??”</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">A questão da ponte Maputo – KaTembe, at</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> prova em contrario, </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> um
investimento desastroso, grave e que vai prejudicar o pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s, pelas gerações
vindouras!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Um erro grave que se comete nestas an</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">lises, </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> olhar para o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“valor da empreitada”</b> (735 milhões de
dólares), como o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“custo da obra”</b>!!
Esse não </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“custo da obra”</b>!! O custo da
obra deriva daquilo que se intitula de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“LCC
– Life Cycle Cost”</b>, ou seja, os custos totais que serão incorridos no
decurso da vida útil da infraestrutura!! E aqui </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> que começa (ou deveria
começar) a discussão!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">1) Qual é a vida útil deste
empreendimento?</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Projectos desta envergadura costumam a ser concebidos numa perspectiva de
100 anos! Essa </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> a teoria, mas a realidade tem sido outra!!
Atendendo que a obra será implantada num ambiente marinho severo, sujeito a um
forte ataque de cloretos e consequente aceleração da corrosão de armaduras do
betão armado, fortes intervenções serão inevitáveis ao cabo de 20, 30, 40 anos!
Pintura de elementos metálicos da estrutura, como cabos, guardas, parapeitos,
etc, terão que decorrer a cada 10 anos no mínimo, at</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> que, depois dos 20 anos,
vários desses elementos começar</span><span lang="PT">ão</span><span lang="PT"> a reclamar por total substituição!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Porque a deterioração do betão est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> associada </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> penetração de subst</span><span lang="PT">â</span><span lang="PT">ncias
químicas como cloretos, sulfatos, alkalis, etc, presentes na </span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">gua do
mar, hoje em dia utilizam-se materiais pozzol</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">nicos juntamente com o
cimento, para reduzir a porosidade e permeabilidade do betão, mas também
aumentar a sua resistência </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> compressão, dentre outras vantagens.
Desse rol de pozzolanas, contam-se <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“fly
ash”</b> (produzido em centrais térmicas movidas a carvão mineral), <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“blast-furnace slag”</b> (produzido em
siderúrgicas de aço), <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“sílica fume”</b>
(produzido durante o processamento de silicone). Nenhum destes produtos est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">
correntemente disponível no nosso mercado, o que significa que, na melhor das
hipóteses, esta ponte será inteiramente construída com <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Cimento Portland Normal”</b>, produzido aqui, ou infalivelmente vindo
da China. Deste modo, devemos tomar que, aos 50 anos da sua vida útil, esta
obra teria que sofrer uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“reabilitação
de grande vulto”</b>, para que não colapse nos anos imediatamente a seguir!! Se
a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“elaboração do projecto”</b> e a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“execução da obra”</b> serão feitos por
entidades estrangeiras, então não haja d</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">vidas, que a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“reabilitação da obra”</b> terá que ser feita por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“ECMEP’s de outros países”</b>. Estes custos todos, associados </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT">s consultorias para
estas reabilitações, t</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">m que ser inclusos para a definição do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“real custo da obra”</b>. Nesses termos, em
quantos biliões de dólares ficamos??</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">2) Retorno do Investimento</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Um argumento que tem sido usado e abusado em conexão a esta obra </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“desenvolvimento”</b>. Mas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“desenvolvimento”</b> não </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> um
conceito vão, desligado de qualquer racionalidade e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“avaliação económico-financeira”</b>!! Ou seja, se só pela execução da
empreitada, o pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s precisa de despender 735 milhões, se ao longo da
vida útil da obra, o pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s recuperar apenas 235 milhões de dólares através
de portagens e outras tarifas, e mesmo que alguns <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“gatos pingados”</b> atravessem a ponte para ir passar os fins de
semana do outro lado da ba</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">a, não estaremos a desenvolver!! Estaremos
a regredir, estaremos a retroceder, porque o pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s terá incorrido numa
perda directa de 500 milhões de dólares!! E aqui, não estão sequer incluídos os
custos de manutenção e reabilitação como atrás referidos, que evidentemente
devem ser trazidos </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> equação. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">É</span><span lang="PT"> como um indiv</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">duo que vive na cabana e
decide comprar um Mercedes-Benz. Ao longo da vida útil da viatura, o indiv</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">duo será<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> “espremido”</b> pelos elevados custos de manutenção, ao
ponto de, nem dinheiro para pão e salada de alface sobrar!! Ou seja, quando o
Mercedes estiver a ser rebocado para a sucata, o indiv</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">duo terá muita sorte se
ainda estiver na cabana. </span><span lang="PT">É</span><span lang="PT"> que, nestas coisas de DUAT’s há prazos a
serem cumpridos para efectuar a construção, sob o risco de lhe ser retirado o
terreno!! Agora, se o indiv</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">duo se decide por um “Corolla”, não só
poupar</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> em gastos com combustíveis e manutenção da viatura, enquanto se locomove
mais rapidamente para o trabalho e outros destinos, como também poderá fazer
poupanças, que lhe permitir</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> subsequentemente a investir noutras
áreas!! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">“A analogia aqui com a ponte
Maputo – KaTembe encaixa perfeitamente como uma luva”!!</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Antes de falarmos de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“desenvolvimento”</b>
devemos olhar para os números!! </span><span lang="PT">É</span><span lang="PT"> preciso acabarmos com esta cultura em que
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“o clímax último do sucesso”</b> se
observa quando se corre a anunciar que este ou aquele cr</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT">dito bancário
(financiamento) foi assegurado!! No caso desta ponte, onde est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> o
estudo de viabilidade económica?? Qual </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> o volume de tráfego corrente?? Qual </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> a sua
previsão de crescimento?? Qual </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> o período de vida útil da obra?? Que
receitas directas serão amealhadas nesse período??</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Esta </span><span lang="PT">é </span><span lang="PT">a discussão que se precisa neste momento, para se entender a racionalidade
deste projecto!! E, se os números não batem, então há que providenciar explicações
porqu</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT"> se corre para a execução do mesmo!! Serão comissões similares </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT">quelas
que permitiram a um determinado “Grupo” adquirir participações num banco
“daqui”, aquando da operação financeira de reconversão de Cahora-Bassa??</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Fique atento, porque a saga continua!!</span></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-62445510190628162062012-07-25T13:49:00.000+02:002012-07-26T12:03:22.678+02:00Maputo – KaTembe: “A Verdade Sobre a Ponte para a Casa da Mãe do Presidente” – Introdução!!<style>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Nestes últimos dois mandatos temos vivido uma presença constante da
necessidade de superar os <b>“records”</b> estabelecidos pelo anterior PR. Não que
sejam <b>“records”</b> necessariamente de acções honráveis, mas grosso modo, mundanas,
evitáveis, despicáveis. Vimos isso em primeira mão com a renovação de toda a
frota de viaturas protocolares da Presidência, o despesismo exponencial do
Estado, o aluguer de helicópteros para deslocações da ordem de 20Km, a
atribuição do seu nome a infra-estruturas p</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">blicas, o seu empresariado de sucesso, de seus filhos e sequazes
associados, só para citar alguns exemplos. Penso que, apesar de alguns <b>“prémios
comprados”</b>, o que vai ser difícil de bater mesmo </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> o <b>“Pr</b></span><b><span lang="PT">é</span></b><span lang="PT"><b>mio Mo Ibrahim”</b>!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Se estão lembrados, em 2004, Chissano <b>“mandou”</b> asfaltar a estrada para a
sua aldeia natal, num exercício financeiro que custou ao Estado Moçambicano
através de créditos do BADEA (Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico de
África) a modesta quantia de 10 milhões de dólares. Mas Guebuza precisa de
superar esse <b>“record”</b> também!! Não com uma estrada, mas com uma mega-ponte para
sua aldeia natal, cuja construção esta avaliada em 735 milhões de dólares. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Este fenómeno de incumbentes da Presidência de uma Rep</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">blica se
preocuparem em construir estradas ou pontes para as suas aldeias durante a
vigência dos seus mandatos, só acontece em países governados por regimes
<b>“marcadamente tribalistas”</b>!! Regimes esses que não t</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">m um <b>"plano nacional de desenvolvimento"</b>,
com uma sequ</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">ncia de prioridades claramente definida que, independentemente do
partido ou indiv</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">duo no poder, vai sendo executado integralmente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">A construção de uma estrada ou uma ponte </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> regida por uma determinada lógica.
Essa lógica nunca est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> dissociada da rapidez do retorno dos investimentos, na
forma de ganhos monetários cobrados por taxas como por exemplo portagens, mas
existem outras formas como a avaliação do <b>“custo-beneficio”</b>, que inclui
normalmente a redução de despesas que seriam incorridas pelos utentes da via,
como o custo de combustíveis, pneus, manutenção das viaturas, tempo dispendido
na jornada, etc. </span><span lang="PT">É</span><span lang="PT"> com base nessa avaliação, que se decide na
execu</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o ou n</span><span lang="PT">ão</span><span lang="PT"> de um ou outro projecto. </span><span lang="PT">É</span><span lang="PT"> com base nessa avaliação, aliada ao
volume de tráfego rodoviário existente, que se decide, por exemplo, se uma
estrada de terra-batida deve ser asfaltada ou não.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Conforme se sabe, a KaTembe tem uma população de cerca de 20 mil
habitantes. Desses, uma ínfima porção tem a necessidade de travessia diária
para exercer as suas actividades na cidade de Maputo. Dessa ínfima porção, uma
<b>“microscópica franja”</b> </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> que possui viaturas particulares, o que mostra
que o retorno destes investimentos não foi, em momento algum equacionado, no
processo decisório para a execução desta obra!! Podíamos dizer que, <b>“por causa
do rápido escoamento do que ali </b></span><b><span lang="PT">é</span></b><span lang="PT"><b> produzido, deveríamos avançar com a execução
da ponte”</b>!! Mas a KaTembe, nem de hortícolas abastece a cidade de Maputo!! O
único registo de produção agrícola naquele local </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> de <b>“batata de polpa
alaranjada”</b> por uma unidade ociosa da F.A.D.M, que não est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> a pensar em vender
o produto, mas suprir as suas próprias necessidades nutritivas!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Vai-se atirar ao mar 735 milhões de dólares só para satisfazer os
interesses aldeio-comunais de um dirigente! Ele não vai pagar a obra com o seu
dinheiro!! A KaTembe não tem produção, nem tráfego para retornar esses
investimentos, 300 anos que passem!! Maputo não tem produção, nem tráfego para
retornar esses investimentos, 100 anos que passem!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Mas há outras alternativas racionais que podem ser exploradas!! Fique
atento ao próximo n</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">mero!! </span></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-6055316337350429182012-07-06T19:19:00.000+02:002012-07-08T06:57:58.516+02:00Recursos Minerais e Hidrocarbonetos de Moçambique: A Quadrilha Volta ao Ataque!! – Conclusão<style>
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</style>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Moçambique dispõe de vastas reservas
de carvão mineral, com particular destaque para as localizadas nas províncias
de Tete e Niassa. O valor de reservas consideradas como provadas é de 6 biliões
de toneladas. Para além da área de Moatize, existem diversas outras áreas em
que decorrem trabalhos de pesquisa ou de avaliação de reservas.<span lang="PT"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Assumindo que o Estado Moçambicano vai deter 15% do Projecto de Carvão de
Moatize em parceria com a Brasileira Vale, e tendo em conta que, dos 6 milh</span><span lang="PT">õ</span><span lang="PT">es de
toneladas de capacidade correntemente instalada no terminal de carvão do porto
da Beira (num futuro próximo, a capacidade ir</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> aumentar para cerca de
20 milhões de toneladas por ano), e os utilizadores deste terminal vão
partilhar a capacidade útil daquela infra-estrutura na proporção de 68% para a
Vale e 32% para a Rio Tinto, significa que a quantidade anual exportada pela
Vale será de 4 milhões de toneladas (13,6 milhões no futuro) e 2 milhões de
toneladas para a Rio Tinto (6,4 milhões no futuro).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">O preço de venda de carvão mineral no exterior </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> baseado no seu valor
energético, e </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> sobejamente conhecida a elevada qualidade do
carvão de Moatize. Para efeitos de simplifica</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o e tomando como refer</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">ncia o
preço do carvão de queima normal e descontando o custo de transporte e
potenciais “despesas supérfluas” a serem declaradas, o encaixe l</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">quido
das mineradoras por tonelada métrica do nosso carvão não se situar</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">
abaixo dos 100 USD/ton. Trocando isso em miúdos, isso significa que, com a actual
capacidade instalada no porto da Beira, a factura</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o l</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">quida
da Vale ser</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> de 400 milhões de dólares/ano (1,4 biliões no
futuro) e da Rio Tinto será de 200 milhões de dólares/ano (640 milhões no
futuro). Isso significa que s</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT"> pela sua participa</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o no Projecto da Vale,
o Estado Moçambicano arrecadaria 60 milhoes de dólares (210 milhões no futuro),
aos quais se adicionariam 18 milhões (60 milhões no futuro) pelos irrisórios 3%
do imposto de exporta</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o, perfazendo uma totalidade de 80 milhões de
dólares/ano (300 milhões no futuro). A esta quantia seriam adicionados os
valores referentes a outros impostos como </span>o imposto de superfície (função da área explorada pela
companhia), e outros impostos e taxas previstas na legislação vigente no
país sobre a matéria<span lang="PT">. </span><br />
<br />
<span lang="PT">Quando a linha férrea
Moatize-Nacala e o terminal de carvão do porto de Nacala estiverem prontos, o
mesmo exercício deve ser feito para aquele ponto de saída. Por outro lado, os
custos unitários de tonelada métrica de carvão mineral poderão sofrer agravamentos,
com a recente onda mundial de contesta</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o de centrais nucleares, o que põe o
carvão como o material energético imediatamente </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> disposi</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o,
muito antes que as “solu</span><span lang="PT">çõ</span><span lang="PT">es limpas” (energia solar, eólica, etc) estejam
prontas para implementa</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o em larga escala.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">“Agora cabe a cada
Moçambicano decidir se este dinheiro deve ir para os cofres do Estado ou para
os bolsos de Guebuza e seus amigos!!”
</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Conforme dizia o outro, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“if you
stand for nothing, you may fall for anything”</b>, e aqueles um bocado atentos,
conseguem ver, por um lado, o nosso Executivo ser puxado por todas as partes da
sua indument</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">ria, para simultaneamente atender encontros em
capitais ocidentais e orientais, onde são servidos iguarias e tratados como
lordes, cinicamente – diga-se de passagem. Por outro lado, este mesmo Executivo
tem adoptado uma estratégia de “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">esvaziar
as expectativas sobre os resursos minerais e confundir o Povo Moçambicano”</b>!! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Essa estratégia consiste em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“misturar
os assuntos de carvão mineral com gás natural, ao mesmo tempo que se omite a
existência de carvão mineral”</b>!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">De repente, o carvão mineral desapareceu da circula</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o!! Esse mesmo carvão
cujo processo de explora</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o começou em 2004 e neste ano de 2012 as exporta</span><span lang="PT">çõ</span><span lang="PT">es j</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> estão
a decorrer!! Cada navio de grande calado que larga do porto da Beira leva
consigo acima de 35 mil toneladas do nosso carvão, o que mesmo em estimativas pessimistas,
não dever</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> situar-se em encaixes líquidos inferiores a 3,5~4 milh</span><span lang="PT">õ</span><span lang="PT">es de
dólares por parte das mineradoras/navio.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Da boca do Executivo Moçambicano s</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT"> se ouve <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Gás natural, gás natural...2018, 2018.....vai levar tempo, vai levar
tempo.....temos que ter paciência, temos que ter paciência.....Adormeçam,....blah,
blah,.....Adormeçam......”</b>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Neste momento, do PR s</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT"> falta ouvir que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Os recursos minerais são uma maldição”</b>!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Mesmo os acólitos do regime, com a sua <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“sociologia
para boi dormir”</b> j</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> vieram </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> terreiro sugerir ao Povo Moçambicano a
sua aceita</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o e complacência para com <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“as
imperfeições dos nossos políticos”</b>!! Ou seja, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“mesmo que o teu líder político seja um corrupto, ladrão, delapidador,
vende-pátria, etc, vá para casa e durma descansado”</b>!! E, não me causou
surpresa que, na sua longa esteira de muita parra e pouca uva, nem sequer em
uma linha, a expressão <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“carvão mineral”</b>
venha mencionada!! <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Gás natural, gás
natural,......durmam Moçambicanos, durmam........”</b>!! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Mas que não se pense que haja aqui alguma distrac</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o. O jogo aqui </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> muito
claro: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“O presidente do meu partido e
seus sequazes pretendem açambarcar as participações do Estado para seu uso
privado, golpeando tremendamente as potenciais receitas para o Estado
(mantendo-o assim pedinte) e que os Moçambicanos aguardem pelo que se irá
(provavelmente) obter da exportação do gás natural,.......a partir de 2018”</b>!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Da mesma forma que a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“imperfeição
dos políticos”</b> </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> matéria a ser rejeitada de imediato, todo o
Moçambicano tem que estar alerta e preparado para defender e impedir o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“roubo dos recursos do Estado que está a
ser preparado”!!</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Que, de agora em diante, qualquer abordagem aos recursos minerais e
energéticos do pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s seja devidamente especificada!! Uma coisa </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“carvão mineral”</b> e outra, bem distinta,
</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“gás natural”</b>!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Que, a partir de agora, os meios de comunica</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o e o pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s
inteiro se empenhem a discutir em hasta p</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">blica, quais são os ganhos do Estado
Moçambicano pela explora</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o destes recursos, descriminando evidentemente o
que se obterá de cada mineradora!! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Esta </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> a única maneira de defendermos os nossos interesses colectivos!! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">“Acordem Moçambicanos”!!!</span></b></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-51712642039136662312012-07-04T09:43:00.000+02:002012-07-06T19:14:53.546+02:00Recursos Minerais e Hidrocarbonetos de Moçambique: A Quadrilha Volta ao Ataque!!<style>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Construir uma burguesia nacional </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> um processo que não acontece da noite
para o dia, mormente quando se trata de um pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s a sair de um regime
comunista, onde a propriedade privada era estrictamente proibida. Outro factor crucial </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> a
mentalidade de que est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> imbuída essa classe que aspira a ser burguesa! No
nosso caso, não </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> um exagero dizer que a mesma </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“predadora”</b> em vez de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“criadora”</b>. Superabunda o instinto pelo
lucro fácil, sem esforço nenhum, sem trabalho!! Vai da</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT"> que os indivíduos que
se alega deter poderio económico se encontram invariavelmente em círculos do
poder pol</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">tico e o que aventam ser sua riqueza, não passa de migalhas recebidas por
via de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“tráfico de influência”</b>, na
sua imparável ac</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“vender
a sua própria pátria”</b>!! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Nestes 20 anos do p</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT">s-guerra, este grupelho tem se empenhado em pegar
em toda a propriedade Estatal que esteja pronta, saudável e a dar </span><span lang="PT"></span><span lang="PT"> lucro
fácil. Vimos esta ac</span>çã<span lang="PT">o
quando o anterior PCA do IGEPE apareceu na imprensa a anunciar a </span>intenção
de venda das acções da Moçambique Celular (Mcel). Esta confirmação surgiu
depois do anúncio da pretensão de venda de parte das participações do Estado na
Empresa Moçambicana de Seguros (Emose) e na Petróleos de Moçambique (Petromoc).
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E, da boca do ilustre ex-PCA, que
certamente não foi parte das suas ideias, mas instruções dadas pelo seu ex-Senhorio, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Queremos dar a oportunidade aos Moçambicanos
de ganharem dinheiro, participando em empresas que tenham rendimentos. Queremos
criar um empresariado nacional forte e, neste contexto, não basta oferecer a
oportunidade de os Moçambicanos comprarem acções de empresas que não sejam
rentáveis, mas o ideial é que devam participar nas rentáveis”</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">O que Hamela disse, </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> um exemplo vivo do muito que anda errado neste pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s: A
ideia que, uma certa <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“casta iluminada”</b>
deve ficar rica!! Mas ela não precisa de trabalhar!! Precisa apenas de açambarcar
os recursos Estatais que n</span>ã<span lang="PT">o
foram adquiridos com dinheiro de nenhum deles, mas do suor e trabalho de todos
os Moçambicanos!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">No caso da Mcel, a ideia não foi avante, porque os vietnamitas vieram com
um plano perfeito para encaixar os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“apetites
predadores”</b> desta malta, sob a forma de uma participa</span>çã<span lang="PT">o minoritária na “Movitel”!! A ideia que
se vende </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“estes Moçambicanos que devem
ficar ricos, já são na verdade ricos”</b>!! Mas a sua participa</span>çã<span lang="PT">o de 20% na estrutura accion</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">ria
mostra que eles não são tão ricos como se pretendem pintar!! De facto, estes
20% podem ser a sua compensa</span>çã<span lang="PT">o pelo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“tráfico de influência”</b>
que permitiu não s</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT">, a abertura para a introdu</span>çã<span lang="PT">o de uma terceira operadora (quando esse cenário
praticamente não existia), mas a garantia que a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“empresa indicada”</b> ganhasse o concurso internacional ora aberto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Numa altura em que se exige uma ac</span>çã<span lang="PT">o mais vigorosa do Estado na explora</span>çã<span lang="PT">o dos nossos recursos, por forma a aumentar as
receitas que irão ajudar nos planos de desenvolvimento do pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s
inteiro, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“a quadrilha voltou ao ataque”</b>!!
Quando o Estado Moçambicano deveria aumentar a sua participa</span>çã<span lang="PT">o no Projecto de Carvão de Moatize (e todos os outros) dos
irrisórios 15%, o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“plano de assalto”</b>
pretende distribuir essas ac</span>çõ<span lang="PT">es (propriedade de todos os Moçambicanos), por entre a <b>“casta iluminada”</b>!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">A ideia de, dinheiro que deveria entrar directamente para os cofres do
Estado, para ser empregue na constru</span>çã<span lang="PT">o de estradas, escolas, hospitais, melhorar os salários na fun</span>çã<span lang="PT">o p</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">blica, etc, passar a ser transferido para
contas privadas no exterior!! Que o pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s estará melhor e bem servido se <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Guebuza e a sua Entourage”</b> pegarem
neste dinheiro para simplesmente comprar <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Jaguares e
Hummers”</b> para os seus filhos!!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Num mundo em que cada vez mais, todo o pensamento deve levar a etiqueta de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“esquerda”</b> ou <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“direita”</b>, e a lógica
e razão passam a ser substituídas por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“ideologia”</b>,
devo dizer que a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“privatiza</b></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">çã</b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">o de assets do Estado”</span></b><span lang="PT"> não </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> uma ac</span>çã<span lang="PT">o de todo maléfica!! Mas que fique claro,
e que seja doravante adoptado como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Princípio
Sagrado do Estado Moçambicano”</b>, que nenhuma empresa Estatal ou por Ele
participada, que gere rendimentos e seja lucrativa, deva sob forma ou circunst</span><span lang="PT">â</span><span lang="PT">ncia
alguma, ser levada </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> privatiza</span>çã<span lang="PT">o!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">“Que sejam privatizadas a
Mabor, a Boror e toda outra empresa que esteja neste momento a criar bolor”!!</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Que estes <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“ricos que devem ficar
mais ricos”</b> entendam de uma vez por todas que não </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> roubando recursos do
Povo Moçambicano que irão chegar ao patamar de burgueses que tanto aspiram!! Se
entendem que a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“riqueza é o vosso
direito natural”</b>, ide antes de mais trabalhar!! Usem a vossa imagina</span>çã<span lang="PT">o, as vossas mãos, a riqueza que dizem
hoje ostentar e criem algo!! Façam alguma coisa e deixem de, sem vergonha na
cara, roubar continuamente ao Povo Moçambicano!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">No caso da “Movitel”, com ou sem tr</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">fico de influ</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">ncia, eu bato as palmas,
porque ao menos criaram algo!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT">Se entendem que t</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">m capacidade e recursos para deter ac</span>çõ<span lang="PT">es em projectos de extrac</span>çã<span lang="PT">o mineira, então criem a vossa empresa,
iniciem a prospec</span>çã<span lang="PT">o e
explora</span>çã<span lang="PT">o desses recursos!!
Eu serei o primeiro a exigir que o Estado Moçambicano vos conceda uma licença
sem custos e vos ofereça as maiores facilidades e benefícios fiscais!! Criem
algo e deixem de ser meros predadores e delapidadores!! </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">E, se esta ideia de açambarcar as ac</span>çõ<span lang="PT">es do Estado no Projecto de Carvão de Moatize for adiante, então est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> no
direito e dever de todo o Moçambicano do Rovuma ao Maputo, se fazer </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> rua e
exigir a devolu</span>çã<span lang="PT">o da sua
leg</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">tima propriedade!! Qualquer consequência adversa neste processo não será
imputada a mais ninguém, senão a esta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“casta
de predadores”</b> que não sabe fazer outra coisa para al</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT">m de delapidar a riqueza
do Povo Moçambicano!! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT">Não digam depois que não foram avisados!!</span></b></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-61155358335074256442012-07-03T11:21:00.000+02:002012-07-08T06:53:32.934+02:00Recursos Minerais e Hidrocarbonetos de Moçambique: A Quadrilha Volta ao Ataque!! - Nota Introductória<style>
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</style>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">De h</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> 2 anos para c</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">, importantes descobertas de uma vasta gama de
jazigos minerais, incluindo recursos energ</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT">ticos como o carvão
mineral, o gás natural e a crescente possibilidade de existência de petróleo no
nosso subsolo, tem aumentado consideravelmente os níveis de expectativa
internos, ao mesmo tempo que vai atiçando os apetites vorazes de multinacionais
do sector (veja-se por instantes, a batalha e os balúrdios envolvidos na
aquisi</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o de 8% de ac</span><span lang="PT">çõ</span><span lang="PT">es detidas pela Cove Energy no projecto de explora</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o de
gás no Rovuma)!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Recursos energéticos são a fonte que tem alavancado o desenvolvimento em
toda a parte, seja em países desenvolvidos ou aqueles que se encontram nesse
processo! E, os países que det</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">m esses recursos, devem se dar por
abençoados!! Abençoados, sim, porque tem possibilidades de aumentar a sua riqueza e passam a ser objecto de cobiça de todos os
outros!! Mas para que essa ben</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o se efective, se converta em algo
palpável, </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> preciso que esse pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s tenha um plano, saiba definir e implementar as vias
pelas quais alcançar</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> a sua soberania económica pela explora</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o
desses recursos!! E, essas vias, de forma alguma se podem dissociar do facto
desse pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s se por a frente e ao volante do processo, de se empenhar na prospec</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o,
explora</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o e venda dos seus próprios recursos energéticos!! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Enquanto não podemos executar autonomamente todas estas partes do processo,
o objectivo deve ser o de aumentar progressivamente a nossa participa</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o
nestes projectos, ao mesmo tempo que vamos enrobustecendo o nosso capital
humano, técnico e financeiro, através destes investimentos feitos em parceria com
as muti-nacionais aqui presentes. Numa fase inicial, esse capital (</span><span lang="PT">humano, técnico e financeiro</span><span lang="PT">) deve ir
encorpando os Organismos e as empresas estatais (ou participadas pelo Estado)
do ramo, como a E.N.H, a </span>Empresa Moçambicana de Exploração Mineira (EMEM)<span lang="PT">, o Instituto do Petróleo, Ministério dos
Recursos Minerais, entre outros, servindo assim como núcleos embri</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT">nicos,
a partir dos quais, se formarão outras empresas moçambicanas de capital privado
(ou também participadas pelo Estado), que irão atacar a explora</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o dos
nossos recursos a toda a escala, por nossas ideias, nossos equipamentos, nossos
investimentos!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Mas, se por outro lado, a nossa <b>“estratégia”</b> se limitar a apenas cobrar 3%
de impostos (ou seja, nos contentamos em reter 3 partes de um universo de 100,
“porque a África do Sul também cobra essa percentagem”) calculados de uma produ</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o que
não controlamos, nem na fonte, nem nos meios de transporte, nem nos portos de
saída, com o agravante que os preços de venda <b>“são declarados pela
concession</b></span><b><span lang="PT">á</span></b><span lang="PT"><b>ria”</b> e nos limitamos s</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT"> a carimbar os pap</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT">is, ent</span><span lang="PT">ã</span><span lang="PT">o o pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s estar</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> a colocar-se voluntariamente numa rota de desastre. E no fim, para tornar o quadro da nossa mis</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT">ria mais negro, ser</span><span lang="PT">ão</span><span lang="PT"> descontadas todas as despesas supérfluas
que a concession</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">ria declarar ter incorrido no âmbito das suas actividades!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">E, falando em <b>“despesas supérfluas”</b>, </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> uma multi-nacional usando dos perdiems que
paga aos nossos jornalistas, divulgar com destaque na nossa imprensa, que gasta
mais de 200,000 USD por dia s</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT"> em questões de segurança da sua
plataforma exploratória, <b>“por causa da ameaça dos piratas”</b>!! Os patriotas dos
nossos jornalistas, por entre os duplos de whisky e os arrotos a postas de
bagre, tiveram ocasião de verificar quantos barcos estavam ali para a missão de
segurança? Quantos homens estavam destacados para essa tarefa? Pediram para ver
os contratos assinados com essas supostas empresas de segurança?? Aferiram se </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> isso que se paga em situa</span><span lang="PT">ç</span><span lang="PT">oes similares?? </span><span lang="PT">É</span><span lang="PT"> que j</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">
tivemos vários episódios de homens embarcando ou desembarcando no Aeroporto de
Nampula na posse de armas potentes, que se veio a saber mais tarde, se
destinavam a essa missão de segurança na bacia do Rovuma. Nesses casos todos, nunca
se falou de exércitos inteiros, mas invariavelmente de 2 ou 3 indiv</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">duos,
ex-marines ou mercenários de proveniência qualquer.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Ao lançar <b>“de forma desinteressada”</b>, o comunicado salientando as suas
<b>“despesas de segurança”</b> e cativando no imaginário colectivo Moçambicano a
imagem de uma multi-nacional endinheirada, que at</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> se d</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> ao luxo de gastar
200,000 USD/dia s</span><span lang="PT">ó</span><span lang="PT"> em segurança, a verdade </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> que essa quantia,
fictícia que seja, será paga pelo Povo Moçambicano!! Essa quantia vai ser deduzida dos míseros 3% que achamos
suficiente cobrar a estas empresas pelos biliões de dólares que estão e irão certamente fazer,
pela explora</span><span lang="PT">çã</span><span lang="PT">o dos nossos recursos!! E, nessa altura, estes <b>"comunicados de imprensa"</b> ser</span><span lang="PT">ã</span><span lang="PT">o parte fundamental da <b>"prova irrefut</b></span><b><span lang="PT">á</span></b><span lang="PT"><b>vel"</b> que estas despesas de facto ocorreram!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Se se perguntar ao Joãozinho (que </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> um medíocre e paradoxalmente famoso aluno),
<b>“Com quanto fica Moçambique”??</b> A resposta do rapaz será um sonoro: <b>“Nada”</b>!! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">A manter-se este cenário, podem passar-se centenas ou at</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> milhares
de anos, a realizarmos semanalmente seminários sob o tema <b>“Como Obter os Benefícios
da Explora</b></span><b><span lang="PT">çã</span></b><span lang="PT"><b>o dos (Nossos) Recursos Minerais”</b>!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Mas o resultado será este mesmo do Joãozinho: <b>“Nada”</b>!!</span></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-43726101564009825772012-05-05T17:10:00.000+02:002012-05-06T23:27:31.786+02:00Jovens Médicos Moçambicanos: “Quando Recusar Ser Escravo, Precisa-se!!” – Conclusão<style>
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitqwwqrd1CHu-_mtBeZJVZ9ARIwWPh51cesnCEPfBQhOO1_QIotyudZjiDk37FIAizXojCIAdcgyrIOjX9W2rAvp8XO-zoQ8417mJimkL2dS49NfApx-tPsypinUAPuqlPkDmMASncHYA/s1600/ngos" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="227" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitqwwqrd1CHu-_mtBeZJVZ9ARIwWPh51cesnCEPfBQhOO1_QIotyudZjiDk37FIAizXojCIAdcgyrIOjX9W2rAvp8XO-zoQ8417mJimkL2dS49NfApx-tPsypinUAPuqlPkDmMASncHYA/s320/ngos" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span lang="PT">Entender a fuga de médicos moçambicanos para este “negócio da saúde
publica”, não pode ser um exercício meramente focado em “predadores” vs
“herbívoros” ou “culpados” vs “v</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">timas”!! A “culpa”, essa est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> distribuída por v</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">rias partes, mas ninguém
certamente quererá ficar com ela!!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-size: large;"><span lang="PT">Entendo perfeitamente a situação do actual m</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT">dico Moçambicano!! </span><span lang="PT">É</span><span lang="PT">
complicado viver uma vida estressada, com longas horas de trabalho, precárias
condições laborais e um salário de pobreza!! Quando os seres humanos emigram,
fazem-no </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> procura de melhores condições!! Esse </span></span><span style="font-size: large;"><span lang="PT">é</span></span><span style="font-size: large;"><span lang="PT"> um processo natural e guiado pelo instinto de sobreviv</span></span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">ê</span><span style="font-size: large;"><span lang="PT">ncia!! De facto, este não </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> um comportamento apenas
humano, mas também animal!! Os mesmos emigram em épocas menos bastas, a procura
de regiões com </span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">gua farta e melhores pastagens!!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-size: large;"><span lang="PT">No entanto, exige-se muita cautela, ponderação e avaliação do risco aos
médicos Moçambicanos, porque, enquanto parecem os grandes beneficiários, podem
também ser os maiores prejudicados nesta estória!!</span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span lang="PT"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span lang="PT">A suposta “demanda por graduados em Saúde P</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">blica” deve ser inserida
no contexto de “mais uma tragédia nacional”, porque essa não </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT">, nem
a prioridade do pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s, nem a maioria das instituições que aventam
contratar esses profissionais são de origem nacional. Portanto, a agenda que as
orienta não </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> nossa!!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-size: large;"><span lang="PT">Conforme tenho repetido v</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">rias vezes, ninguém sai do seu pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s para
ir desenvolver o pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s do outro!! Procurem um exemplo e encontrarão
nenhum!! As organizações não-governamentais (ONG’s) existem apenas em países
que estão na fase inicial de desenvolvimento e vendem muito bem a imagem de que
“estão a ajudar o pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s”!! Conseguem, diga-se de passagem, “adormecer
muita gente” nesse processo!! Mas, países que se prezam, cedo ou tarde acabam
por se desembaraçar dessas instituições!! O Brasil, </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> um exemplo disso!!
Aqui, eu vaticino a mesma coisa!! Mais dia, menos dia, vai chegar o momento em
que os Moçambicanos perceber</span></span><span style="font-size: large;"><span lang="PT">ão</span></span><span style="font-size: large;"><span lang="PT"> com todas as letras que só nós podemos levar
este pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s ao progresso!! Com nossa agenda, com nossas instituições, com nossas
ideias, com nossos recursos!!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-size: large;"><span lang="PT">Portanto, quem orienta a sua formação académica tendo em conta que vai se
empregar numa destas instituições, est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> a perder o seu tempo e pode esquecer que
terá algum futuro!!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-size: large;"><span lang="PT">Mas nem tudo </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> desgraça!! Há muita esperança a transbordar nesta
Nação!! Começam a ver-se os primeiros sinais neste sector de Saúde, com vista a
discutir a ra</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">z dos problemas e desenhar internamente, as
respectivas soluções!! </span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><br />
<span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">Depois da publicação do primeiro artigo, foi salutar não
só ver o Ministro da Saúde organizar uma mesa redonda, mas também notar discussões
acesas entre médicos Moçambicanos em vários fóruns (redes) sociais, sobre os
problemas levantados aqui neste blog!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">Outrossim, e nesta “Pátria de Caranguejos”, devo ter sido das poucas
pessoas que se regozijaram com a informação veiculada pelo jornal “O País” em relação
ao aumento substancial do salário dos médicos, em finais de Mar</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">ç</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">o passado!! É muita pena que a notícia não
fosse verdadeira (por enquanto), mas se o Ministério da Saúde tem algum plano
em marcha para regularizar esta questão salarial e demais condições de trabalho
dos médicos, ele não deve vacilar, nem se intimidar!! É um facto que a situação
na grande maioria do Sector Público seja precária, mas se vamos introduzir
melhorias com o fim último de reenergizar esta Nação, então precisamos de
começar por algum lado!! Será portanto, uma ideia genial e não sujeita a contestação,
que o primeiro sector a beneficiar-se seja o da Sa</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">ú</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">de!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">Não importa estar aqui a falar dos sacrifícios
consentidos e os serviços prestados à sociedade por esta classe!! Todos
dependemos dos médicos e nenhum outro Sector é tão influente e importante a
todas as outras áreas como este!! Se você não tem saúde, então não há
actividade que você pode desempenhar!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">Portanto, está no interesse comum, que a classe dos
médicos neste país esteja reenergizada, motivada e entusiasmada para
desempenhar as suas funções!! Como um grande contribuinte fiscal, não me
importo que os meus impostos sejam direccionados para a melhoria das condições
desta classe!! Sou a acreditar que, no fundo, todos n</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">ó</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">s partilhamos desta
ideia!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">Porque, se não concordássemos que o Médico neste país
deve ser “bem pago”, então contestaríamos que sectores improdutivos como a
“Assembleia da República” estejam a receber salários mensais acima de
150.000,00 Mtn e outras benesses como viaturas 4x4 avaliadas em dezenas de
milhar de dólares americanos, em cada legislatura!! Nunca ninguém apareceu a
contestar o que estes indivíduos, que nem sequer conseguem aprovar uma “Lei
Anti-Corrupção” desenhada para regular a Administração do Estado (que somos e
pertence a todos nós), auferem dos dinheiros dos nossos impostos!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">Se pretendemos que o Médico Moçambicano se concentre no seu
trabalho, com sorriso nos lábios de manhã ao pôr do sol, tenha incentivo a
incrementar a sua formação (Especialização), fundamentalmente em “Áreas
Clínicas”, com impacto diário e directo na saúde dos Moçambicanos, então é
crucial que lhes dêmos paz de espírito, mente e estômago!! E, não há como
fazermos isso, sem lhes darmos condições salariais e de trabalho condignas!!
Altas que sejam!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">É uma vergonha nacional que, para pequenas complicações
clínicas, não haja outra esperança senão mandar os pacientes para a África do
Sul!! Para o cidadão comum, isso significa uma inequívoca “certidão de óbito”,
porque nem para pão dinheiro existe!! Queremos os nossos médicos motivados a
ganhar domínio em áreas complicadas e que constam dos desafios correntes da medicina,
porque o beneficiário último será a própria sociedade Moçambicana! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">Este será o primeiro passo para acabar com o “turbismo”
nesta classe!! Trabalhando em regime de exclusividade, o médico incrementar</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">á</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;"> a
sua produção e produtividade, melhorar</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">á</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;"> as suas compet</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">ê</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">ncias profissionais, mas também dará a cada cidadão, um certificado de
“agente fiscalizador” da actividade por eles desenvolvida!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">Mas que não nos iludamos: salários altos por si sós, não
resolverão o problema da saúde em Moçambique!! Há que olhar para isto tudo como
parte de uma solução integrada, que sem respeitar a alguma hierarquia, envolva também
o apetrechamento dos hospitais existentes com equipamentos modernos, construção
de novas infraestruturas hospitalares, formação e especialização de jovens
médicos nas diversas áreas clínicas, mais agressividade na resolução de
problemas clínicos persistentes (a estatística deve servir para mais alguma
coisa, do que apenas encher as linhas dos comunicados de imprensa) e,
fundamentalmente, parar-se de negligenciar o pessoal de apoio nas unidades
hospitalares!! Falo concretamente dos técnicos, enfermeiros, parteiras,
serventes, etc, que constituem a maioria e o primeiro pessoal de contacto no
atendimento aos pacientes!! </span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">É</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;"> preciso melhorar tamb</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">é</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">m as suas condições e devolver
entusiasmo à prossecução das suas actividades!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">É possível devolver dignidade a esta actividade
nobre!! </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">Temos que acabar com as gorjetas nos nossos hospitais!!</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">Esta Nação pode e estou confiante que vai andar a outro
r</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">í</span><span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">tmo, com outra cultura de trabalho!!</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times; font-size: large;">E, a Saúde é um bom sector para começarmos essa transformação!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .1pt; margin-left: 0in; margin-right: 0in; margin-top: .1pt; mso-outline-level: 3; mso-para-margin-bottom: .01gd; mso-para-margin-left: 0in; mso-para-margin-right: 0in; mso-para-margin-top: .01gd; text-align: justify;">
<br /></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-42613298680321742042012-04-18T16:04:00.003+02:002012-04-18T16:22:58.983+02:00A Situação Política Actual de Moçambique (3) – “Homens Armados da Renamo”!!<style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Arial; panose-1:2 11 6 4 2 2 2 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} @font-face {font-family:"Courier New"; panose-1:2 7 3 9 2 2 5 2 4 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} @font-face {font-family:Times; panose-1:2 0 5 0 0 0 0 0 0 0; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} @font-face {font-family:Wingdings; panose-1:5 2 1 2 1 8 4 8 7 8; mso-font-charset:2; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:0 0 65536 0 -2147483648 0;} @font-face {font-family:Cambria; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} @font-face {font-family:"Arial Bold"; panose-1:2 11 7 4 2 2 2 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0in; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ascii-font-family:Cambria; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Cambria; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Cambria; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;} p {margin:0in; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ascii-font-family:Times; mso-fareast-font-family:Cambria; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Times; mso-bidi-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:8.5in 11.0in; margin:1.0in 1.25in 1.0in 1.25in; mso-header-margin:.5in; mso-footer-margin:.5in; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} /* List Definitions */ @list l0 {mso-list-id:1030836358; mso-list-type:hybrid; mso-list-template-ids:1697036990 -121984338 67698691 67698693 67698689 67698691 67698693 67698689 67698691 67698693;} @list l0:level1 {mso-level-start-at:0; mso-level-number-format:bullet; mso-level-text:-; mso-level-tab-stop:none; mso-level-number-position:left; text-indent:-.25in; font-family:Arial; mso-fareast-font-family:Cambria; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman";} ol {margin-bottom:0in;} ul {margin-bottom:0in;} --> </style> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Celebra-se neste ano de 2012, o vigésimo aniversário dos Acordos Gerais de Paz. Como parte das celebrações oficiais sugerimos que o texto completo desses acordos seja publicado na sua integra, para domínio público!! Faz tempo que o excessivo secretismo neste país exala um insuportável cheiro à bagre!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Vinte anos é uma vida e todos os Moçambicanos, mas principalmente aqueles que vão votar pela primeira vez nas eleições gerais do próximo ano, precisam de saber o que foi acordado em Roma!! Esse conhecimento é vital para entendermos a “situação política corrente” e podermos fazer uma decisão informada sobre o futuro desta Nação!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Para perceber o âmago da questão da </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style=" Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >"guarda presidencial da Renamo"</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >, vulgos </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >"homens armados da Renamo"</span></b><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >, precisamos de recuar no tempo!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Aquando da independência nacional, um partido nacionalista desencadeava a sua luta armada contra o colonialismo Português, a partir das suas bases na vizinha Zâmbia, tal e qual a Frelimo o fazia a partir da Tanzânia. Esse partido, a COREMO não foi convidado a integrar o governo emergido com a independência nacional, mas os seus dirigentes, naquilo que, de outra maneira, teria reforçado as fundações político-democráticas <span style="mso-spacerun: yes"> </span>desta Nação, foram capturados e terminantemente eliminados junto a todos os outros que catalogaram de reaccionários, nos M’telelas e Nachingweias desta vida!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Mas o que influenciou mesmo a decisão da Renamo em manter a sua guarda, foram os massacres de Outubro/Novembro de 1992 e de Janeiro de 1993, pelo regime do MPLA (partido visceralmente “irmão” da maçaroca), no prosseguimento dos acordos de Bicesse. Estes eventos, que ocorreram em simultaneidade com os Acordos de Roma e início da sua implementação, culminaram com o bárbaro assassinato de altos dirigentes da UNITA como o Eng. Jeremias Kalandula Chitunda, Vice-Presidente do Partido, o Gen. Adolosi Paulo Mango Alicerces, Secretário Geral do Partido, o Eng. Elias Salupeto Pena, Chefe da Delegação da UNITA na CCPM, e o Brig. Eliseu Sapitango Chimbili, Chefe dos Serviços Administrativos da UNITA em Luanda.</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Seria, portanto, muita burrice da parte da Renamo, </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style=" Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“expôr-se de mãos a abanar”</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >, a gente com ADN intoxicado por </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language: PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >"usos, costumes e práticas de extermínio de adversários políticos"</span></b><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >.<br /></span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Para quem tem os olhos atentos à imprensa nacional e mantém alguma reserva de memória, os vulgos </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="Arial Bold"; mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“homens armados de Maríngue”</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >, sempre apareceram na </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“Imprensa cor de rosa”</span></b><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > (é mesmo essa a cor) como um </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="Arial Bold"; mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“ritual anual de desinformação”</span></b><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >, prenhe de especulações, com o intuito de inspirar algum medo aos incautos sobre a “natureza beligerante da Renamo”, “a sua sede de guerra” e a “iminência de reiniciar um conflito armado”, etc, etc.</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Este </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language: PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“ritual anual de desinformação”</span></b><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > surge, regra geral, em períodos políticos sensíveis, como a proximidade de eleições, para passar a ideia que o difusor da informação é uma “ovelha mansinha, pacífica e democrática” e o outro partido é “o lobo-mau, beligerante, com sede de guerra”!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Eu desafio aqui a trazerem os factos, as datas, os locais e as vítimas das ofensivas armadas (ataques) dos “homens armados da Renamo”, nestes 20 anos após a assinatura dos Acordos Gerais de Paz!! Quantos viriam aqui pôr o guiso ao gato??</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Quem foi fazer reportagens factuais no terreno, trouxe-nos vezes sem conta relatos que os vulgos “homens armados de Maringue” estão a levar a sua vida normal, cultivando as suas machambas e, os que tinham espírito empreendedor estavam a ser barrados no acesso aos fundos de investimento de iniciativas locais (7 milhões)!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Enquanto houve escaramuças, a Renamo sempre apareceu numa posição defensiva e obrigada a reagir para salvaguardar a sua integridade!!</span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Trago aqui os eventos mais recentes para refrescar a memória colectiva:</span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in 0.1pt 0.25in; text-align: justify; text-indent: -0.25in;"><span style="font-family:Arial;mso-fareast-font-family:Arial; mso-bidi-mso-ansi-language:PTfont-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><span style="mso-list:Ignore">-<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span></span><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Aquando da visita do PR a Maríngue, no ano passado, a juventude militante da Frelimo foi mobilizada a ir limpar a pista de aterragem local. Esta é a única pista no local, e é usada para aterragem de aeronaves no âmbito de operações humanitárias ou visita de dirigentes!! Não foi construída pelos Aeroportos de Moçambique, mas pela Renamo, durante o conflito armado! No âmbito do </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style=" Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“direito consuetudinário no acesso a terra”</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > plasmado na Constituição da República, esta pista não é outra coisa senão </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language: PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“propriedade da Renamo”</span></b><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >!! Eles não cobram taxas e não proíbem quem esteja interessado em utilizar aquela “infraestrutura”, salvaguardado que a mesma seja antecedida por um <span style="font-weight: bold;">“pedido de autorização”</span>!! O direito consuetudinário é mesmo isso: </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language: PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“o respeito pelos usos, costumes e normas locais”</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >!! Não é possível falar-se de </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language: PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“Estado de Direito Democrático”</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > se não se consegue respeitar estas normas básicas. No seguimento destes eventos, a Renamo obrigou a retirada dos intrusos, </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“por invasão de sua propriedade privada”</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >!! Mas, o </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style=" Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“síndrome de PQM”</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > provoca reacções tão aggressivas e impulsivas nas suas vítimas que, a acção imediata da </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“clarividente liderança”</span></b><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > da PRM foi mandar a F.I.R armada até aos dentes, para ir sanear a Renamo. O resultado foi o que se viu!! A F.I.R teve que fugir à sete-pés e largou o seu material bélico no local, incluindo o carro de assalto!! Negociações subsequentes tiveram que ser encetadas para o “tó pidir” o armamento de volta!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:.25in; text-align:justify;text-indent:-.25in;mso-list:l0 level1 lfo1"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:.25in; text-align:justify;text-indent:-.25in"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in 0.1pt 0.25in; text-align: justify;"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Se estão bem lembrados, quando o PR finalmente visitou Maríngue fortemente guarnecido, por meio à habitual peça teatral de apresentação de </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style=" Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“antigos militares da Renamo que deflectiram para as forças governamentais”</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > e outros espantalhos a </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“pedir encarecidamente ao PR para acabar com a guarda da Renamo”</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >, foi tónica do seu discurso, que </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language: PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“já tinha um plano elaborado para acabar com os homens armados da Renamo”</span></b><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:.25in; text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:.25in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Portanto, não é surpresa que o ataque a Delegação da Renamo na Ruas das Flores em Nampula, tenha ocorrido no passado dia internacional da mulher!! Foi o seguimento do assalto falhado em Maríngue, no ano passado!!<br /></span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in 0.1pt 0.25in; text-align: justify; text-indent: -0.25in;"><span style="font-family:Arial;mso-fareast-font-family:Arial; mso-bidi-mso-ansi-language:PTfont-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><span style="mso-list:Ignore">-<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span></span><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Mas para não variar, a F.I.R voltou a ser humilhada!! Ou seja, provoca, faz confusão, é derrotada e depois segue-se o habitual e humilhante ritual de </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style=" Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“pedido de desculpas”</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > por parte da </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“clarividente liderança”</span></b><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:.25in; text-align:justify;text-indent:-.25in;mso-list:l0 level1 lfo1"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Não haja dúvidas que, se o “outcome” do assalto a Maríngue no ano passado e à Rua das Flores no passado 8 de Março fosse outro, encontros entre o PR e o Presidente da Renamo jamais aconteceriam!! Teríamos, com direito ilimitado de antena, </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language: PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“uma marcha de exibição dos espólios de guerra”</span></b><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><b style=""><span style=";font-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“O plano para acabar com os homens armados da Renamo estaria implementado”!!</span></b></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></b></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Mas o que deve afligir os Moçambicanos não é tanto a existência ou não dos </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language: PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“homens armados da Renamo”</span></b><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >!! Esse não é o problema!! A Renamo não acordou num belo dia e decidiu unilateralmente que iria manter parte da sua força armada para sua auto-defesa!! As circunstâncias assim o ditaram, e as partes entenderam que essa exigência era suficientemente legítima, caso contrário nunca teria sido incluída nas cláusulas dos Acordos de Roma. Essa é a razão porque exige-se que o Acordo seja publicado na sua íntegra!! Por outro lado, o </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style=" Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“record”</span></b><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > é claro, que essa força nunca saiu ostensivamente a atacar pessoas ou bens!!<br /></span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Devemos questionar antes, estas persistentes atitudes provocatórias que não fazem outra coisa senão reenergizar indivíduos que, de outra forma, estariam a cultivar as suas machambas!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Porém, esse também não é o problema principal e deve ser entendido apenas como um </span><b style=""><span style=";font-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“efeito secundário do descarrilamento deliberado do processo de integração plasmado nos Acordos de Roma”!!</span></b></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language: PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></b></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></b></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Se estou bem lembrado, o Governo da Frelimo negou a incorporação de elementos da Renamo na Polícia, estando esses aspectos limitados apenas ao exército!! Em países civilizados, tanto o Exército, como a Polícia são </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style=" Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“propriedade e garante da segurança do Estado”</span></b><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >!! Não são e jamais serão entidades amarradas aos caprichos de um partido político!! Por essa razão, a integração efectiva dos homens da Renamo nessas corporações deveria ser abraçada desde o início, como um factor de estabilidade e fortificação da natureza unitária do Estado!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Limitando esta análise apenas ao Exército, que é onde tanto as forças governamentais como da Renamo foram inicialmente integradas, urge observar os seguintes aspectos, para melhor entendermos onde está o problema:</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Apôs a partilha dos postos e patentes entre as partes, seguiu-se a implementação de uma “muralha” que passou a impedir que indivíduos provenientes da Renamo ascendessem a posições mais elevadas na hierarquia militar. Os poucos que tinham postos/patentes elevadas foram ostensiva e progressivamente drenados para fora do exército, passando para a reserva!! Volvidos estes 20 anos, chegamos hoje a um ponto em que praticamente ninguém proveniente da Renamo ocupa posições de relevo no exército!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >O Governo da Frelimo deve se ter dado por satisfeito por ter executado o seu plano maquiavélico à perfeição! Mas, o efeito contraproducente destas </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language: PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“políticas de exclusão”</span></b><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > é que estes indivíduos bem treinados e conhecedores das facetas de ambos os exércitos acabam, por falta de outra alternativa, voltando a reintegrar as forças da Renamo. É este </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style=" Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“exército de comandos”</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > que, com uma F.I.R esfomeada e despreparada se quer eliminar à força, nesta </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style=" Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“fase 2”</span></b><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > do seu plano maquiavélico!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><b style=""><span style=";font-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >Portanto, a violência de que falamos hoje, não é assunto de hoje!! Essa, começou há muito tempo!! E violência, só traz mais violência!!</span></b></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></b></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Havia e continua a haver alternativas para construirmos uma outra Nação, fundada no respeito mútuo, na inclusão de todos na edificação do Estado, isenta da partidarice aguda e concentrada apenas em Moçambicanos!! Moçambicanos!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Uma política atractiva no Exército, sem as barreiras que acabam prejudicando os elementos vindos da Renamo, teria e já estava a produzir os resultados esperados!! Se estão bem lembrados, o Gen. Mateus Ngonhamo terá respondido a Afonso Dhlakama que <span style="font-weight: bold;">“ele já não era um General da Renamo, mas do exército Moçambicano”</span>!! Dhlakama e muita gente não gostou, mas não havia melhor resposta que aquela dada por Ngonhamo, na altura, para aquilo que se entende como os interesses supremos da Nação!! Só que os factos agora, insistem em dar razão a Dhlakama, porque o Governo da Frelimo passou e continua a tratar os militares da Renamo integrados no exército puramente como </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="Arial Bold"; mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >“homens da Renamo”</span></b><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >, esvaziados de qualquer Moçambicanidade</span><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Os mancebos que se alistam hoje ao Exército, nasceram depois dos Acordos Gerais de Paz!! Esse só, devia ser motivo suficiente para voltarmos ao espírito inclusivo, de Paz, e resgatarmos o caminho de unidade que deveríamos trilhar depois de 4 de Outubro de 1992!!</span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p><p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >Pela Prosperidade desta Nação!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >Frases da Barraca/Tasca:</span></b></p> <p style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" >- Os Acordos Gerais de Paz já terminaram. Tudo agora está escrito na Constituição da República!!</span></p><p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" ><br /></span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <p style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt;margin-left:0in; text-align:justify"><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;font-size:13.5pt;" lang="PT" > </span></p> <span style="font-family:Arial;mso-fareast-font-family: Cambria;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-bidi-Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;mso-ansi-language:PT;mso-fareast-language:EN-USfont-family:";font-size:13.5pt;" lang="PT" >P.S – Síndrome de PQM = Síndrome de Posso, Quero e Mando</span><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-73308252710544170122012-04-17T16:36:00.005+02:002012-04-18T16:10:11.826+02:00A Situação Política Actual de Moçambique (2) – “Violência Política e Eleitoral”!!<style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Times; panose-1:2 0 5 0 0 0 0 0 0 0; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} @font-face {font-family:Cambria; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0in; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ascii-font-family:Cambria; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Cambria; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Cambria; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;} @page Section1 {size:8.5in 11.0in; margin:1.0in 1.25in 1.0in 1.25in; mso-header-margin:.5in; mso-footer-margin:.5in; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style> <p class="MsoNormal" style="margin: 0.1pt 0in;"> <style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Arial; panose-1:2 11 6 4 2 2 2 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} @font-face {font-family:Times; panose-1:2 0 5 0 0 0 0 0 0 0; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} @font-face {font-family:Cambria; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} @font-face {font-family:"Lucida Grande"; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} @font-face {font-family:"Arial Bold"; panose-1:2 11 7 4 2 2 2 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0in; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; 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Não há pré-destinados nesta tarefa e, quanto mais mãos contribuintes, melhor!! É preciso ser-se forte para se pensar e se agir assim!!<br /><br />Quando olhamos para o nosso processo político corrente, o que vemos para além da imensa paisagem??<br /><br />Começarei esta análise por um dos aspectos mais negligenciados: </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold"; mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">"afluência às urnas/abstenções"</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT">!!<br /><br />Há unanimidade que, nas primeiras duas eleições gerais, a afluência às urnas foi massiva!! Há relatos que, pelo menos nas eleições de 1999, a Renamo terá vencido de forma esmagadora, mas uma </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">"engenharia dos resultados"</span></b><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT"> teve que ser accionada para impedir que a vontade do povo fosse efectivada!<br /><br />A partir daí, começaram as anomalias e a desorganização propositada dos processos eleitorais, desde a fase do recenseamento, coisa que ainda não tinha acontecido naquela magnitude:<br />- Eliminação do número de mesas de voto em zonas potencialmente "hostis";<br />- Afastamento das assembleias de voto das zonas habitacionais nesses locais;<br />- Troca de cadernos eleitorais;<br />- Processo de recenseamento moroso e emprego de equipamento a precisar de constante reparação!!<br />- Falta de material de recenseamento e votação;<br />- Atraso na abertura das mesas de voto;<br /><br />Mas a ofensiva para desmoralizar e expulsar o eleitor da boca da urna não terminou por aqui!! Foi complementada por </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">"fraude eleitoral activa"</span></b><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT">, enchimento de urnas, prisão de fiscais de partidos na oposição, rejeição de qualquer reclamação feita no decurso da votação para expurgá-las do vasto rol de ilícitos eleitorais detectados pela oposição. No entanto, estas acções jamais seriam possíveis sem a máquina eleitoral partidária, desde o presidente da CNE (fingindo-se de membro da sociedade civil) até aos peões que colocam nas mesas de voto para fazer o seu trabalho sujo!!<br /><br />Mas isto também nunca chegou!! Teve que se atacar os oponentes políticos directamente, impedindo-os de exercer os seus direitos constitucionais, com artimanhas tão baixas, como instruir aos secretários de bairro para negar passar-lhes </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">"atestados de residência"</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT">!!<br /><br />Com base neste tipo de artimanhas feitas à luz do dia, hoje estamos reféns de uma bancada que diz deter 80% dos lugares na Assembleia da República, quando fê-lo excluindo seus potenciais oponentes na secretaria, sem a mínima das razões!!<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Dizem que têm o povo do seu lado, tão ao seu lado, que tudo fazem para impedi-lo de ir dizer o que verdadeiramente pensa, à boca das urnas!!</span><br /><br />Mas esta dita bancada maioritária não é uma </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">"bancada de ladrões"</span></b><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:Arial;" lang="PT"> porque se recusa ferozmente a votar numa </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">"legislação inofensiva"</span></b><span style=";font-family:Arial;" lang="PT"> como o </span><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT">é</span><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:Arial;" lang="PT"> o </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">"pacote da lei anti-corrupção"</span></b><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT">, que nos ajudaria a começar a tirar o pé da lama, a sair da idade da pedra, a trazer alguma civilização à nossa prática governativa!! Esta é uma </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">"bancada de ladrões"</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT"> porque a pessoa que, pelo seu punho avalizou a </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">"roubalheira eleitoral"</span></b><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:Arial;" lang="PT"> que nos conduziu a esta situação, é um </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">"ladrão compulsivo"</span></b><span style=";font-family:Arial;" lang="PT">, devidamente exposto no chão que todos os Moçambicanos pisam, com o matope preso aos seus p</span><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT">és e sapatos!! </span><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:Arial;" lang="PT">Que, como os outros <span style="font-weight: bold;">"compulsivos"</span>, quis à custa de dinheiros públicos viver numa casa que não pode pagar!!<br /><br /></span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">"Tudo, parte da mesma quadrilha"!!</span></b><span style=";font-family:Arial;" lang="PT"><br /><br />Quando Moçambicanos que estão a adquirir conhecimento para depois dar o seu suor pelo pa</span><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT">í</span><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT">s reclamam não só o pagamento completo e atempado, mas a melhoria das suas </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="Arial Bold"; mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">"bolsas de pobreza absoluta"</span></b><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT">, é preciso pertencer a uma quadrilha para achar que a acção correcta a seguir, é retirar-lhes as magras bolsas e expulsá-los do país de acolhimento!! <span style="font-weight: bold;">Mas até quando permitiremos estes abusos??</span> Não está aqui motivo suficiente para desencadear-se um movimento de solidariedade nacional para a defesa dos nossos supremos interesses? É que hoje é filho do vizinho, amanhã será de quem...???<br /><br />Na Tunísia bastou que arrancassem o "tchova" a um jovem vendedor ambulante, para que se livrassem da quadrilha que os atormentava havia décadas.....</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT">Só num país que se quer </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">“manter intacto na mediocridade”</span></b><span style=" mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT"> é que, por cima destas mazelas todas, uma suposta lei eleitoral contem artigos que defendem que </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT">“se houver discrepância entre o número de votantes e o número de votos numa urna, então o numero de votos é que conta”!!</span></b><span style=";font-family:Arial;" lang="PT"> As pessoas que defendem este artigo, têm alguma explicação racional para dar??<br /><br />Estes factos mostram-nos na sua globalidade que estamos ainda muito longe de ter pessoas que podem conduzir-nos à Nação descrita no primeiro parágrafo deste texto!!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><span style=";font-family:";" lang="PT">Os nossos processos político e eleitoral são uma violência desenfreada, escondida numa capa de plástico de democracia!! E, nessas circunstancias, não são o garante nem de Paz, nem Estabilidade no país.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="Arial Bold";mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT"><br /></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT;font-family:Arial;" lang="PT"> </span></p> <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style=" font-family:"Arial Bold";mso-fareast-font-family:Cambria;mso-fareast-theme-font: minor-latin;mso-bidi-Times New Roman";mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-ansi-language:PT;mso-fareast-language:EN-USfont-family:";font-size:12.0pt;" lang="PT" >“Porque violência gera mais violência!!” </span></b><span style=" ;font-family:Arial;font-size:12pt;" lang="PT" ><span style="mso-spacerun: yes"> </span><br /></span><p></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family:Arial; mso-fareast-font-family:Cambria;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-bidi-Times New Roman";mso-bidi-theme-font:minor-bidi;mso-ansi-language:PT; mso-fareast-language:EN-USfont-family:";font-size:12.0pt;" lang="PT" > Mas nem tudo são </span><b style="font-family:arial;"><span lang="PT" style="font-size:12pt;">"más notícias"</span></b><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" >!! Esta Nação está viva e cheia de esperança!! Evoluímos da fase de molezas que sucumbiam a todas as manobras de desmoralização e desengajamento político, para membros activos da sociedade, determinados a fazer ouvir a sua voz, não só indo votar massivamente, mas sobretudo defendendo as mesas de voto, até às últimas consequências!!</span><br /><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" > </span><br /><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" > </span><b style="font-family:arial;"><span lang="PT" style="font-size:12pt;">"Esta é a primeira forma de evitar ser governado por seus inferiores"!!!</span></b><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" > Mas é preciso estar preparados para as contingências!!</span><br /><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" > </span><br /><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" > </span><b style="font-family:arial;"><span lang="PT" style="font-size:12pt;">"Extremismo não se combate com paninhos quentes"!!</span></b><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" ></span><br /><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" > </span><br /><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" > </span><b style="font-family:arial;"><span lang="PT" style="font-size:12pt;">"Frases da Barraca/Tasca"</span></b><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" >:</span><br /><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" > - As pessoas votam na Renamo porque têm medo do retorno a guerra!</span><br /><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" > - As pessoas não foram votar porque dizem que já votaram no ano passado!</span><br /><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" > - Houve baixa afluência às urnas porque as pessoas preferiram ficar em casa ou ir à machamba!</span><br /><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" > </span><br /><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" > </span><br /><span style=" ;font-family:arial;font-size:12pt;" lang="PT" > P.S- Esta refeição vai ser longa e terá pratos para todos os gostos!! Prepare-se para se empanturrar</span></div><p class="MsoNormal" style="margin-top:.1pt;margin-right:0in;margin-bottom:.1pt; margin-left:0in;mso-para-margin-top:.01gd;mso-para-margin-right:0in;mso-para-margin-bottom: .01gd;mso-para-margin-left:0in;mso-outline-level:3"> </p><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-20548154453269505082012-03-20T09:17:00.002+02:002012-03-20T11:20:26.924+02:00A Situação Política Actual de Moçambique – “Starter Recipe”!!<style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Courier New"; panose-1:2 7 3 9 2 2 5 2 4 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} @font-face {font-family:Wingdings; panose-1:5 2 1 2 1 8 4 8 7 8; mso-font-charset:2; mso-generic-font-family:auto; 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margin:1.0in 1.25in 1.0in 1.25in; mso-header-margin:.5in; mso-footer-margin:.5in; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} /* List Definitions */ @list l0 {mso-list-id:1030567178; mso-list-type:hybrid; mso-list-template-ids:-2030395424 -209948602 67698691 67698693 67698689 67698691 67698693 67698689 67698691 67698693;} @list l0:level1 {mso-level-start-at:0; mso-level-number-format:bullet; mso-level-text:-; mso-level-tab-stop:none; mso-level-number-position:left; text-indent:-.25in; font-family:Cambria; mso-fareast-font-family:Cambria; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;} ol {margin-bottom:0in;} ul {margin-bottom:0in;} --> </style> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Penso que depois dos Acordos Gerais de Paz em 1992, não tinha ocorrido algo similar ao que se passou recentemente em Nampula: <span style="font-weight: bold;">“uma mini-guerra em pleno território urbano”</span>!!</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-weight: bold;">“Ódio, cria mais ódio”</span>!!!</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">Parecendo que não, o simples acto de pegar numa arma, para aniquilar um ser humano, irmão, compatriota, por que raz</span><span style="mso-ascii-font-family: Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">õ</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">es que sejam, deve ser entendido como um acto de ruptura, de esgotamento de todas as outras possibilidades que indivíduos racionais devem explorar para se entender, quando divergências, sejam quais forem, existam!! Digo isso porque, <span style="font-weight: bold;">“cada gota de sangue derramado, clamar</span></span><span style="font-weight: bold;font-family:Cambria;" lang="PT">á</span><span style="font-weight: bold;" lang="PT"> por um copo de sangue, o copo vai exigir um balde de sangue, e assim adiante……..porque </span><span style="font-weight: bold;font-family:Cambria;" lang="PT">é</span><span style="" lang="PT"><span style="font-weight: bold;"> nesses termos que funciona a lógica de compensação e satisfação pessoal nos seres humanos”</span>!!!<br /></span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">Para quem viveu o período da guerra civil, entende claramente que n</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi- mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">ó</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">s passamos por esse processo, at</span><span style="mso-ascii-font-family: Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">é</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> a exaustão!! O que se exige neste momento </span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">é</span><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> completar o sarar das feridas e colocarmos esta Nação na rota de desenvolvimento!! Quando digo <span style="font-weight: bold;">“colocarmos”</span>, falo de Moçambicanos, porque ninguém sai do seu pa</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria; mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">í</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">s para ir desenvolver o pa</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language: PTfont-family:Cambria;" lang="PT">í</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">s do outro!! Isso não existe e jamais existirá!! Cada ser humano </span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language: PTfont-family:Cambria;" lang="PT">é</span><span style="" lang="PT"> guiado pelos seus próprios interesses e, antes de mais, os Moçambicanos precisam saber quais são os seus interesses!! Construir uma Nação começa por este exercício básico!!</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">Seguindo um pouco os comentários </span><span style="mso-ascii-font-family: Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">à</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> volta dos eventos em Nampula, noto que uma grande maioria corre e encontra <span style="font-weight: bold;">“conforto”</span> em simplesmente acusar a Renamo, por ser um <span style="font-weight: bold;">“partido beligerante”</span>!!! <span style="font-weight: bold;">“Não queremos guerra!! Dhlakama, Renamo, bl</span></span><span style="font-weight: bold;font-family:Cambria;" lang="PT">á</span><span style="font-weight: bold;" lang="PT"> isto, bl</span><span style="font-weight: bold;font-family:Cambria;" lang="PT">á</span><span style="font-weight: bold;" lang="PT"> aquilo, bl</span><span style="font-weight: bold;font-family:Cambria;" lang="PT">á</span><span style="font-weight: bold;" lang="PT">……”!!!</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">A outra parte acusa a Frelimo, <span style="font-weight: bold;">“porque não sabe conviver com os outros partidos e pretende elimin</span></span><span style="font-weight: bold;font-family:Cambria;" lang="PT">á</span><span style="font-weight: bold;" lang="PT">-los a todo o custo”!!!</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">Guerras civis e conflitos internos são comuns a praticamente todas as nações!! Conforme disse acima, a guerra surge como um momento de <span style="font-weight: bold;">“exaustão de todas as outras possibilidades”</span>, e quando ela começa, não há retorno, at</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi- mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">é</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> que já não haja mais gente para pegar em armas ou para limpar o sangue derramado!! </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">Mas antes de mais nada, envolver-se em guerra ou comentar sobre o prospecto dela voltar a emergir, exige um profundo conhecimento e an</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language: PTfont-family:Cambria;" lang="PT">á</span><span style="" lang="PT">lise das suas causas!!</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-weight: bold;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">“Porque </span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria; mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">é</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> que os Moçambicanos se desentendem neste momento?? Porqu</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria; mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">ê</span><span style="" lang="PT">??”</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">Antes de tomar partido por qualquer um dos partidos, </span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language: PTfont-family:Cambria;" lang="PT">é</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> preciso que todo o Moçambicano se fa</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">ç</span><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">a esta pergunta!!! Os países que emergiram fortes depois de conflitos armados, fizeram-no por terem sabido as raz</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language: PTfont-family:Cambria;" lang="PT">õ</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">es por que lutavam entre si, por que se matavam entre irmãos, e souberam não só tirar ilações desses eventos, como também avançaram de forma determinada para a resolução das suas desavenças!!</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p style="text-align: justify; font-weight: bold;" class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">De forma desapaixonada, os Moçambicanos sabem porque estão na iminência de (mais) um conflito armado??</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">1<sup>a</sup> Pergunta que cada Moçambicano deve responder:</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-weight: bold;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">Porqu</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">ê</span><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> a FIR atacou a delegação da Renamo na manh</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language: PTfont-family:Cambria;" lang="PT">ã</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> do dia 08 de Mar</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi- mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">ç</span><span style="" lang="PT">o de 2012?? Quais foram os motivos??</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">2<sup>a</sup> Pergunta que cada Moçambicano deve responder:</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-weight: bold;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">Estava no direito das for</span><span style="mso-ascii-font-family: Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">ça</span><span style="" lang="PT">s da Renamo reagir ao ataque armado que sofreu?? Ou deviam se deixar “matar”??</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">3<sup>a</sup> Pergunta que cada Moçambicano deve responder:</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-weight: bold;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">O que </span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">é</span><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> melhor: Ter morrido um agente policial da FIR (como anunciou a Pol</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi- mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">í</span><span style="" lang="PT">cia) ou terem morrido 7 membros dessa Corpora</span><span style="" lang="PT">çã</span><span style="" lang="PT">o (como anunciou a Renamo)?? Ou, alternativamente, terem sido detidos 3 dezenas de membros da Renamo (de acordo com a FIR) ou meia-duzia deles (conforme a Renamo)??</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">4<sup>a</sup> Pergunta que cada Moçambicano deve responder:</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-weight: bold;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">Quando a Renamo diz que planeia “manifestações pac</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language: PTfont-family:Cambria;" lang="PT">í</span><span style="" lang="PT">ficas” e se engaja em “diálogos com o Presidente da Rep</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria; mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">ú</span><span style="" lang="PT">blica”, o que ela reivindica??</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">5<sup>a</sup> Pergunta que cada Moçambicano deve responder:</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-weight: bold;" class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Das “reivindicações” da Renamo, o que entende ter “motivações meramente estomacais” e o que acha de “pleno mérito” e que eventualmente possa contribuir para a fortificação da nossa jovem democracia e consolidação das bases de um Estado de Direito, em que queremos que esta Nação se transforme??</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">6<sup>a</sup> Pergunta que cada Moçambicano deve responder:</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-weight: bold;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">Quais as acções da Pol</span><span style="mso-ascii-font-family: Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">í</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">cia que entende estar de acordo com a missão de defesa da ordem p</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria; mso-hansi-mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">ú</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">blica, que lhe </span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language: PTfont-family:Cambria;" lang="PT">é</span><span style="" lang="PT"> outorgada?? E, o que entende ser acções para meramente perpetuar o poder instituído, sem interesse pelos custos incorridos, mormente pelo Povo Moçambicano??</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">Se queremos evitar o retrocesso desta Nação e impedir que ela descarrile em mais um conflito armado, precisamos <span style="font-weight: bold;">"conhecer os problemas políticos correntes”</span> para depois <span style="font-weight: bold;">“desenhar as respectivas soluções”</span>!!</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"><span style="font-weight: bold;">"Não se resolvem problemas, partindo de premissas falsas"</span>!! O primeiro passo </span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi- mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">é</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> esse, e as perguntas acima não servem para outra coisa senão, instigar essa procura pelo que são realmente os problemas correntes neste pa</span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi-mso-ansi-language: PTfont-family:Cambria;" lang="PT">í</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">s!!! Superada essa fase, poderemos nos concentrar num <span style="font-weight: bold;">“debate racional e construtivo”</span>, com vista </span><span style="mso-ascii-font-family:Cambria;mso-hansi- mso-ansi-language:PTfont-family:Cambria;" lang="PT">à</span><span style="" lang="PT"> resolução dos problemas identificados!!</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT">Sobre isso, pretendo avançar alguns “hints” no próximo “post”!!!</span></p><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-5575332439724978062012-03-03T07:40:00.015+02:002012-05-11T13:52:54.723+02:00“Pato Grelhado”!!<style>
<!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Cambria; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0in; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ascii-font-family:Cambria; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Cambria; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Cambria; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;} span.st {mso-style-name:st;} @page Section1 {size:8.5in 11.0in; margin:1.0in 1.25in 1.0in 1.25in; mso-header-margin:.5in; mso-footer-margin:.5in; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} -->
</style> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Inicio esta reflexão recorrendo a um excerto de uma s</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT">rie que tenho estado a conduzir, relacionada </span><span class="st"><span lang="PT">à</span></span><span lang="PT"> “Corrupção na Construção Civil em Moçambique”, e redigido na primeira semana deste ano:</span></div>
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<span lang="PT">[Ora, e aqui no burgo, já alguém tentou avaliar os múltiplos apartamentos, moradias, carros e contas bancárias de “carapaus-médios” e seus familiares directos, para encontrar congruência entre o que estes nossos “funcionários públicos” auferem e os bens que possuem?? Naturalmente que esta tarefa fica complicada, quando a classe governante neste país insiste que “roubar impunemente bens públicos” se enquadra no conjunto de “valores e princípios moçambicanos a preservar”!! Prova disso é o pacote da “Lei Anti-Corrupção” que deveria também salvaguardar estas matérias e pôr estes “carapaus-médios” e todos os outros “ladrões compulsivos” em linha, mas que está a apodrecer lá nas gavetas da “Malígna Assembleia”!! Dizem que não aprovaram ainda por falta de tempo, mas estamos aqui sentados a espera, para ver o que acontece neste 2012].</span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">Para os Moçambicanos que t</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">m minimamente acompanhado a realidade pol</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">tica Africana, tem sido recorrente notar as posições cimeiras alcançadas por países como Cabo-Verde, Botswana, Namíbia, etc, em tudo quanto seja índices de desenvolvimento, democracia, governação, percepção de corrupção, entre outros, ao mesmo tempo que vemos o nosso pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s sucumbir em posições </span>atentatórias<span lang="PT"> ao orgulho nacional. Mas, a verdade </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> que dificilmente paramos para avaliar <span style="font-weight: bold;">“os porquês”</span> do nosso constante fracasso e do sucesso alheio. </span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">Cada pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s escolhe os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“valores e princípios”</b> por que se pretende reger. Provavelmente, no contexto actual, estas duas sejam as palavras menos utilizadas no nosso discurso pol</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">tico, e falo aqui exactamente do governo-do-dia e seus tentáculos. Evita-se mencionar estas palavras talvez por falta de uma <span style="font-weight: bold;">“definição”</span> do que devam ser os valores nobres a defender pelos Moçambicanos ou, o que parece pesar mais, uma cultura e acção pol</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">tica desprovidas de algo que se assemelhe ou se ouse associar a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“valores ou princípios”</b>. Naturalmente que causa vergonha fazer menção a eles, quando se tem noção que não existem, porque vivemos hoje numa era em que os discursos precisam de ser sustentados pela pr</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">tica quotidiana.</span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">A <span style="font-weight: bold;">UTREL - </span><span class="st"><span style="font-weight: bold;">Unidade Técnica da Reforma Legal</span>, comandada pelo Dr. Abdul Carimo conduziu um trabalho aturado, ao longo de vários anos, colhendo as mais diversas sensibilidades, académicas, jurídico-legais, etc, para reformar a nossa Administração P</span></span><span class="st"><span lang="PT">ú</span></span><span class="st"><span lang="PT">blica e Magistratura Judicial. Estamos a falar de leis obsoletas, nunca alteradas em séculos seguidos, ou de leis novas que foram propostas por este Organismo e que estão em consonância com os padrões de qualquer pa</span></span><span lang="PT">í</span><span class="st"><span lang="PT">s moderno e civilizado. Entre estas se incluem: </span></span><span lang="PT">revisão da lei dos desvios de fundos do Estado; código de ética do servidor público; revisão do Código Penal; alteração ao Código do Processo Penal; e a proposta de lei de protecção de vítimas, denunciantes e outros sujeitos processuais<span class="st">.</span></span></div>
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<span class="st"><span lang="PT"> </span></span></div>
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<span class="st"><span lang="PT"><br /></span></span></div>
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<span class="st"><span lang="PT">O que est</span></span><span class="st"><span lang="PT">á</span></span><span class="st"><span lang="PT"> aqui em jogo não </span></span><span class="st"><span lang="PT">é</span></span><span class="st"><span lang="PT"> um mero <span style="font-weight: bold;">“Pacote da Lei Anti-Corrup</span></span></span><span class="st" style="font-weight: bold;"><span lang="PT">çã</span></span><span class="st"><span lang="PT"><span style="font-weight: bold;">o”</span>, mas o tipo de pa</span></span><span lang="PT">í</span><span class="st"><span lang="PT">s que os Moçambicanos querem, os valores e princípios por que se deve reger esta Nação, sabido que a conduta dos governantes se reflecte pelo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“efeito cascata”</b> no comportamento dos cidadãos. O debate em curso já mostrou com clareza o que esta Sociedade quer. Qualquer pol</span></span><span class="st"><span lang="PT">í</span></span><span class="st"><span lang="PT">tico maduro deveria ter capacidade suficiente para medir essa pulsação. Porque ao fim do dia, os Governos desta vida metem-se em sarilhos (e acabam perdendo o poder) por, na sua casmurrice habitual, insistir em avançar numa direcção oposta </span></span><span class="st"><span lang="PT">à</span></span><span class="st"><span lang="PT">quela imposta pelos seus <span style="font-weight: bold;">“contratantes”</span>. Não devia haver d</span></span><span class="st"><span lang="PT">ú</span></span><span class="st"><span lang="PT">vidas sobre a <span style="font-weight: bold;">“natureza contratual”</span> do pacto entre a Sociedade e os Governantes ou quem </span></span><span class="st"><span lang="PT">é</span></span><span class="st"><span lang="PT"> <span style="font-weight: bold;">“Contratante”</span> e quem </span></span><span class="st"><span lang="PT">é</span></span><span class="st"><span lang="PT"> <span style="font-weight: bold;">“Contratado”</span> nessa rela</span></span><span class="st"><span lang="PT">çã</span></span><span class="st"><span lang="PT">o.</span></span></div>
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<span class="st"><span lang="PT"> </span></span></div>
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<span class="st"><span lang="PT"><br /></span></span></div>
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<span class="st"><span lang="PT">Mas </span></span><span class="st"><span lang="PT">é</span></span><span class="st"><span lang="PT"> preciso fazermos aqui uma retrospectiva histórica!! Quando o pacote que inclui o novo Código Penal e a Lei Anti-Corrup</span></span><span class="st"><span lang="PT">çã</span></span><span class="st"><span lang="PT">o foi submetido </span></span><span class="st"><span lang="PT">à</span></span><span class="st"><span lang="PT"> Assembleia da Rep</span></span><span class="st"><span lang="PT">ú</span></span><span class="st"><span lang="PT">blica no ano passado, o que aconteceu?? Vimos a bancada maioritária (a tal que tem medo de palavras como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“princípios”</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“valores”</b>) pretender esquartejar o pacote legislativo, para de seguida escolher as porções que menos comichão lhes causava nas orelhas. O pânico inicial permitiu revelar o que, de facto, vai na mente desta gente!! Naquela altura, não se falava de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“falta de tempo”</b> ou de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“necessidade de consultar os académicos e blá, blá”</b>. Gorada essa tentativa, a estratégia a seguir foi <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“deixar arrefecer o pato”</b> e, quando já se estava na </span></span><span class="st"><span lang="PT">ú</span></span><span class="st"><span lang="PT">ltima sessão do ano, todas as iniciativas da Oposição em levar o pacote </span></span><span class="st"><span lang="PT">à</span></span><span class="st"><span lang="PT"> discussão foram sabotadas. No fim do ano passado, o que diziam incessantemente era <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“não debatemos por falta de tempo”</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“a agenda estava muito preenchida”</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“não estamos a protelar o debate”</b> (lá em Mugeba entendeu-se “prateleirar” – p</span></span><span class="st"><span lang="PT">ô</span></span><span class="st"><span lang="PT">r na prateleira). </span></span></div>
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<span class="st"><span lang="PT"><br /></span></span></div>
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<span class="st"><span lang="PT">Iniciada a primeira sessão deste 2012, o Pacote da Lei Anti-Corrup</span></span><span class="st"><span lang="PT">çã</span></span><span class="st"><span lang="PT">o foi inequivocamente pontapeado para fora da Assembleia da Rep</span></span><span class="st"><span lang="PT">ú</span></span><span class="st"><span lang="PT">blica. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Não vai ser debatido este ano”</b>!! Os argumentos, como as larvas, esses se metamorfoseiam a uma velocidade estonteante!! <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Agora temos que consultar os académicos”!!</b> Quer dizer, no curto espaço das f</span></span><span class="st"><span lang="PT">é</span></span><span class="st"><span lang="PT">rias do fim do ano, as raz</span></span><span class="st"><span lang="PT">õ</span></span><span class="st"><span lang="PT">es para o <span style="font-weight: bold;">“não-debate”</span> mudaram drasticamente!! </span></span><span class="st"><span lang="PT">É</span></span><span class="st"><span lang="PT"> preciso ver que já no longínquo ano de 2009, a UTREL já estava a trabalhar nestas matérias. Esta não </span></span><span class="st"><span lang="PT">é</span></span><span class="st"><span lang="PT"> uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“organização de mukheristas”</b>!! Estão lá juristas de carreira, e um trabalho desta envergadura não se realiza sem auscultar as mais diversas sensibilidades!! <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Benef</b></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">í</b></span><span class="st"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">cio da dúvida”</span></b></span><span class="st"><span lang="PT"> pode se dar uma vez!! Agora, quando de forma recorrente, vemos o mesmo epis</span></span><span class="st"><span lang="PT">ó</span></span><span class="st"><span lang="PT">dio desenrolar-se por duas vezes, três vezes,….huumm.....a</span></span><span lang="PT">í</span><span class="st"><span lang="PT"> não deve haver d</span></span><span class="st"><span lang="PT">ú</span></span><span class="st"><span lang="PT">vidas que estamos em presença de uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“trapaça das grandes”</b>!!!</span></span></div>
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<span class="st"><span lang="PT"> </span></span></div>
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<span class="st"><span lang="PT">A Assembleia da Rep</span></span><span class="st"><span lang="PT">ú</span></span><span class="st"><span lang="PT">blica </span></span><span class="st"><span lang="PT">é</span></span><span class="st"><span lang="PT"> um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Órgão Legislativo”</b>!! Pagamos aqueles 250 senhores e senhoras para produzir leis. Este não </span></span><span class="st"><span lang="PT">é</span></span><span class="st"><span lang="PT"> o caso!! As leis estão feitas por profissionais da </span></span><span class="st"><span lang="PT">á</span></span><span class="st"><span lang="PT">rea e o que se pede aos senhores deputados </span></span><span class="st"><span lang="PT">é</span></span><span class="st"><span lang="PT"> debat</span></span><span class="st"><span lang="PT">ê</span></span><span class="st"><span lang="PT">-las e aprov</span></span><span class="st"><span lang="PT">á</span></span><span class="st"><span lang="PT">-las ou rejeit</span></span><span class="st"><span lang="PT">á</span></span><span class="st"><span lang="PT">-las, conforme as convicções dos que dizem lá estar para defender os interesses do Povo!! Agora, as leis ainda não foram tocadas, não foram debatidas e tenho certeza que grande maioria dos deputados nem sequer as terá lido, informalmente que fosse!! Como </span></span><span class="st"><span lang="PT">é</span></span><span class="st"><span lang="PT"> que nessas circunst</span></span><span class="st"><span lang="PT">â</span></span><span class="st"><span lang="PT">ncias se vai procurar <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“aconselhamento externo”</b>??</span></span></div>
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<span class="st"><span lang="PT"> </span></span></div>
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<span class="st"><span lang="PT">É</span></span><span class="st"><span lang="PT"> como se se servisse um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“pato grelhado”</b> a uma família esfomeada (e há muita fome na Assembleia da Rep</span></span><span class="st"><span lang="PT">ú</span></span><span class="st"><span lang="PT">blica) e os membros desse agregado ficassem a dar voltas </span></span><span class="st"><span lang="PT">à</span></span><span class="st"><span lang="PT"> mesa, franzindo a testa, esfregando as mãos</span></span><span class="st"><span lang="PT"> e torcendo seus narizes</span></span><span class="st"><span lang="PT">, enquanto se embrulhavam em discussões teóricas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“se o pato era mudo ou marreco”</b>!! E, a meio dessa zaragata, decidissem sair porta-</span></span><span class="st"><span lang="PT">à</span></span><span class="st"><span lang="PT">-fora com a travessa, a procura de um <span style="font-weight: bold;">“Consultor-Culin</span></span></span><span class="st" style="font-weight: bold;"><span lang="PT">á</span></span><span class="st"><span lang="PT"><span style="font-weight: bold;">rio”</span> para lhes satisfazer a <span style="font-weight: bold;">“d</span></span></span><span class="st" style="font-weight: bold;"><span lang="PT">ú</span></span><span class="st"><span lang="PT"><span style="font-weight: bold;">vida”</span>!!</span></span></div>
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<span class="st"><span lang="PT"><br /></span></span></div>
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<span class="st"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">“Mas Jóh, porquê não trincham o </span></b></span><b><span lang="PT">bípede palmide e começam a vossa discussão a s</span></b><span lang="PT"><span style="font-weight: bold;">ério</span> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT">sobre quem de facto conhece patos”???</span></b></div>
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<span lang="PT">At</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> onde a bancada maioritária pretende levar esta sua pe</span><span lang="PT">ç</span><span lang="PT">a teatral: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“O Pato Grelhado”</b>??</span></div>
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<span lang="PT">Conforme dizia acima, governos sérios procuram não estar </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> leste do que as suas Sociedades querem!! E aqui, não deve haver equívocos!! O tempo de governantes empatando múltiplos empregos, sem nada fazer e indo apenas receber os seus salários ao fim do m</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">s, quando jovens recém-formados poderiam lá estar a matutar as suas cabeças, para dinamizar as nossas empresas p</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">blicas e tir</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">-las da ociosidade, acabou!!</span></div>
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<span lang="PT">O tempo de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“ladrões compulsivos”</b> no Governo usurpando bens públicos e como medida de punição serem meramente <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“transferidos para outras pastagens”</b>, acabou!!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">O tempo de Governantes camuflados de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“servidores públicos”</b>, quando se metem no Estado para apenas administrar e expandir os seus negócios familiares e de sequazes associados, acabou!!</span></div>
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<span lang="PT">Tem vocação empresarial? Tudo muito bem!! Que venha cá fora e mostre a sua competência!! Est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> e quer continuar no Estado? Então </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> para servir, </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> para pensar o Povo!! Mesmo a fazer os seus check-ups em Nelspruit ou a comer uns camarões na praia do Wimbe com a sua família,</span><span lang="PT"> é</span><span lang="PT"> o Povo que deve girar na sua massa cinzenta!!</span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">O pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s que queremos </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> esse!! E, quando digo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“acabou”</b>, estou a referir-me <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“a bem ou a mal”</b>!!! Esse </span><span lang="PT">é o curso normal deste tipo de coisas....!!!</span><span lang="PT"></span></div>
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<span lang="PT">Se a classe actualmente governante entende de outra maneira, que se deixe de joguinhos e ao menos tenha elevação e coragem suficientes para vir cá a terreiro defender os seus pergaminhos!!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">Que digam abertamente que <b>“o roubo impune de bens públicos”</b> se enquadra no conjunto de <b>“valores e princípios que a Frelimo quer preservar”</b>!!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"> </span></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-70103474346092339112012-02-10T12:39:00.016+02:002012-07-02T13:22:26.637+02:00Celebrar Hoje 50 Anos, Obriga a Homenagear Todos os Nacionalistas, Principalmente Aqueles Catalogados de “Reaccionários”!!<style>
<!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Cambria; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} @font-face {font-family:"Lucida Grande"; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0in; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ascii-font-family:Cambria; mso-fareast-font-family:Cambria; mso-hansi-font-family:Cambria; mso-bidi-font-family:"Times New Roman";} p.MsoCommentText, li.MsoCommentText, div.MsoCommentText {mso-style-noshow:yes; mso-style-link:"Comment Text Char"; margin:0in; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ascii-font-family:Cambria; mso-fareast-font-family:Cambria; mso-hansi-font-family:Cambria; mso-bidi-font-family:"Times New Roman";} span.MsoCommentReference {mso-style-noshow:yes; mso-ansi-font-size:9.0pt; mso-bidi-font-size:9.0pt;} p.MsoCommentSubject, li.MsoCommentSubject, div.MsoCommentSubject {mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:"Comment Text"; mso-style-link:"Comment Subject Char"; mso-style-next:"Comment Text"; margin:0in; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ascii-font-family:Cambria; mso-fareast-font-family:Cambria; mso-hansi-font-family:Cambria; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; font-weight:bold;} p.MsoAcetate, li.MsoAcetate, div.MsoAcetate {mso-style-noshow:yes; mso-style-link:"Balloon Text Char"; margin:0in; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:9.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ascii-font-family:"Lucida Grande"; mso-fareast-font-family:Cambria; mso-hansi-font-family:"Lucida Grande"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman";} span.commentbody {mso-style-name:commentbody;} span.CommentTextChar {mso-style-name:"Comment Text Char"; mso-style-noshow:yes; mso-style-locked:yes; mso-style-link:"Comment Text"; mso-ansi-font-size:12.0pt; mso-bidi-font-size:12.0pt;} span.CommentSubjectChar {mso-style-name:"Comment Subject Char"; mso-style-noshow:yes; mso-style-locked:yes; mso-style-parent:"Comment Text Char"; mso-style-link:"Comment Subject"; font-weight:bold;} span.BalloonTextChar {mso-style-name:"Balloon Text Char"; mso-style-noshow:yes; mso-style-locked:yes; mso-style-link:"Balloon Text"; mso-ansi-font-size:9.0pt; mso-bidi-font-size:9.0pt; font-family:"Lucida Grande"; mso-ascii-font-family:"Lucida Grande"; mso-hansi-font-family:"Lucida Grande";} @page Section1 {size:8.5in 11.0in; margin:1.0in 1.25in 1.0in 1.25in; mso-header-margin:.5in; mso-footer-margin:.5in; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} -->
</style> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Está no seu auge, a celeuma devido a badalada celebração dos 35 ou 50 anos, desde a formação da Frelimo, partido de vanguarda, de orientação marxista-leninista.</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">Documentação histórica existente, que ainda não foi contestada, assegura que um tal partido, de ideologia comunista só se formou a 7 de Fevereiro de 1977, nas instalações do Clube Militar, em Maputo, o que fazendo os devidos somatórios, totaliza neste ano de 2012, 35 anos da sua existência e não os propalados 50 anos, como se está a papaguear por aí aos 7 ventos.</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">Mas, perceber o que está a acontecer ou aconteceu, para meia-volta os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“números começarem a ser misturados”</b>, obriga a um recuo até essa altura (advento da independência e realização do 3° congresso em 1977) em que os seus proponentes decidiram avançar para a formação do tal partido de orientação marxista-leninista, e entendermos o que ia nas suas cabeças e quais eram os seus objectivos primários.</span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">Nesse prisma, alguns aspectos precisam de ser retidos:</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">1) Havia consciência que a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) era um amálgama de Nacionalistas, de diversas ideologias políticas e projectos distintos sobre o que seria a Nação a emergir com a independência nacional.</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">2) Esses nacionalistas se juntaram com o objectivo comum e único de combater o jugo colonial e libertar a terra e os homens.</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">3) Essa tarefa foi alcançada pelo esforço de todos, incluindo aqueles que tinham uma mentalidade capitalista, os que pregavam ideiais de democracia e pluralidade partidária, assim como os marxistas-leninistas absorvidos no totalitarismo.</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">4) Essa consciência de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“diversidade ideológica na luta”</b> fez com que, ao conquistar-se a independência nacional, ninguém aparecesse a apregoar que a mesma (independência) tivesse sido fruto de uma ala com uma particular ideologia política!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">O que aconteceu naquela altura foi que, tudo o que esta ala marxista-leninista pretendia era <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“arrebatar e consolidar o poder”</b>! Fê-lo inicialmente, exterminando todo aquele que defendesse uma ideologia diferente, catalogando esses mártires, que tanto lutaram por esta Pátria, de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“reaccionários”</b>!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">Terminada esta fase, até níveis que consideraram <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“satisfatórios”</b>, é quando se avança para a ideia de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“criação”</b> de um partido marxista-leninista. A formação deste partido, surge como um momento de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“rotura”</b> com o passado e visava essencialmente:</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">1) Demarcar-se da Frente de Libertação de Moçambique e das suas várias correntes de pensamento, instituindo uma organização nova, com ideologia própria e marcando um novo início.</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">2) Expurgar por completo a dita <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“ala reaccionária”</b>, seus descendentes e todos aqueles que, uma vez activos na Frente durante a luta de libertação nacional, tiveram que se refugiar no estrangeiro para salvaguardar as suas vidas. A ideia central era retirar-lhes qualquer <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“direito de pertença”</b>, visto que a nova organização guiava-se por uma ideologia marxista-leninista, com que os primeiros, entretanto, não se alinhavam.</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">Essa rotura não se limitava apenas aos Nacionalistas que catalogaram de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“reaccionários”</b>, mas a figuras como o próprio Eduardo Mondlane, pelas razões que mais adiante explico!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">Esses propósitos foram conseguidos, e tal era o desejo de se demarcar da Frente, que os aniversários da formação do partido foram sempre efusivamente celebrados, ao ponto de, inclusive, terem sido mandados emitir <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“selos comemorativos”</b>, devidamente anunciados em Boletim da Rep</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">blica, por alturas da passagem do 10° aniversário, em 1987. Nessa altura do <b>“10° anivers</b></span><span lang="PT"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">á</b></span><span lang="PT"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">rio”</b>, todo o mundo estava contente, queria que a data fosse assinalada com <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“tinta indelével”</b> e fosse lembrada para a posteridade. Isto não foi nenhum erro, e as pessoas estavam a celebrar 10 anos do partido que tinham criado, orientado pela ideologia marxista-leninista, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“que os reaccionários não queriam”</b>!! Havia muito orgulho nisso!!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<b><span lang="PT">Mas então, quando é que surge o volte-face e se pretende agora juntar os 15 anos, que foram de uma FRENTE diversa, de várias correntes ideológicas, de vários actores Nacionalistas, em que grande maioria jamais se identificaria com o marxismo-leninismo?</span></b></div>
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<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT"><br /></span></b></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">Pelas contas feitas, isso terá ocorrido com o advento da paz, consequente entrada do multipartidarismo e consigo, novos actores políticos! Pelo facto de, até então, e sob liderança deste partido, não ter havido qualquer conquista nacional capaz de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“ser vendida de bagatela”</b> ao Povo Moçambicano (agora transformado em “eleitorado”), houve necessidade urgente de se fazer um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“recuo estratégico”</b> e não houve meias-medidas em se avançar para a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“usurpação de feitos históricos”</b> que não foram alcançados por um partido de ideologia marxista-leninista, mas por uma nata diversa de Nacionalistas!!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">Não há referência, nos últimos 20 anos, de algum dirigente deste partido ter vindo a terreiro com afirmações do tipo: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“<span class="commentbody">Quando a FRELIMO se constituiu, o seu objectivo era derrubar o colonialismo português. Na Frente tinham lugar todos os anti-colonialistas, todos aqueles que desejavam o fim da dominação estrangeira sobre a nossa Pátria.</span>”</b>, proferidas por Samora Machel aquando da constituição do partido em 1977, porque <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“de repente, só marxistas-leninistas é que passaram a conquistar a independência nacional”</b>.</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">Pelo facto destes (marxistas-leninistas) terem constituído <span style="font-weight: bold;">"uma parte que integrou o Movimento Nacionalista"</span>, esta pretensão não passa de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“uma deturpação grave da história contemporânea de Moçambique”</b>!!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">Só que, querer celebrar agora 50 anos do “partido marxista-leninista” traz mais problemas que benefícios, para além de aumentar a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“pilha de incongruências”</b> sobre o que se aventa ser o percurso histórico deste partido, porque senão vejamos:</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">1) Usurpar todo o protagonismo das conquistas que conduziram à independência nacional, que no momento em que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“não era preocupação”</b> foi reconhecido que envolveu todos os outros actores, obriga a exaltar a memória e homenagear todos os Nacionalistas, principalmente estes que foram catalogados de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“reaccionários”</b>, porque foram parte fundamental e directamente envolvida nas acções vitoriosas da luta de libertação nacional. Não fazer isso, retira toda a legitimidade ao protagonismo que se pretende colher dos eventos ocorridos desde a formação da FRENTE até a proclamação da independência nacional. Porém, este cenário não se colocaria, se hoje se estivessem a celebrar os 35 anos da formação deste partido! Poderiam excluir aqueles que fisicamente eliminaram e não haveria incongruência alguma em afirmar que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“os marxistas-leninistas do partido formaram uma ala que contribuiu nos esforços colectivos que conduziram à independência nacional”</b>!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">2) Celebrar hoje 50 anos, significa dizer que, junto aos outros Nacionalistas perecidos e dissidentes, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Eduardo Mondlane era um marxista-leninista”</b>! Ora, cabe na cabeça de alguém que um individuo estudado, “trabalhado”, casado com uma Americana (num momento em que os negros naquele país lutavam por direitos básicos como votar, usar as mesmas casas-de-banho ou sentar-se nos mesmos bancos de autocarros que a maioria populacional), que pela sua rede de contactos na hierarquia daquele país conseguia granjear apoios de prestigiadas instituições como a Fundação Ford, (apoios esses) que permitiam o financiamento das actividades do Instituto Moçambicano em Dar es Salam, seria ele (Mondlane) o presidente de um partido marxista-leninista?? Algum voluntarioso consegue explicar isso??</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">3) E, se tal como os que foram catalogados de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“reaccionários”</b>, Eduardo Mondlane não era <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“marxista-leninista”</b> e dado o seu <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“background”</b> não é possível visioná-lo a dirigir um partido como tal, conjugado com o facto que, a ala que acabou consolidando o poder a seguir à independência seguia uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“ideologia marxista-leninista”</b>, que diferença objectiva é que existiria em dar-lhe o mesmo destino que deram aos que, entretanto, catalogaram de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“reaccionários”</b>?? <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Just some food for thought……….”</b>, mas estes pontos não se colocariam se estivéssemos a falar hoje de 35 anos, sabido que a FRENTE era um amálgama de Nacionalistas com os mais diversos ideais e ideologias políticas!!!!!!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">Se olharmos hoje para a Frelimo (partido), não sei se “este” ou “esta”, encontra-se profundamente absorvido(a) e entalado(a) ao passado! Essa é a razão (provavelmente também causa e consequência) de, ao meio do percurso, ter-se decidido <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“ir para a jugular”</b> e reclamar a independência nacional como sendo feito privado, unicamente sua, produto de conquistas marxistas-leninistas, o que não é o caso, obviamente! No entanto, deve se entender isso como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“estratégia para a sua própria salvação”</b>, porque mesmo até hoje, volvidos que são estes 37 anos de independência, não há muito por que se pegue, em termos de feitos e conquistas, sob lideran</span><span lang="PT">ç</span><span lang="PT">a deste partido!!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">Tivemos o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Ano Eduardo Mondlane”</b>, seguiu-se o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Ano Samora Machel”</b> e agora estamos no dito <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Quinquagésimo Aniversário”</b>!! É celebração e esbanjamento que não acabam, e, a este andar, podemos dizer com categoria que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“o circo vai ainda no adro”</b>, mas as preocupações dos Moçambicanos, essas perduram e são outras:</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">1) Temos um sistema de ensino que é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“implodido à cada mosca que passa”</b>, e notamos hoje qual é a precariedade em termos de qualidade dos nossos graduados, à todos os níveis! Causa-me profunda consternação abrir uma página nos media ou redes sociais e ver comentários de gente que se intitula universitária...........! Samora, com certeza que não se enervaria se algumas das suas estátuas (que nem somos nós a produzir) fossem poupadas, para contratar professores com grau de licenciatura para as nossas escolas públicas!!</span></div>
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<span lang="PT">2) Com os mais de 36 milhões de hectares de terra arável, intermináveis recursos hídricos, os nossos 37 anos de independência ainda não foram suficientes para sermos auto-suficientes em cereais e hortícolas. <b>“Regadios, fertilizantes, meios mecanizados, infra-estruturas de conservação (silos), rede de comercializa</b></span><span lang="PT"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">çã</b></span><span lang="PT"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o, etc”</b>, esses só existem nos <b>“planos estratégicos de blá blá, que são sempre cumpridos em mais de 80% (no papel)”.</b></span></div>
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<span lang="PT"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">3) Reactivação do parque industrial, acompanhado por uma política sólida de geração de emprego, parece uma miragem! Nesta fase em que emergem muitos mega-projectos, pôr-se em prática um plano de acção nacional visando a capacitação humana, técnica e financeira de pequenas e médias empresas (sem olhar ao apelido dos seus proprietários), consertar nos contratos com as muti-nacionais a obrigatoriedade da sua subcontratação para fornecimentos e prestação de serviços, não parece caber na cabeça de alguém que se intitule de dirigente, neste país.</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">4) Volvidos estes 37 anos, continuamos a habitar as casas e prédios que o colono construiu, edifícios esses que, não vai tardar, começarão a ruir entre nós!! Uma política coerente de habitação, é pedir muito à esta liderança, tão ocupada que anda “em campanhas e celebrações”!!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">5) A lista pode continuar e não há como levá-la à exaustão……….!!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">Mas, a haver conquistas nestas áreas supramencionadas, jamais haveria motivos para hoje se estar a discutir se a idade deste partido é 35 ou 50 anos!!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<b><span lang="PT">“Governação e liderança, Precisam-se!!!</span></b></div>
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<br /></div>
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<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT"><br /></span></b></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT"><span style="font-weight: bold;">P.S</span> – Bem hajam, patriotas como o historiador Egídio Vaz e o jurista João Baptista André Castande que, contra toda a corrente, se esforçam em repor a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“verdade histórica”</b>!!</span></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-83647008422786196562012-02-08T13:30:00.002+02:002012-02-08T13:33:15.954+02:00São Mesmo 50 Anos?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiASeugxe7825r7kU174KGd7ryIUSPhDev2A7nHyLvy3MPdi66tvI7po6SOgnVN85REL4X1x00U_M4vuQIbbBvFzjUJtHwRW43vJxdio71cqBBFLxKDCx-iSmvOKxI8IzqdHEdSTvmgdoo/s1600/50anos%253F.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 299px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiASeugxe7825r7kU174KGd7ryIUSPhDev2A7nHyLvy3MPdi66tvI7po6SOgnVN85REL4X1x00U_M4vuQIbbBvFzjUJtHwRW43vJxdio71cqBBFLxKDCx-iSmvOKxI8IzqdHEdSTvmgdoo/s400/50anos%253F.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5706726392819679490" border="0" /></a><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-31198736505052373312012-02-07T15:37:00.009+02:002012-02-08T13:17:18.805+02:00Compulsando Sobre as Últimas Declarações do PR!!<style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"MS 明朝"; mso-font-charset:78; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:1 0 16778247 0 131072 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0in; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify; text-justify:inter-ideograph; mso-pagination:none; font-size:12.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"MS 明朝"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-font-kerning:1.0pt; mso-fareast-language:JA;} @page Section1 {size:8.5in 11.0in; margin:1.0in 1.25in 1.0in 1.25in; mso-header-margin:.5in; mso-footer-margin:.5in; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Os últimos tempos têm sido caracterizados por um <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“engajamento político”</b> acentuado, por parte de vários segmentos da sociedade, que outrora se mantinham em silêncio absoluto, perante as atrocidades cometidas e que tendem a agravar-se pela nossa máquina político-governamental. Os abusos já atravessaram a linha e não é mais possível <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“ficar-se calado”</b>!!</span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Mas antes de ir à vaca-fria vamos lá refrescar um pouco a memória e vermos <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“onde isto tudo começou”</b>, porque <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“amnésia política”</b> é daquelas coisas que tem super-abundado entre nós!!</span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Para um país que saía de um longo período de guerra civil, pese embora ter sido acusado de não exercer <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“mão-forte”</b> em certos aspectos como a corrupção, ninguém tem dúvidas que a abordagem pragmática e tolerante com que se guiou, confere à governação de Chissano, um estatuto exemplar. Hoje, principalmente, e volvidos estes últimos dois mandatos, em que o pa</span><span style="" lang="PT">í</span><span style="" lang="PT">s anda em <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“tensão permanente”</b>, essas dúvidas penso que deixaram mesmo de existir!!</span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Sabíamos de antemão que, e parafraseando o mártir Carlos Cardoso, <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“onde ele tocou, estragou”</b>, e exemplos múltiplos super-abundam por aí!! Mas Guebuza apareceu com um discurso de ordem, advogando candidatar-se à Presidência da República para <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“acabar com o espírito de deixa-andar, o burocratismo e a corrupção”</b>!! Para os mais incautos criou-se logo uma alta expectativa e mesmo nós os cépticos de costume até que tacitamente lhe demos uma <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“segunda chance”</b> e não pretendemos condená-lo logo a priori <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“por mazelas passadas”</b>!!<br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">Mas depois, o que é que se viu??? Em vez da <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“lebre”</b> que nos havia sido prometida, foi e temos estado a ser continuamente servidos <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“gato fedorento”</b>!!</span><span style="" lang="PT"> O discurso de <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“acabar com o deixa-andar”</b> não resistiu sequer à primeira metade do primeiro mandato, esfumou-se completamente e metamorfoseou-se em coisas intangíveis como <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“auto-estima”</b>!!<br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Seguiu-se uma <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“febre amarela”</b> de açambarcamento de património público para fins pessoais e familiares (FACIM, Jardim Tunduru, Cadeia Civil, Várias Delegações Ministeriais, etc, só para citar alguns) e hoje, negócios que deviam ser concebidos e implementados numa perspectiva de enrobustecer as finanças do Estado, são transferidos para a <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carteira de negócios”</b> privados, familiares!! Temos inclusive que juntar as nossas míseras quinhentas para a benevolente <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“menina PCA”</b> nos mudar o sinal analógico para o digital!! Mas, o que é sintomático nisto tudo é não haver uma <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“noção de limite”</b>, de dizer que <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“Chega, meninos e meninas! O que já arranquei aos Moçambicanos para vosso benefício próprio, chega!! Agora mostrem a esses desgraçados que vocês nasceram com sangue e têm cabedal empresarial”</b>!!!</span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span> </p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Mas em vez disso, temos o Zeca Afonso a martelar os nossos ouvidos com o seu <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada.....”</b>!!!</span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Que esta governação <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“nos burlou e nos tem burlado”</b> não é matéria que precise de ser levada a debate!! O que julgo que deve ser urgentemente debatido é o facto de, perante toda a evidência sugerindo o oposto, a mesma se continue a achar <b style="">“teleologicamente correcta, com os olhos postos no seu umbigo, fechada na infalibilidade das suas ac</b></span><span style="font-weight: bold;" lang="PT">çõ</span><span style="" lang="PT"><b style="">es e intolerante a qualquer cr</b></span><span style="" lang="PT"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">í</b></span><span style="" lang="PT"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">tica”</b>!! Isto é que é preocupante!! Porque chega a dar a impressão que <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“estamos a falar com uma parede”</b>, quando tudo que temos estado a fazer é <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“alertar o comandante que a direcção que tomou o seu leme, está a levar-nos ao precipício”</b>!! Assim que nem o <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“Costa Concordia”</b>!!!</span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Agora, voltando </span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">à</span><span style="" lang="PT"> vaca-fria!!</span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"><br /></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">É recorrente vermos nos Media, declarações contundentes de membros do partido no poder, mormente de sectores associados à <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“velha-guarda”</b>, manifestando o seu total desacordo com a governação do dia! Dentre eles, nota de destaque vai para Jorge Rebelo, um embondeiro no que à <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“integridade moral e ética”</b> concerne, dentro daquela formação política!! Outros segmentos incluem o que entendo como <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“a ala correntemente marginalizada”,</b> onde ombreiam figuras como Marcelino dos Santos, Sérgio Vieira, Óscar Monteiro, etc.<br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Os pronunciamentos destes indivíduos estão em sincronia com as reivindicações e pontos de discórdia da franja esclarecida de Moçambicanos, onde a juventude se destaca como um dos segmentos em rápido crescimento, sobre o que deve caracterizar <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“moral e eticamente”</b> uma governação, que se digne desse nome!! Que valores devem nortear a nossa </span><span style="" lang="PT">Moçambicanidade??</span></p><p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p style="font-weight: bold;" class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">- É aceitável o dirigente açambarcar património público para benefício próprio??<br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-weight: bold;">- Devemos aceitar que o dirigente desvie negócios do Estado para seus familiares e sequazes?? </span><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-weight: bold;">- Devemos tolerar um dirigente que assina acordos económicos marcadamente desfavoráveis para o país, pelo simples facto que ele passe a receber mensalmente um </span><b style="font-weight: bold;">“cheque de migalhas”</b><span style="font-weight: bold;">, como estamos a assistir actualmente com os mega-projectos???</span><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">Digo <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“migalhas”</b> comparando com o que estas corporações ganham com os nossos recursos, a penúria das suas contribuições fiscais ao país e as <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“míseras moedas”</b> que atiram aos nossos governantes……..!! O ridículo é que estes ficam contentes e se acham ricos........</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">Este aspecto da <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“integridade moral e ética governativa”</b> é crucial, se nas condições actuais, este partido aspira a ser ouvido pelo povo Moçambicano! Por mais que não falem, as pessoas há muito que se cansaram!! Porque mais do que <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“retórica vazia e desprovida de carácter”</b>, o que esta juventude quer ver dos seus governantes são <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“acções que sirvam de exemplo”</b>, passíveis de ser interiorizadas e absorvidas pelos escalões mais baixos na pirâmide social, e mudarmos de uma vez por todas, este paradigma que entorpece o desenvolvimento social e económico desta Nação!! </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Contanto que, por objectivos <b style="">“puramente político-partidários”</b>, alguma ala mais jovem, da categoria “8 de Março” começa também a aparecer publicamente com questionamentos à sua liderança!! Foi o caso da crónica de Adelino Buque, aquando da derrota do partido no poder nas passadas eleições intercalares em Quelimane, o que prova que esta coisa de ser <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“autómato do comando, cansa”</b>!! Se relacionadas ou não ao seu apelo de que, a juventude deste partido devia tomar outra postura para al</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">é</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">m de receptáculo das ideias superiores retrógradas, surgiram réplicas em sectores usualmente confinados ao mero <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“transporte de pastas das chefias”</b>, como o CNJ ou a OJM.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">Mas, contrariamente ao que alguns sectores têm avançado como o móbil das recentes declarações do PR, a intuição me manda dizer que foi a <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“bombástica entrevista”</b> de Erik Charas concedida recentemente ao Jornal Canal de Moçambique!! Abrindo aqui só uns parêntesis, <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“mas que lufada de ar fresco!?!”</b> O que está ali dito é o que vai na cabeça de grandes segmentos da sociedade Moçambicana, cansada desta <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“governação predadora”</b>!! Pelo facto de Charas ter se apresentado como <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“membro do partido no poder”</b>, o PR não só recorre a termos inconcebíveis para a sua figura, como corre a alertar os membros do seu partido que, <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“na qualidade de membros, estes não devem abdicar da sua condição de surdos, mudos, sem ideias próprias, em suma, verdadeiros autómatos do comando”</b>!!! Ou seja, <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“quem fala pelo partido são: a comissão politica, comité central, descaindo por aí até ao nível distrital”</b>, hehehe!!!</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><b style=""><span style="" lang="PT"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal"><b style=""><span style="" lang="PT">“A governação vai mal, o país vai mal, não temos projecto nacional”!!<br /></span></b></p><p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">O lema correntemente em vigor é: “Roube quem puder”!!!</span></b></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">Prova disso é que, em vez de ser acarinhado e auxiliado, um jovem com ideias e projectos inovadores como este, ande a ser barrado e complicado, pura e simplesmente porque, na sua estrutura accionista, não tem um sanguessuga da “nomenklatura” que, sem nada fazer ou investir, quer lá estar para apenas receber os seus “cheques” ao final de cada mês!! É desta <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“fibra vampira”</b> que se constitui o dito <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“empresariado de sucesso”</b> que temos por aqui!! Tudo começa e termina no seu <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“tráfico de influência”</b> e não se lhes conhece um <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“produto”</b> que digam: <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“gente, este é o fruto do meu trabalho; é com ele que tenho estado a ajudar a economia do país e contribuir para o seu desenvolvimento”</b>!!!</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-weight: bold;">"Não fazem e não deixam fazer"</span>!! Há muito Moçambicano com ideias firmes que, pelo seu efeito integrado, podem começar a alavancar a economia do pa</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">í</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">s a curto prazo, mas que não pára de ser sistematicamente barrado e prejudicado!! E vêm-nos com essa de <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“vai-se marginalizar, vai-se tornar marginal”</b>……..!!</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">A questão de momento é: <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“Até quando vamos sustentar esta governação medíocre”???</b></span></p><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-18371569741271713702012-01-14T10:03:00.012+02:002012-01-16T19:15:13.313+02:00Como Funciona a Corrupção na Construção Civil em Moçambique: “Os Carapaus-Médios!!” – 6<style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Courier New"; panose-1:2 7 3 9 2 2 5 2 4 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} @font-face {font-family:Wingdings; panose-1:5 2 1 2 1 8 4 8 7 8; mso-font-charset:2; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:0 0 65536 0 -2147483648 0;} @font-face {font-family:"MS 明朝"; mso-font-charset:78; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:1 0 16778247 0 131072 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0in; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify; text-justify:inter-ideograph; mso-pagination:none; font-size:12.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"MS 明朝"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-font-kerning:1.0pt; mso-fareast-language:JA;} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:99.25pt 85.05pt 85.05pt 1.25in; mso-header-margin:42.55pt; mso-footer-margin:49.6pt; mso-paper-source:0; layout-grid:20.0pt;} div.Section1 {page:Section1;} /* List Definitions */ @list l0 {mso-list-id:2001153242; mso-list-type:hybrid; mso-list-template-ids:1270757316 146426012 197641 328713 66569 197641 328713 66569 197641 328713;} @list l0:level1 {mso-level-start-at:0; mso-level-number-format:bullet; mso-level-text:-; mso-level-tab-stop:.5in; mso-level-number-position:left; text-indent:-.25in; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"MS 明朝"; mso-font-width:0%;} ol {margin-bottom:0in;} ul {margin-bottom:0in;} --> </style> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Dizia no número anterior desta s</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">é</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">rie que, esta classe de <span style="font-weight: bold;">“carapaus-médios”</span> é formada por: pessoal sénior do GACOPI (Gabinete de Coordenação de Projectos de Investimento/MISAU), CEE (Construções e Equipamentos Escolares/MINED), Direcção de Logística e Infra-Estrutura/AT, Direcção de Infraestruturas/MUNICIPIOS, Coordenação de Projectos/ONG’s, entre outros.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><b style=""><span style="" lang="PT"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">Como Actuam os “Carapaus-Médios”</span></b></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">O carácter nocivo da corrupção na construção civil perpetrada pelos <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“carapaus-médios”</b> só pode ser entendido num contexto de <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“sistema”</b>. Conforme a enciclopédia livre, <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“sistema é um grupo ou combinação de elementos inter-relacionados, inter-dependentes ou inter-ligados, formando uma entidade colectiva ou um todo mais complexo”</b>. Ou seja, em cada momento da actividade laboral do <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapau-médio”</b>, um tipo de corrupção, com identidade bem definida, se encontra institucionalizado e todas essas <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“corrupções localizadas”</b> se interligam e seguem uma cadeia sequencial que, pelo seu <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“efeito de bola de neve”</b> acabam criando <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“níveis globais de roubalheira”</b> que muito pouca gente tem noção que ocorre neste país. Enquanto nos <span style="font-weight: bold;">“tubarões”</span> a corrupção, apesar de volumosa (em termos de valores envolvidos), detém um <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carácter pontual”</b>, já nos <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapaus-médios”</b> esta envolve valores médios a altos, o que aliada à sua <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“natureza continuada”</b> concorre para estes níveis tóxicos de usurpação de bens públicos.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">A cadeia de corrupção perpetrada pelos <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapaus-médios”</b> pode ser dividida em 2 partes, nomeadamente:</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:13.5pt;text-indent:-13.5pt"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">- <span style="mso-tab-count:1"> </span>Obras de pequena envergadura</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:13.5pt;text-indent:-13.5pt"><span style="" lang="PT">- <span style="mso-tab-count:1"> </span>Obras de m</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">é</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">dia a grande envergadura</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">Por conseguinte, estas duas partes englobam 3 componentes:</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:13.5pt;text-indent:-13.5pt;mso-list:l0 level1 lfo1"><span style="mso-fareast-Times New Roman";mso-font-width:0%; mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT"><span style="mso-list:Ignore">-<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span></span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">Projecto</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:13.5pt;text-indent:-13.5pt;mso-list:l0 level1 lfo1"><span style="mso-fareast-Times New Roman";mso-font-width:0%; mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT"><span style="mso-list:Ignore">-<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span></span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">Empreitada</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:13.5pt;text-indent:-13.5pt;mso-list:l0 level1 lfo1"><span style="mso-fareast-Times New Roman";mso-font-width:0%; mso-ansi-language:PTfont-family:";" lang="PT"><span style="mso-list:Ignore">-<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span></span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">Fiscalização</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">A prossecução destas componentes envolve <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“processos de adjudicação”</b> que podem ser “directos” ou por “concursos públicos” que são conduzidos pelos <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapaus-médios”</b> (contratante) e que podem envolver os mesmos ou diferentes actores (contratados) no decorrer de uma mesma obra. Como é que o <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“carapau-médio” </b>influencia e manipula estes processos, e como o mito enraizado na sociedade civil (e armada) de que <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“havendo concurso público, há transparência”</b> precisa de ser desbaratado, são matérias a desenvolver nas próximas linhas.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:.25in"><span style="mso-ansi-language: PT" lang="PT"><span style="mso-spacerun: yes"> </span></span></p> <p class="MsoNormal"><b style=""><span style="" lang="PT"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">1. Obras de Pequena Envergadura</span></b></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">Obras de pequena envergadura são aquelas que, primariamente, não envolvem níveis complexos de soluções de arquitectura e engenharia, o que permite que o <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“carapau-médio”</b> e a sua entourage institucional, que são técnicos normalmente formados nestas áreas, realizem internamente as componentes de projecto arquitectónico e de engenharia, sem recorrer a terceiros. Isso dá, logo à partida, níveis extraordinários de autonomia ao <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“carapau-médio”</b>, no que concerne às soluções arquitectónicas/estruturais a adoptar, ao nível de exigência a impôr ao empreiteiro, aos elementos constantes do projecto e, o que mais lhe interessa, aos custos totais envolvidos. As obras que, pelos custos totais, no contexto da legislação vigente, podem ser executadas <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“por adjudicação directa”</b> fazem definitivamente parte deste grupo (obras de pequena envergadura), mas existem outras que, mesmo tendo os projectos realizados internamente, acabam sendo forçosamente levadas a <b style="mso-bidi-font-weight: normal">“concursos públicos de empreitada”</b>, por seus custos totais excederem os limites legalmente admissíveis. Nestas obras todas, a autonomia do <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapau-médio”</b> não termina por aqui. Ele próprio é que conduz o <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“processo de adjudicação”</b> e invariavelmente realiza a <span style="font-weight: bold;">“fiscalização da obra”</span>, na fase de execução do projecto.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><b style=""><span style="" lang="PT"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">1.1 A Elaboração do Projecto</span></b></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">A realização de projectos em Moçambique é uma realidade complexa porque, devido à sempre propalada <span style="font-weight: bold;">“exiguidade de fundos”</span>, certos procedimentos auxiliares (preparatórios) ao Projectista, como ensaios de solos, ensaios de fundações, algumas vezes até levantamentos topográficos, etc, nunca são realizados. Quando não existe historial de obras na zona de implantação do novo projecto, esse <span style="font-weight: bold;">“campo obscuro”</span> que é criado, obriga o Projectista a tomar precauções excessivas em relação à componente de <span style="font-weight: bold;">“contingências”</span>, visto que só no decorrer da obra é que os elementos que ele pressupõe no projecto é que serão confirmados. Quantas vezes é que numa obra em que se previam <span style="font-weight: bold;">“fundações superficiais”</span>, se vem a descobrir durante a execução que, no terreno existe um aterro sanitário?? Quantas vezes se descobrem outros tantos solos com fraca capacidade de carga?? Quantas vezes até aquíferos são detectados?? Esta situação acaba sendo exponencialmente exacerbada quando se trata de projectos de reabilitação, visto que, na nossa prática corrente de engenharia, poucos ou nenhuns são os casos de aplicação de métodos não intrusivos ou os anteriormente citados <span style="font-weight: bold;">“ensaios de campo e laboratoriais”</span> para avaliar os níveis de degradação dos materiais em obra. Portanto, está no interesse do próprio Projectista, ser cauteloso e ser <span style="font-weight: bold;">“generoso”</span> em certas áreas do seu <span style="font-weight: bold;">“mapa de quantidades da obra”</span>. Mas é esta <span style="font-weight: bold;">“precaução”</span> que mais tarde acaba precipitando os tais <span style="font-weight: bold;">“buracos negros da corrupção”</span>, como veremos mais adiante.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><b style=""><span style="" lang="PT"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">1.2 Adjudicação Directa do Projecto</span></b></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">O espírito e as boas intenções do Legislador ao incluir um tal mecanismo na nossa <span style="font-weight: bold;">“Lei de Procurement”</span> de Serviços e Empreitadas Públicas é matéria que não precisa de ser escrutinada!!<span style="mso-spacerun: yes"> </span>No entanto, os <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapaus-médios”</b> usam e abusam desta mesma lei para avançar com as suas actividades corruptas! Se se olhar para o historial de <span style="font-weight: bold;">“adjudicações directas”</span> em cada uma das instituições supra-mencionadas, há-de se notar que as mesmas são entregues à mesma ou a um reduzido grupo de empresas! Alega-se sempre <span style="font-weight: bold;">“um bom conhecimento da empresa blá blá”</span>; <span style="font-weight: bold;">“que provou executar trabalhos de qualidade e blá blá”</span>; <span style="font-weight: bold;">“aliado à urgência das obras e falta de tempo para proceder a um concurso público e blá blá, etc”</span>, como argumentos sólidos para justificar a adjudicação. Mas esta <span style="font-weight: bold;">“adjudicação directa”</span> é feita invariavelmente, em ambiente de conluio total entre adjudicador e adjudicatário, e os custos globais das obras contratadas nestes moldes são os mais elevados que se podem encontrar no mercado, para projectos similares. O que acontece é que o <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapau-médio”</b> pede a proposta orçamental à(s) empresa(s) <span style="font-weight: bold;">“com que tem normalmente trabalhado”</span>. Com a proposta na mão e conhecedor dos budgets disponíveis, ele decide quanto deve ser acrescentado aos valores propostos pelo Empreiteiro, passando essa <span style="font-weight: bold;">“massa”</span> a reverter para seu benefício próprio, por tranches ou por soma única, durante a facturação normal do empreiteiro no decorrer da obra.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">O que se vê é que, em Projectos-tipo similares, mas financiados e adjudicados por outras entidades, nota-se uma diferença abismal de preços, comparando com estes que são integralmente conduzidos por agentes cuja missão suprema deveria ser a defesa dos interesses do Estado. Já vi muito <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapau-médio”</b> com a cara bem inchada de vergonha (ou seria por falta dela?), defendendo que <span style="font-weight: bold;">“não é possível executar essa obra por 50.000 dólares”</span>!! Isso tudo porque, a mesma obra conduzida por ele (adjudicação, fiscalização) e executada em zonas até menos recônditas, exigindo assim menos esforço logístico ao Empreiteiro, custou ao Estado mais do dobro dessa quantia. </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><b style=""><span style="" lang="PT"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">1.3 Fiscalização da Obra</span></b></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">A natureza <span style="font-weight: bold;">“sistémica e continuada”</span> das acções corruptas do <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapau-médio”</b> prosseguem durante a fiscalização da obra, em máxima força. Conforme avancei anteriormente, o projecto elaborado pelo <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapau-médio”</b> inclui uma série de contingências que, nesta fase, não servem para mais nada senão criar <span style="font-weight: bold;">“buracos negros”</span> nos parcos recursos estatais. Em todos os <span style="font-weight: bold;">“trabalhos não realizados”</span>, o <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapau-médio”</b> instrui o Empreiteiro a incluir tudo como sendo <span style="font-weight: bold;">“trabalho realizado”</span>, na sua facturação mensal ou final. A regra comumente em uso dita uma <span style="font-weight: bold;">“partilha dos espólios”</span> numa razão de <span style="font-weight: bold;">“fifty-fifty”</span> entre o <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapau-médio”</b> e o <span style="font-weight: bold;">“Empreiteiro”</span>. Nos casos em que a <span style="font-weight: bold;">“veia-roubadora”</span> do <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapau-médio”</b> </span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">é</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> do tipo <span style="font-weight: bold;">“assassina”</span>, ele não pára por aqui! Ele inventa uma série de <span style="font-weight: bold;">“trabalhos extra fictícios”</span> que, por conseguinte, são avalizados por si próprio e facturados pelo Empreiteiro. A partilha aqui respeita a mesma equação anteriormente citada.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Conforme estamos a ver, a corrupção perpetrada pelo <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapau-médio”</b> reveste-se de um carácter contínuo e permanente, abarcando todas as fases desde a concepção do projecto, até a entrega da obra! Neste contexto, e abrindo aqui um parêntesis, deixe-me citar uma notícia perplexa publicada por várias cadeias noticiosas em meados de 2010, sobre uma <span style="font-weight: bold;">“flight-attendant”</span> da Air France descrita como <span style="font-weight: bold;">“Lucie R”</span>, que ostensivamente roubava dinheiro e bens luxuosos de passageiros da classe executiva enquanto estes dormiam, durante voos internacionais desta companhia. O problema com ela sendo descoberta surge quando se nota que o nível de vida que ela levava, os bens luxuosos que ostentava, e veio mais tarde a descobrir-se, as suas contas e depósitos de artigos luxuosos em cofres </span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">bancári</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">os, em nada se coadunava com os salários que auferia da sua actividade de hospedeira e nem com os impostos que pagava ao Estado!! Os primeiros a suspeitar dela foram os seus próprios colegas de trabalho.....!! </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Ora, e aqui no burgo, já alguém tentou avaliar os múltiplos apartamentos, moradias, carros e contas bancárias de <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapaus-médios”</b> e seus familiares directos, para encontrar congruência entre o que estes nossos <span style="font-weight: bold;">“funcionários públicos”</span> auferem e os bens que possuem?? Naturalmente que esta tarefa fica complicada, quando a classe governante neste país insiste que <span style="font-weight: bold;">“roubar impunemente bens públicos”</span> se enquadra no conjunto de <span style="font-weight: bold;">“valores e princípios moçambicanos a preservar”</span>!! Prova disso é o pacote da <span style="font-weight: bold;">“Lei Anti-Corrupção”</span> que deveria também salvaguardar estas matérias e pôr estes <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapaus-médios”</b> e todos os outros ladrões compulsivos em linha, mas que está a apodrecer lá nas gavetas da <span style="font-weight: bold;">“Malígna Assembleia”</span>!! Dizem que n</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">ã</span><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">o aprovaram ainda por falta de tempo, mas estamos aqui sentados a espera, para ver o que acontece neste 2012.<br /></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">Com esta postagem, marcamos o início do <span style="font-weight: bold;">“Ano Bloctivo”</span> aqui no <span style="font-weight: bold;">“Desenvolver Moçambique”</span> e esperamos manter uma postura mais interventiva que a do ano passado, em relação aos assuntos que interessam para o desenvolvimento deste solo pátrio!!</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT">Fique atento ao próximo número para perceber como o <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“carapau-médio”</b> desenrola a sua actividade corrupta nos casos de <span style="font-weight: bold;">“Obras de Média e Grande Envergaduras”</span> e ver como vamos desbaratar o <span style="font-weight: bold;">“mito da transparência dos concursos públicos”</span>!!</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT" lang="PT"> </span></p><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-6797930011733794892011-12-09T09:31:00.006+02:002011-12-11T07:52:25.222+02:00Rescaldo das Eleições Intercalares: “Tareia Eleitoral”!!!<div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" >“Os políticos e as fraldas devem ser trocados de tempos em tempos, e pela mesma razão.”<br /></span><span style="font-family:arial;">Eça de Queirós</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">O <span style="font-weight: bold;">"Município de Quelimane"</span>, 4<span style="font-size:85%;">o</span> maior centro urbano do país, a avaliar pelo candidato proposto pela oposição, a quantidade de pesos-pesados da máquina governamental-partidária que praticamente ali foi fixar residência, a campanha eleitoral renhida e o engajamento dos munícipes em prol dos destinos da sua Autarquia, detém de forma incontestável o estatuto de <span style="font-weight: bold;">“Epicentro destas Eleições Intercalares”</span>, entretanto terminadas. Para quem, do nada, voluntariamente precipitou o processo que conduziu a estas eleições autárquicas, perder nesse local, naquilo que, nos termos de Edson Macuácua, se qualificaria como uma <span style="font-weight: bold;">“derrota retumbante, convincente e esmagadora”</span>, confere ao partido Frelimo a posição de maior perdedor destas eleições!!</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Não há dúvidas que, independentemente de convicções políticas, credos religiosos, condição social, etc, o país inteiro vibra e respira ar fresco, com a vitória de Manuel de Araújo em Quelimane, porque uma nova página se abriu na história da consolidação democrática do nosso Moçambique!!</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Avançava eu, na única postagem anterior que dediquei a este tema, que estas eleições desempenhavam um papel crucial na emancipação primeiro política (e daí económica, social, etc) das regiões onde essas eleições iriam decorrer. Que, contrariamente à ideologia que tem norteado as pessoas até aqui no Governo desta República, <span style="font-weight: bold;">"actores locais"</span> deveriam se levantar, lutar pela sua terra, suas gentes, e com as suas ideias encontrar soluções para os problemas “eternos” que afligem as suas urbes, sem <span style="font-weight: bold;">“amarras físicas ou mentais”</span> ao regime excludente ora instalado desde a independência nacional.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Se havia d</span><span style="font-family:arial;">ú</span><span style="font-family:arial;">vidas, os Quelimanenses, seus amigos e simpatizantes do país inteiro mostraram que t</span><span style="font-family:arial;">ê</span><span style="font-family:arial;">m noção da realidade </span><span style="font-family:arial;">à</span><span style="font-family:arial;"> sua volta, que se cansaram das sistemáticas mentiras e que tudo fariam para mudar esse cenário de coisas!! A <span style="font-weight: bold;">“lição de cidadania”</span> que nos deram, não se deixando intimidar, quer pela Polícia, quer pelos governantes que iam fazendo o seu show-off de ostentação e poderio (com o dinheiro dos nossos impostos), contrastando com a realidade em que se encontram os munícipes no seu dia-a-dia, mas sobretudo, indo votar e defendendo as assembleias de voto até ao apuramento dos resultados, terá consequências irreversíveis no panorama político desta Nação!!</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Esta derrota <span style="font-weight: bold;">“retumbante, convincente e esmagadora”</span> da Frelimo em Quelimane deve marcar um ponto de reflexão neste partido, se o mesmo aspirar a sobreviver <span style="font-weight: bold;">“a longo prazo”</span> neste país!! O país não é mais o mesmo que encontraram em 75. O povo não é o mesmo e sabe bem o quer e onde pode chegar!! O povo jamais se intimida pela simples presença física do governante (se casado em primeiras ou segundas n</span><span style="font-family:arial;">ú</span><span style="font-family:arial;">pcias, se muda de roupa todos os dias ou n</span><span style="font-family:arial;">ã</span><span style="font-family:arial;">o, se bebe </span><span style="font-family:arial;">á</span><span style="font-family:arial;">gua mineral ou do po</span><span style="font-family:arial;">ç</span><span style="font-family:arial;">o e todas outras irrelevâncias..) mas o mesmo está disposto a valorizar a sua competência, a sua entrega e sobretudo a produção de resultados palpáveis, com vista à mudança da realidade desoladora em que se encontram estas cidades e as suas gentes!! </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Mas onde a Frelimo precisa de reflectir bastante é na sua concepção de poder, no modelo de governação e integração desta Nação como um todo!! Até que ponto este seu <span style="font-weight: bold;">“Modelo-Madjonidjoni”</span> de governação, em que indivíduos de restritas tribos do sul são atirados para ocupar praticamente todas as posições governamentais nas províncias e ínfimos filhos dessas terras (que nem chegam a preencher os dedos da mão) são levados como meras <span style="font-weight: bold;">“mascotes”</span> para serem mormente exibidas nos períodos eleitorais aos seus conterrâneos e daí se fazer subentender uma <span style="font-weight: bold;">“hipotética ideia de unidade nacional”</span>, tem estado a contribuir para o desenvolvimento do resto do país??? </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Como é que estas <span style="font-weight: bold;">“mascotes”</span> acantonadas em Maputo e que nem sequer têm uns canteiros de hortícolas ou uma capoeira de galinhas nas províncias donde provêm, estão a ajudar as suas terras e as suas gentes????</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">De que forma, pegar num ou noutro indivíduo local para servir apenas como <span style="font-weight: bold;">“marioneta”</span> que dança imparavelmente ao apito do <span style="font-weight: bold;">“comando central”</span>, cumprindo estritamente a sua agenda (muitas vezes dissociada dos interesses locais), tem estado a trazer soluções para os problemas locais, a amainar os anseios da população???? Neste ponto específico, a própria renúncia dos anteriores edis vem ao âmago da questão!! </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">O corolário desta situação é que a Frelimo acha que para manter o país unido é preciso que em cada local não haja outra coisa senão um <span style="font-weight: bold;">“instrumento”</span> deste partido!! Ou seja, exclui sistematicamente estes povos, mas tamb</span><span style="font-family:arial;">é</span><span style="font-family:arial;">m n</span><span style="font-family:arial;">ã</span><span style="font-family:arial;">o quer que os mesmos se afirmem por s</span><span style="font-family:arial;">í</span><span style="font-family:arial;"> pr</span><span style="font-family:arial;">ó</span><span style="font-family:arial;">prios e por outras vias!! Esta concepção de país, para além de problemática e aberrante, é utópica!! E os factos no terreno estão a tratar de mostrar claramente que, faça-se o que se faça, manter um tal modelo é insustentável!!<br /><br />O que estamos a assistir neste momento </span><span style="font-family:arial;">é</span><span style="font-family:arial;"> a reac</span><span style="font-family:arial;">çã</span><span style="font-family:arial;">o natural destes povos ao abandono, desprezo e exclus</span><span style="font-family:arial;">ã</span><span style="font-family:arial;">o a que t</span><span style="font-family:arial;">ê</span><span style="font-family:arial;">m sido votados, praticamente desde a independ</span><span style="font-family:arial;">ê</span><span style="font-family:arial;">ncia nacional, excedidos que j</span><span style="font-family:arial;">á</span><span style="font-family:arial;"> foram os <span style="font-weight: bold;">"limites do humanamente aceit</span></span><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" >á</span><span style="font-family:arial;"><span style="font-weight: bold;">vel"</span>. </span><span style="font-family:arial;">É</span><span style="font-family:arial;"> uma reac</span><span style="font-family:arial;">çã</span><span style="font-family:arial;">o </span><span style="font-family:arial;">à</span><span style="font-family:arial;">s ac</span><span style="font-family:arial;">ç</span><span style="font-family:arial;">õ</span><span style="font-family:arial;">es conduzidas de forma deliberada e concertada pela Frelimo contra estes povos e suas regi</span><span style="font-family:arial;">ões</span><span style="font-family:arial;">! E isto deve ser entendido como um <span style="font-weight: bold;">"primeiro passo"</span> de uma manifesta</span><span style="font-family:arial;">çã</span><span style="font-family:arial;">o natural da resili</span><span style="font-family:arial;">ê</span><span style="font-family:arial;">ncia e vitalidade dos mesmos, rejeitando a mis</span><span style="font-family:arial;">é</span><span style="font-family:arial;">ria da sua condi</span><span style="font-family:arial;">çã</span><span style="font-family:arial;">o e afirmando de p</span><span style="font-family:arial;">é</span><span style="font-family:arial;">-firme que querem mudar o curso das suas vidas!! N</span><span style="font-family:arial;">ã</span><span style="font-family:arial;">o saber lidar bem com este processo pode conduzir a outros, sabido que, <span style="font-weight: bold;">"para uma ac</span></span><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" >çã</span><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" >o, h</span><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" >á</span><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" > sempre uma reac</span><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" >çã</span><span style="font-family:arial;"><span style="font-weight: bold;">o"</span>!!</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Não estamos de maneira alguma a dizer que a Frelimo <span style="font-weight: bold;">“deva entregar o poder à oposição”</span>!! Como partido político que é, está nas suas prerrogativas se esforçar para manter o poder, desde momento que saiba jogar limpo, diga-se de passagem!! Mas é preciso perceber quanto antes que, nenhuma Nação pode ser feita de uma única coisa!! Porque, se assim fosse, Júlio César estaria ainda a governar a Itália e Napoleão Bonaparte estaria hoje em frívolas negociações com Adolf Hitler para tentar resolver a crise do euro! Para dizer que, mesmo que as pessoas não movam uma palha sequer (o que não é o caso), a natureza trata de fazer o seu serviço!! </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">É, portanto, preciso entender a <span style="font-weight: bold;">“diversidade”</span> como uma coisa <span style="font-weight: bold;">“natural”</span> e não como algo a ser combatido sob todas as formas e medidas!! Em caso de derrota, como se observou primeiro na Beira e agora em Quelimane, é preciso agir com elevação e urbanidade e, de forma graciosa, olhar para os novos vencedores como complementos da sua própria governação, como actores que vão dar o seu máximo para desenvolver o mesmo Moçambique que a Frelimo até aqui governa e diz querer desenvolver, as mesmas terras habitadas por muitos dos seus membros, como aliás, Raimundo Pachinuapa uma vez defendeu entre os seus convivas. Que esses actores locais, antes de serem combatidos, precisam de ser incondicionalmente apoiados, naquilo que ao Governo Central concerne!! Que a competição se restrinja aos períodos eleitorais, porque só assim é que poderemos estar a construir uma Nação verdadeiramente una, inclusiva e indivisível!! Não fazer isso, poderá mais tarde resvalar noutros desenvolvimentos que até, de certa forma, </span><span style="font-family:arial;">é</span><span style="font-family:arial;"> possível hoje prever!! </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Mas tem outra opção!! Que é continuar a fazer as coisas como tem feito até agora e deixar-se apanhar pelos factos em contra-mão (não sei se, de surpresa ou não)!! Um dia, com a coluna vertebral já quebrada, pode ser demasiado tarde para tentar mudar o curso das coisas!! </span><br /><br /><span style="font-family:arial;"><span style="font-weight: bold;">A sobrevivência da Frelimo a “longo prazo” como actor político válido e de mérito está intrinsecamente ligada à sua regeneração nestes aspectos!!</span> Porque, ao fim do dia, quem tem a palavra e faz tudo acontecer é o povo, como aliás ficou suficientemente patente nestas autarquias supramencionadas, que essa <span style="font-weight: bold;">“consciência de empoderamento”</span> já existe no povo, está bem robusta e se vai fortificando a cada dia!! É preciso entender que, se estes fizeram, todos os outros têm competências para fazê-lo!! </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">A terminar, e, para homenagear a <span style="font-weight: bold;">“lição de cidadania”</span> que os Quelimanenses nos ensinaram, vou emprestar uma frase do ex-edil Pio Matos:</span><br /><br /><span style="font-family:arial;"><span style="font-weight: bold;">“Achuabo akhala wene”</span>, o que literalmente significa <span style="font-weight: bold;">“Os Chuabos existem mesmo de verdade”</span>!! (Se a tradução estiver péssima, agradeço antecipadamente a devida correcção).</span><br /><br /><br /><span style="font-family:arial;"><span style="font-weight: bold;">P.S</span> – No <span style="font-weight: bold;">“buiding up”</span> destas eleições, alguns dos nossos reputados sociólogos foram fazendo as suas análises sobre a região do Zambeze e particularmente Quelimane, recorrendo a conceitos como <span style="font-weight: bold;">“prazeiros”</span>, <span style="font-weight: bold;">“descendentes de prazeiros”</span>, <span style="font-weight: bold;">“as Donas”</span>, etc, tentando dar-lhes papel de relevo no contexto político-decisório das gentes que hoje habitam estes territórios!! Se nos anos subsequentes a independência poderia se meter “alguma colherada”, a realidade política actual mostrou estar totalmente expurgada desses elementos, aliás, facto bem corroborado pelos resultados eleitorais, contrapondo muitas das análises entretanto efectuadas a esse respeito!! Julgamos que isso, “once for all”, deveria ser incentivo suficiente para os nossos analistas fazerem um <span style="font-weight: bold;">“update”</span> das suas <span style="font-weight: bold;">“convicções”</span>!! No fundo é isso mesmo: guiamo-nos por convicções, mas quando a evidência vem, precisamos alinhá-las com os factos!!</span><br /></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-1745155096012181852011-11-05T10:08:00.002+02:002011-11-05T10:16:30.873+02:00Erro Crasso Nos Nossos Passaportes Biométricos!!!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0bUxOn5rPxVNyU7piP9fAOJHSY0hCVLmfvQQLOLPN0PSuW6I0ZZfprfhCFdYxpr0SNpCEpr0wWRskgau8bqc7sJEwlDJeQwIlgdNMP7tvRiONOAct5jZAthYzHE_SSZGneo6O25NcmKo/s1600/Moz-Pass.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 105px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0bUxOn5rPxVNyU7piP9fAOJHSY0hCVLmfvQQLOLPN0PSuW6I0ZZfprfhCFdYxpr0SNpCEpr0wWRskgau8bqc7sJEwlDJeQwIlgdNMP7tvRiONOAct5jZAthYzHE_SSZGneo6O25NcmKo/s400/Moz-Pass.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5671421305615648866" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family:arial;">Muito já foi falado acerca dos badalados bilhetes de identidade e passaportes biométricos, desde os seus preços astronómicos, símbolos da antiga República Popular, só para citar alguns!!</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Trago-vos agora uma observação sobre <span style="font-weight: bold;">"erros ortográficos de cortar a respiração"</span>, nos passaportes biométricos!! Numa secção onde o Governo Moçambicano pode </span><span style="font-family:arial;">à</span><span style="font-family:arial;">s autoridades nacionais e estrangeiras, que garantam assistência e protecção aos portadores de um tal passaporte, não se aceita que erros desta natureza estejam estampados nos nossos documentos oficiais!! É que, tal erro, retira completamente os sujeitos a quem essa assistência é solicitada, quando um Moçambicano esteja no estrangeiro!!</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Onde devia estar escrito:</span> <span style="font-weight: bold;font-family:arial;" ><br />ABROAD – no estrangeiro; no exterior; além fronteiras</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Vem escrito:</span> <span style="font-weight: bold;font-family:arial;" ><br />ABOARD – a bordo; lado a lado</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Assinar contratos para questões vitais à segurança nacional com empresas que ninguém conhece, por entre uns copos na barraca, dá nisto!! Andamos a <span style="font-weight: bold;">"fermentar"</span> um país onde o que interessa ao dirigente governamental é amassar umas quinhentas em tudo o que devia ser <span style="font-weight: bold;">“Negócio do Estado”</span>!! Não há espaço para a competência, para a verificação, para a excelência dos serviços prestados!! Penso que os erros que foram e vão sendo detectados nestes novos documentos falam por sí próprios!! Vamos ver at</span><span style="font-family:arial;">é</span><span style="font-family:arial;"> onde nos leva essa <span style="font-weight: bold;">"levedura"</span>!!!</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Na segunda-feira estou lá na Imigração para me passarem um novo passaporte, porque este não me protege!! E, um detalhe: sem custos! Terão que me ressarcir ainda os custos para as fotografias e pagar-me dinheiro de chapa!!</span><br /></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-20966631281990492192011-10-07T09:04:00.005+02:002012-05-11T13:52:38.343+02:00Eleições Intercalares de 7 de Dezembro de 2011: Overwhelming Chances for Democratic Breakthrough!!!<style>
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</style> <br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT">Muitas das vezes recorremos ao imediatismo para encontrar respostas ou interpretar fenómenos correntes, mas o que acontece </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> que estes, de grosso modo, raras vezes se encontram dissociados do percurso histórico de um povo!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT">E, um dos elementos que pretendo trazer hoje para a an</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">lise destas eleições intercalares que se avizinham </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> <span style="font-weight: bold;">“O Homem Novo”</span>!!! O que era (ou </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT">) o <span style="font-weight: bold;">“Homem Novo”</span>, segundo os <span style="font-weight: bold;">“teoricistas e practicionistas”</span> da Nação Moçambicana emergida da Independência Nacional??</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-weight: bold;">“Homem Novo” era uma espécie amorfa, artificialmente deslocada da sua progressão histórica, um alienígena à sua própria cultura, sem língua materna, sem tribo, sem crítica ou auto-crí</span><span lang="PT"><span style="font-weight: bold;">tica, em suma, uma cobaia pronta para ser enxertada com os mais desvairados ideiais!! </span>Contanto que estes “princípios” fossem v</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">lidos para todos, exceptuando a elite dominante, que podia emprestar os seus “valores” </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> maioria, pelo menos </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> nisto que se pretendia que todo o Moçambicano se transformasse……….!!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT">Acreditou-se piamente que meras <span style="font-weight: bold;">“Ordens de Acção”</span> do Bureau Pol</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">tico tinham for</span><span lang="PT">ç</span><span lang="PT">a suficiente para destruir tudo o que éramos, eliminar completamente qualquer vestígio destas <span style="font-weight: bold;">“instituições milenares”</span> que fazem parte da ossatura dos povos que habitam esta Nação!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT">Se havia d</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">vidas da natureza utópica destas teorias importadas do gelo da Sibéria, a realidade no terreno tratou imediatamente de dissipar qualquer equ</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">voco!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; font-weight: bold; text-align: justify;">
<span lang="PT">Mas, porque </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> que se pretendia criar um “Homem Novo”??</span></div>
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<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT">1) Havia consciência das diferenças etno-culturais no mosaico nacional</span></div>
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</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT">2) Assegurar o comando centralizado de toda uma Nação</span></div>
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</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT">3) Impedir a emergência de pensamento e valores locais próprios, porque isso seria um atentado ao “Projecto de Nação”!!</span></div>
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<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT">4) Eliminar qualquer consciência critica, o que converteria qualquer Mocambicano num aut</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">ntico “autómato do comando”!!</span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; font-weight: bold; text-align: justify;">
<span lang="PT">A lista poderia continuar at</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> ao infinito, mas o que sobressai destas alíneas </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> que se pretendia que o “Homem Novo” fosse uma espécie sem interesses próprios, um instrumento maleável em beneficio da elite dominante!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; font-weight: bold; text-align: justify;">
<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT">Esta era a realidade pol</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">tica de Moçambique nos finais da década de 70 e in</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">cio dos anos 80.</span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">Com a assinatura dos Acordos Gerais de Paz (AGP) e in</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">cio da democratização do pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s em 1992, o que se pretendeu “matar” com a criação do “homem novo”, ressurgiu na sua máxima for</span><span lang="PT">ç</span><span lang="PT">a. E, uma manifestação vigorosa desse <span style="font-weight: bold;">“movimento de reafirmação local”</span> foi a criação de <span style="font-weight: bold;">“Associações de Desenvolvimento Provinciais”</span>!! Estas Organizações foram sendo criadas por intelectuais e massa cr</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">tica locais, como plataforma para a solução de problemas locais e progresso das suas provinciais e regiões!!</span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial; text-align: justify;">
<span lang="PT">De facto, as diferenças e diversidades são, no seu todo, benéficas para a competição e progresso de qualquer Nação!! Se olharmos para os países que tomamos como refer</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">ncia no “desenvolvimento”, não existe qualquer homogeneidade etno-cultural entre as suas regiões!! São povos diversos que se unem num ideal de Nação, mas </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> preciso notar que, enquanto Nação una e indivisível, as pessoas nunca deixarão de ser elas próprias!! Ali</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">s, constitucionalmente proíbe-se <span style="font-weight: bold;">“casamentos consanguíneos”</span> porque só a diferença </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> que impede <span style="font-weight: bold;">“curto-circuitos genéticos”</span> e torna as espécies mais fortes!! E, este princ</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">pio </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> também v</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">lido e fundamental para as Nações!! </span></div>
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<span lang="PT"> </span></div>
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<span lang="PT"><br /></span></div>
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<span lang="PT">Mas, numa manifestação recorrente do <span style="font-weight: bold;">“Sindroma do Homem Novo”</span>, o regime do dia não exitou em cooptar as lideranças dessas <span style="font-weight: bold;">“Agremiações Locais”</span>!! Ou seja, procurar manter toda uma Nação hibernada, sem ideias próprias, sem actores locais a galvanizar o desenvolvimento, mas como um <span style="font-weight: bold;">“rebanho de ovelhas acéfalas”</span> usadas ao bel-prazer do <span style="font-weight: bold;">“comando central”</span>. Se estas <span style="font-weight: bold;">“lideranças cooptadas”</span> serviram a algum dos interesses que lhes norteou na formação das <span style="font-weight: bold;">“Associações de Desenvolvimento”</span> ora citadas, isso dever</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> ser avaliado em termos de <span style="font-weight: bold;">“que influ</span></span><span lang="PT" style="font-weight: bold;">ê</span><span lang="PT"><span style="font-weight: bold;">ncia exerceram”</span> nas posições governamentais que ocuparam, <span style="font-weight: bold;">“que benefícios”</span>, <span style="font-weight: bold;">“que resultados concretos”</span> trouxeram para o desenvolvimento das suas províncias!! Esse </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> um exercício que deixamos para a autoavaliação dos visados, mas penso que há evid</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">ncia suficiente que eles não passaram de <span style="font-weight: bold;">“objectos políticos descartáveis”</span> e não fosse a sua tremenda <span style="font-weight: bold;">“competência profissional”</span>, muitos estariam hoje completamente abandonados e arrependidos de ter comigo <span style="font-weight: bold;">“o pão que o outro amassou”</span>!!</span></div>
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<span lang="PT">No entanto, </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> preciso salientar que houve avanços em algumas frentes, no que concerne a esta <span style="font-weight: bold;">“problemática do homem novo”</span>!!! Falo aqui concretamente das <span style="font-weight: bold;">“Autoridades Tradicionais”</span>!! Estas <span style="font-weight: bold;">“instituições milenares”</span>, emergidas com naturalidade das capacidades de liderança de certos indivíduos no contexto das suas comunidades e, subsequentemente passadas hereditariamente, foram tomadas como um perigo ao <span style="font-weight: bold;">“Estado Novo”</span> porque os colonialistas, acertadamente, se aproveitaram delas para administrar os territórios ocupados!! Hoje, o regime do dia se redimiu, não necessariamente como um reconhecimento </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> afirmação pol</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">tica das comunidades, mas usando do mesmo guião do colonialista, para penetrar e aumentar a sua zona de influ</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">ncia!! Porque aos olhos dos nossos ideólogos, a <span style="font-weight: bold;">“afirmação local”</span> nunca passou de um atentado </span><span lang="PT">à</span><span lang="PT"> Nação!! Efeitos primários do <span style="font-weight: bold;">“Sindroma do Homem Novo”</span>………………!!!!</span></div>
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<span lang="PT">É</span><span lang="PT"> da</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT"> que, volvidas já duas décadas, surgem estas eleições intercalares que se avizinham……..!! </span></div>
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<span lang="PT">Ninguém as pediu, diga-se em abono da verdade!! Tem se falado de <span style="font-weight: bold;">“manobras pol</span></span><span lang="PT" style="font-weight: bold;">í</span><span lang="PT"><span style="font-weight: bold;">ticas inconfessáveis”</span>, mas eu despendi algum tempo a avaliar estes eventos e ver se, por ventura, existiria alguma correlação com a recentemente anunciada intenção de aumentar o n</span><span lang="PT">ú</span><span lang="PT">mero de distritos no pa</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">s!! Pelos relatos que foram surgindo na imprensa muito antes destes episódios, d</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> para aferir a <span style="font-weight: bold;">“verticalidade”</span> destes Autarcas ora <span style="font-weight: bold;">“renunciados”</span> (feitos renunciar), tanto com os seus convivas provinciais, como com os centrais, nunca aceitando agir como marionetas do seu partido, como a maioria dos “yes-men” que pululam por essa organização!! </span></div>
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<span lang="PT">Mas, pelos últimos desenvolvimentos, parece haver evid</span><span lang="PT">ê</span><span lang="PT">ncia suficiente que os <span style="font-weight: bold;">“proponentes das eleições intercalares”</span> não tinham um plano firmado e terão agido irrepreensivelmente como pessoas em que <span style="font-weight: bold;">“o poder lhes subiu </span></span><span lang="PT" style="font-weight: bold;">à</span><span lang="PT"><span style="font-weight: bold;"> cabeça”</span> e achavam que tudo podem e mandam!! A recente dificuldade em encontrar candidatos, os constantes adiamentos com anúncios para trás/pra frente e o processo renhido em apur</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">-los, pode ser sintomático de que tenham sido <span style="font-weight: bold;">“apanhados em contra-p</span></span><span lang="PT" style="font-weight: bold;">é</span><span lang="PT"><span style="font-weight: bold;">”</span>!!</span></div>
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<span lang="PT">Porque o futuro e a consolidação democrática desta Nação jaze na “afirmação pol</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">tica, económica e social” das v</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT">rias regiões que a encorpam, com actores locais directamente empenhados em encontrar soluções para os seus problemas, estas eleições intercalares desempenham um papel crucial nesse processo!!</span></div>
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<span lang="PT">Os resultados das eleições autárquicas passadas na Beira marcaram o in</span><span lang="PT">í</span><span lang="PT">cio dessa caminhada e agora </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> dada <span style="font-weight: bold;">“de bandeja”</span> esta oportunidade soberana a mais municípios se afirmarem politicamente, escolhendo candidatos que amam a sua terra, verdadeiros campeões, com know-how, visões modernas, que estão dispostos a lutar pelo progresso das suas províncias e, essencialmente, sem <span style="font-weight: bold;">“amarras físicas ou mentais”</span> que lhes obrigue a <span style="font-weight: bold;">“renunciar”</span> compulsivamente dos seus mandatos, mais dia, menos dia!!</span></div>
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<span lang="PT">Tanto que hoje, as lideranças africanas (em que Moçambique se encontra inserido) se revêem ou at</span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> superam (nalguns casos) as atrocidades da administração colonialista, continua actual o pensamento de Amílcar Cabral: </span></div>
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<span lang="PT"><span style="font-weight: bold;">«O primeiro objectivo, no fundo, da nossa resistência e da nossa luta é libertar a nossa terra economicamente, embora antes tenhamos que passar pela libertação política » </span>(Cabral 1979 : 34). </span></div>
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<span lang="PT"><span style="font-weight: bold;">«A nossa luta armada é uma forma de luta política, que procura libertar a nossa terra da exploração económica colonial e imperialista. Este é que é o nosso objectivo fundamental. Libertar as forças produtivas da nossa terra, da opressão, da dominação colonial imperialista »</span> (Cabral 1979 :124)</span></div>
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<span lang="PT">Por isso, chegou o momento de, definitivamente, infligir um <span style="font-weight: bold;">“golpe de morte”</span> a esse <span style="font-weight: bold;">“Homem Novo”</span> que nunca devia ter existido e lançar um forte sinal aos <span style="font-weight: bold;">“portadores do sindroma do homem novo”</span> que os tempos são outros!! <span style="font-weight: bold;">“Chega de atrasar com o desenvolvimento deste pais”!!!</span></span></div>
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<span lang="PT">Isso não será alcançado apenas por mobilizar as pessoas a ir votar massivamente pelo futuro da sua cidade, mas participando activamente na fiscalização das mesas de voto, controlo efectivo e contabilização das actas das assembleias de voto, e combate a toda a actividade suspeita, porque </span><span lang="PT">é</span><span lang="PT"> ai onde se <span style="font-weight: bold;">"fabricam vitorias esmagadoras”</span>!!!</span></div>
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<span lang="PT">“Quelimane, Cuamba e Pemba: o futuro est</span><span lang="PT">á</span><span lang="PT"> nas vossas mãos!!”</span></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-68823953102088478522011-09-27T08:42:00.004+02:002011-09-27T09:57:02.274+02:00X Jogos Africanos – My Views on Our Sports’ Quagmire (Conclusion)!!!<div style="text-align: justify;font-family:arial;">Moçambique é, essencialmente, uma <span style="font-weight: bold;">“Nação Desportiva”</span>!! Isso está nos nossos calos, isso corre por entre as nossas veias!! Mas, avaliar de forma incisiva o estado a que chegou o desporto Moçambicano é um exercício que não pode estar dissociado de outras realidades tanto políticas, como económicas e sociais que tendem a ser inculcadas neste país e suas gentes!!<br /><br />Para qualquer observador atento, nas últimas duas décadas, exceptuando projectos de <span style="font-weight: bold;">“extracção mineral”</span> que não têm como ser implantados senão nos locais onde esses <span style="font-weight: bold;">“recursos minerais”</span> existem, de grosso modo, os grandes investimentos têm sido realizados aqui em Maputo ou em suas regiões satélites!! As províncias do país, onde de facto existe a maioria da população, tem progressivamente sido deixadas a <span style="font-weight: bold;">“minguar”</span>, com orçamentos per capita completamente desajustados, sem impulso algum dado à actividade industrial e económica, sabendo-se que <span style="font-weight: bold;">“historicamente”</span>, estas é que sempre foram o <span style="font-weight: bold;">“garante da riqueza nacional e robustez das reservas estatais”</span>!!<br /><br />E, a única forma de ver a razão de ser desta <span style="font-weight: bold;">“política governamental”</span> é associá-la a uma preocupação (des)concertada em manter uma hegemonia artificial e falsa da região sul em relação às outras!! E, se isto acontece com a <span style="font-weight: bold;">“política económica”,</span> o que deve se imaginar da <span style="font-weight: bold;">“política desportiva”</span>?? Ao <span style="font-weight: bold;">“amputar”</span> a estrutura económica das províncias, sabe-se de antemão que se impede a emergência de <span style="font-weight: bold;">“actores locais”</span> que disponham de recursos para investir na indústria e na economia, quanto menos no <span style="font-weight: bold;">“desporto”</span>!!<br /><br />Quem olha para as <span style="font-weight: bold;">“modalidades tradicionais”</span> ou <span style="font-weight: bold;">“emergentes”</span>, nota que, praticamente, só existe competição aqui no Maputo!! A competição nas províncias está completamente parada, hibernada!! Os clubes não têm recursos para promover essas modalidades que até são menos onerosas que o futebol.<br /><br />Para assessar <span style="font-weight: bold;">“soluções imediatas”</span> para o desporto nacional, penso que devíamos olhar para o que está a acontecer correntemente no <span style="font-weight: bold;">“futebol”</span>!! O país estava na eminência de nem sequer ter um <span style="font-weight: bold;">“campeonato nacional de futebol”</span> porque os clubes (e aqui não falo apenas dos provinciais) não tinham recursos para aguentar com as despesas (viagens, hotéis, etc) no decorrer da competição anual!! O <span style="font-weight: bold;">“ataque cardíaco ao desporto-rei”</span> já estava mesmo a bater a porta e aí teve que se encontrar uma <span style="font-weight: bold;">“solução centralizada”</span>, a partir da qual o Organismo Federativo passou a mobilizar recursos externos (à FMF) para suportar parte significativa destas despesas!!<br /><br />Se olharmos para o basquetebol, voleibol, andebol, atletismo, natação, ciclismo, hóquei, ténis, boxe, canoagem, karate, etc, alguém tem dúvidas que as respectivas <span style="font-weight: bold;">“Federações Nacionais”</span> não passam mesmo de <span style="font-weight: bold;">“Federações de Maputo”</span>?? Que os respectivos presidentes só se lembram das <span style="font-weight: bold;">“províncias”</span> nos momentos de campanhas eleitorais para concorrer ou renovar os seus mandatos???? Que esforço nenhum fazem para reactivar a competição, primeiro a <span style="font-weight: bold;">“nível provincial”</span> e depois nos <span style="font-weight: bold;">“campeonatos nacionais”</span>, assegurando-se sempre que cada província tenha o seu representante???<br /><br />O que acontece é que as nossas <span style="font-weight: bold;">“selecções nacionais”</span> não passam de aglomerados formados a partir de atletas de três ou cinco clubes, mormente sediados em Maputo, com um e outro indíviduo de um clube provincial, para <span style="font-weight: bold;">“colorir a fotografia”</span> e dar-se vazão aos <span style="font-weight: bold;">“acólitos do regime”</span> a apregoarem uma hipotética <span style="font-weight: bold;">“unidade nacional”</span> que todos sabemos, é só <span style="font-weight: bold;">“da boca para fora”</span> e materialmente não existe e nem é implementada por sector algum!! <span style="font-weight: bold;"><br /><br />“Unidade Nacional no Desporto”</span> não há-de ser atingida pelo simples facto de termos jogadores de cada província na selecção, mas quando as nossas selecções nacionais passarem a ser constituídas por talentos natos emergidos da exaustão competitiva, primeiro nos campeonatos provinciais, e depois nos campeonatos nacionais!! A hegemonia desportiva de cada região há-de surgir nesse processo e penso que a unanimidade na composição dos nossos combinados nacionais surgirá de forma natural. Se houver contestação há-de ser eventualmente por não sabermos que super-talento terá que ser deixado de fora, pelo número limitado das vagas a serem preenchidas!!<br /><br />E, a pergunta que surge é: <span style="font-weight: bold;">“Será que temos algum receio que se tome este caminho para o fortalecimento do nosso desporto”</span>???<br /><br />Esta é a única forma de nos tornarmos competitivos tanto à nível continental como global, porque nós Moçambicanos não temos <span style="font-weight: bold;">“malformação congénita”</span> alguma que nos impede de ter sucesso no desporto!! Ao contrário dos <span style="font-weight: bold;">“intelectuais orgânicos”</span> que já correram a tentar <span style="font-weight: bold;">“externalizar o problema”</span> (os nossos atletas têm falta de rodagem internacional), <span style="font-weight: bold;">“o problema do nosso desporto é interno e causado primariamente por esta falta de competição desportiva à escala nacional”</span>!!<br /><br />Tem sido um esforço de louvar, a continuidade que tem sido observada à nível do <span style="font-weight: bold;">“desporto escolar”</span>, mas é preciso termos noção e consciência que, muitos daqueles miúdos nem sequer tencionam ou visionam uma carreira no desporto!! A única forma de captá-los e atraí-los ao desporto só será possível se existirem <span style="font-weight: bold;">“estruturas profissionais ao nível local”</span> <span style="font-weight: bold;">(clubes)</span> para investir, guiar-lhes o rumo e fazer sobressair a gema desportiva nesses talentos!! A inexist<span>ê</span>ncia ou incapacidade dos clubes, como se observa actualmente, é que tem concorrido para a praticamente <span style="font-weight: bold;">"morte na praia"</span> das nossas várias promessas juvenis!!<br /><br />E, algo que não deve ser excluído do actual <span style="font-weight: bold;">“cenário desportivo nacional”</span> (em que há 'satisfação plena' mesmo que a competição se circunscreva apenas a Maputo), consciente ou inconscientemente, são os seus <span style="font-weight: bold;">“contornos políticos”</span>!! Uma saudável e aguerrida competição desportiva envolve sempre <span style="font-weight: bold;">“muita emoção e muita paixão”</span>!! Para povos <span style="font-weight: bold;">“forçosamente adormecidos”</span>, esses são condimentos essenciais para o <span style="font-weight: bold;">“despertar de um outro tipo de consciência”</span>!! A consciência de que <span style="font-weight: bold;">“afinal nós podemos”</span>, <span style="font-weight: bold;">“nós conseguimos”</span>, <span style="font-weight: bold;">“nós somos fortes”</span>!! O <span style="font-weight: bold;">“despertar dessa consciência”</span> é fundamental e costuma ser um veículo galvanizador na <span style="font-weight: bold;">“afirmação dos povos”</span>, seja em termos <span style="font-weight: bold;">“económicos, políticos ou sociais”</span> e o desporto, sozinho e subtilmente é capaz de recriar isso tudo!!<br /><br />Por isso, meus compatriotas, a nossa performance nestes Jogos Africanos deve ser, antes de mais, motivo para avaliarmos as <span style="font-weight: bold;">“razões estruturais”</span> que entorpecem e concorrem para os nossos fracassos desportivos!!<br /><br />Conforme disse acima, e até pelo número reduzido de participantes e recursos mais baixos a despender, a fórmula correntemente em uso no futebol deve ser disseminada e implementada noutras modalidades individuais ou colectivas, para se poder reactivar a competição à nível nacional, em termos imediatos!! Mas a solução a médio-longo prazos passa incontestavelmente pelo <span style="font-weight: bold;">“levantamento dos travões”</span> que têm sido impostos ao avanço económico das províncias deste país!! É preciso que se deixe as províncias crescer e progredir até onde as suas potencialidades humanas e materiais lhes permite!! Só a prosperidade económica é que vai devolver mais actores locais a investir no desporto (local) e assim se reacender a competição, primeiro à nível provincial e depois na sua magnitude nacional!! Os talentos daí emergidos estarão suficientemente rodados e preparados para nos trazer as medalhas que há muito almejamos!!<br /><br />O momento é de reflexão e propício para nos propormos a esses ambiciosos desafios de promovermos o progresso económico das várias regiões e povos que encorpam esta <span style="font-weight: bold;">Vibrante Nação</span> e com ele não só avançaremos o desporto, mas colectivamente também outros aspectos sociais cruciais ao desenvolvimento, como a educação e a saúde, em verdadeiro espírito de irmandade, harmonia e unidade nacionais!!<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Se haverá intenção ou vontade para tal, nós estaremos aqui para retrospectivamente avaliar o caminho que vamos percorrer a partir deste momento em que terminam os X Jogos Africanos!!</span><br /><br />A todos os atletas presentes nestes Jogos e que honraram a nossa bandeira com o seu trabalho árduo e abnegação, mesmo em presença à várias limitações logísticas e materiais, vai o nosso apreço e muito obrigado!! Vocês são o nosso Orgulho Nacional!!<br /></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-24198722383366027812011-09-27T07:41:00.000+02:002011-09-27T07:49:45.963+02:00X Jogos Africanos – My Views on Our Sports’ Quagmire!!!<div style="text-align: justify; font-family: arial;">Terminaram-se os X Jogos Africanos realizados na nossa capital, Maputo! Foi um alívio colectivo que, mesmo à porta do evento, as infraestruturas fundamentais estivessem concluídas, porque penso que teria sido um desastre completo se, enquanto as competições já estivessem a decorrer, andássemos a correr com pás, prumos e betoneiras de um lado para o outro!! Felizmente isso não aconteceu e é preciso dar os louvores as pessoas directamente envolvidas nesse processo!!<br /><br />Se o “básico” esteve definido antes do <span style="font-weight: bold;">“tiro de partida”</span>, já os detalhes falharam em vários aspectos, o que vejo como <span style="font-weight: bold;">“consequência natural de uma programação por cima do joelho”!</span>! Num evento complexo como este, em que as acções prioritárias rondam o infinito, há coisas essenciais que, quando são esquecidas na fase de planificação, só são descortinadas quando o “objecto maior” já está executado!! Se se tratar de equipamento e apetrechamento de um edifício, é preciso que o mesmo já esteja concluído, as pessoas andem pelos seus compartimentos e notem que <span style="font-weight: bold;">“Epah, veja que nos esquecemos de pôr aqui um painel televisivo”</span>!! Hoje, estes equipamentos de tremenda utilidade diária e que serviriam de <span style="font-weight: bold;">“porta de lançamento”</span> e dar a conhecer o país aos nossos visitantes, encontram-se a preços de banana em qualquer mercado de produtos electrónicos!! Mas não é possível ver estas coisas, se terminarmos a última mão da pintura, umas horitas antes da corrida começar!!<br /><br />Mas, o que eu acho ter sido inconcebível foi não ter a <span style="font-weight: bold;">“sala de comunicações”</span> pronta para a difusão do evento principalmente pelos média internacionais e nacionais (apesar destes últimos levarem vantagem em <span style="font-weight: bold;">“como se virar”</span>) ainda na véspera do evento e ter sido criado um <span style="font-weight: bold;">website</span> para cobrir de forma exaustiva e actualizada, o decorrer dos Jogos!! Aqui é preciso dar <span style="font-weight: bold;">“as mãos e os pés à palmatória”</span> e encontrar pessoas para “perfilar” não me parece ser tarefa árdua!!<br /><br />No entanto, é preciso perceber que, sem descurar o avanço em termos de novas infraestruturas, o envolvimento dos países na organização de eventos desta natureza visa essencialmente <span style="font-weight: bold;">“ganhos desportivos”</span>!! Trago aqui à memoria, os Jogos Olímpicos de Beijing 2008 ganhos pela China, o Mundial de Futebol França-1998 ganho pelo pais organizador, o Mundial de Futebol Sub-17 realizado há poucos meses e ganho pelo país organizador (México) e, falando propriamente dos <span style="font-weight: bold;">“Jogos Africanos”</span> temos o Egipto – 1991 , África do Sul – 1999, Nigéria – 2003, que organizaram e venceram os respectivos Jogos!! <span style="font-weight: bold;">“Vencer é um imperativo sempre presente”</span> e também não é por não vencer que <span style="font-weight: bold;">“passamos a não valer nada”</span>, mas quando o meu país é dado a vencer apenas 13 medalhas e nenhuma delas de ouro, um indivíduo fica no desamparo e sem saber se <span style="font-weight: bold;">“se esconde e chora sozinho no sótão”</span> ou <span style="font-weight: bold;">“se saiu correndo nu pela rua abaixo gritando MAMAWUUUUÉÉÉÉÉÉÉÉÉ”</span>!!!<br /><br />E aqui, <span style="font-weight: bold;">“é preciso fazermos uma análise desapaixonada ao estado a que chegou o nosso desporto nacional”</span>!! <br /><br />Essa é coisa que vou fazer no próximo post, mas como um bom patriota sugiro às autoridades desportivas (de hoje ou as que virão amanhã) para que se adopte como <span style="font-weight: bold;">“Princípio Sagrado de Estado”</span>, que a nossa candidatura para a organização deste tipo de eventos só seja efectivada, uma vez reunidas as condições de sucesso desportivo, assegurada a maturação de talentos nacionais com cartas dadas e que já tenham sido medalhados em competições organizadas por outros!!<br /></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-15176371390905919692011-09-09T09:23:00.006+02:002011-09-10T05:53:11.610+02:00Muammar Gaddafi: “My Views on Libya’s Debacle”<div style="text-align: justify;font-family:arial;">Se compararmos com outras regiões, África é o continente com as lideranças mais retrógradas!! Continuamos a ter governantes sem sentido de Estado, que querem se perpetuar no poder, sem ideias nenhumas como desenvolver as suas nações e preocupados apenas em enriquecer a sí, suas famílias e seus sequazes!! É isto que resvala frequentemente em níveis insustentáveis de insatisfação colectiva, com errupções sociais a surgirem de forma não anunciada e prontas a serem aproveitadas pelos <span style="font-weight: bold;">“fazedores ou caçadores de oportunidades”</span>!!<br /><br />Mas é preciso notar que o continente Africano, apesar da jóia que é tanto ao nível humano, ambiental e extensivas riquezas naturais, continua sob forte <span style="font-weight: bold;">“agenda depreciativa”</span> nos países <span style="font-weight: bold;">“considerados ricos”</span>, pelo seu relativo atraso económico e dificuldades sociais de vária ordem!! Esta <span style="font-weight: bold;">“agenda depreciativa”</span> tem servido para moldar uma <span style="font-weight: bold;">“imagem abominável”</span> e de <span style="font-weight: bold;">"pouca simpatia"</span> a tudo quanto seja Africano e, essencialmente, manter as chamadas “sociedades avançadas” numa total obscuridade sobre o que realmente é este continente e o que são as suas gentes!! Se se perguntar a um Europeu, Americano ou Asiático se alguma vez viu fotos panorámicas de uma cidade Africana, das suas praias e estâncias turísticas, da vibrante sociabilidade e humanidade que carregam as suas gentes, da sua riqueza cultural, etc, a resposta será certamente negativa!! <span style="font-weight: bold;">"Isso não passa em lado algum"</span>!! O que se conhece de África são imagens como as da corrente crise humanitária na Somália!! Para o mundo lá fora, é aquilo que acontece em toda a África!! África é “plain and simple” aquilo!! Aliás, a ignorância é tanta que <span style="font-weight: bold;">“África é um país”</span>!! Não há ideia da tremenda diversidade e peculiaridades que caracterizam os agora 54 países que cobrem este continente!! Não admira que, com tudo o que temos neste continente, a nossa porção de absorção do turismo mundial se situe em meros 0,8%!! <span style="font-weight: bold;">“Atão”, anda “tudo mundo” petrificado de medo lá fora sobre tudo o que seja Africano……….!!</span><br /><br />No entanto, importa lembrar que nessas “sociedades desenvolvidas”, mesmo que sejam eles mesmos a <span style="font-weight: bold;">“moldar as percepções do seu público”</span>, os governos precisam de apoio da sociedade para enveredar em suas <span style="font-weight: bold;">“acções pouco famosas”</span>!! E, é aí onde surge a verdadeira razão de existência da “agenda depreciativa”: com os níveis de simpatia extremamente baixos, <span style="font-weight: bold;">“servir de móbil justificativo a qualquer acção unilateral de interferência na gestão dos assuntos Africanos”</span>, <span style="font-weight: bold;">“porque eles próprios, coitados, não o sabem fazer”</span>!! De facto, esta não é uma artimanha nova!! A utilização desta fórmula, pode ser claramente vista como uma metamorfose do antigo motto de <span style="font-weight: bold;">“ir civilizar os selvagens”</span>, como justificação da invasão colonialista não só a África, mas a todas outras partes do mundo que sofreram esse infortúnio!! Em nenhum momento, alguém disse que os <span style="font-weight: bold;">“invasores”</span> estavam desprovidos de recursos nas suas terras de origem e pretendiam <span style="font-weight: bold;">“açambarcá-los”</span> à força, de outros povos!!<br /><br />Hoje, <span style="font-weight: bold;">“ir civilizar os selvagens”</span> veste a capa de <span style="font-weight: bold;">“levar a democracia”</span> aos povos sob o jugo de <span style="font-weight: bold;">“ditaduras abomináveis”</span>!! Sem pretender revisitar a história universal e observar as origens desta forma de organização política das sociedades e, nos concentrarmos apenas na etimologia desta palavra <span style="font-weight: bold;">“Democracia”</span>, perceberemos facilmente que <span style="font-weight: bold;">“tudo reside e se centra no povo”</span>!! Portanto, se esse <span style="font-weight: bold;">“povo”</span> quer genuinamente que a sua sociedade passe a ser <span style="font-weight: bold;">“democrática”</span>, ele tem que ir à rua, lutar e fazer valer os seus direitos!! Note-se, <span style="font-weight: bold;">“O Povo”</span>!! Ninguém vai trazer a “democracia” misturada numa mala com notas de dólares ou euros ou, no pior dos casos, com bombas lançadas de alturas acima de 50 mil pés!! <span style="font-weight: bold;"><br /><br />“Democracia” alguma resiste a essas estrondosas explosões, nem “povo” algum consegue encontrá-la por entre os escombros!!</span><br /><br />Hoje feliz ou infelizmente, estamos em posição confortável para avaliar eventos recentes e consequências deste tipo de acções:<br /><br />- <span style="font-weight: bold;">Egipto e Tunísia</span>: o povo foi à rua e, praticamente sem destruição e sangue derramado, removeu os regimes precários que os governavam há décadas. Por esse “simples” facto, ninguém precisa de dizer aos povos Egípcio e Tunisino que <span style="font-weight: bold;">“a soberania reside neles”</span>!! Isso já está encorpado e corre pelas veias de qualquer cidadão daqueles países!! Doravante, os regimes que forem a emergir terão disciplina, acountabilidade e não terão dúvidas a quem essas contas deverão ser prestadas!! Se tivesse que apostar, eu não teria muitas dúvidas em depositar as minhas moedas <span style="font-weight: bold;">“num futuro próspero e risonho para estas nações”</span>!!<br /><br />- <span style="font-weight: bold;">Iraque e Líbia</span>: países ricos em petróleo, governados por mão-de-ferro de <span style="font-weight: bold;">“ditadores abomináveis”</span>, com fortes fracções tribais (entretanto contidas pelas <span style="font-weight: bold;">“feras”</span>)!! Democracia trazida por <span style="font-weight: bold;">“bombas”</span> e, ao primeiro sinal de <span style="font-weight: bold;">“caminho desimpedido”</span>, mesmo antes de mais nada definido sobre a suposta <span style="font-weight: bold;">“afirmação democrática desses povos”</span>, vemos companhias petrolíferas de <span style="font-weight: bold;">“países desenvolvidos”</span> caíndo de pára-quedas, directamente para os campos petrolíferos com as suas <span style="font-weight: bold;">“bombas de sucção em funcionamento, j</span><span style="font-weight: bold;">á </span><span style="font-weight: bold;">amarradas a mangueiras de largo diâmetro”</span>!! No caso do Iraque, hoje volvidas quase uma década, não temos dúvidas sobre os resultados da tal <span style="font-weight: bold;">“democracia empacotada”</span>!! No caso da Líbia, <span style="font-weight: bold;">“a procissão ainda vai no adro”</span>, mas desde o primeiro momento das <span style="font-weight: bold;">“manifestações pacíficas”</span>, as várias cadeias noticiosas nunca falaram de cidadãos, mas de <span style="font-weight: bold;">“revoltosos armados”</span> por si apelidados de <span style="font-weight: bold;">“rebeldes”</span>!! Bom, <span style="font-weight: bold;">"cidadãos que já têm armas, para levar a cabo as suas manifestações pacíficas??”</span>……., <span style="font-weight: bold;">“donde as trouxeram??”</span> Essa é pergunta que não precisa de ser respondida porque mais tarde, a “comunidade internacional” tratou de formalizar aquilo que seria uma <span style="font-weight: bold;">“acção impensável num mundo imoral”</span>: <span style="font-weight: bold;">“armar um exército rebelde que ninguém sabia onde estava”</span>!!! Depois seguiu-se o lançamento do último álbum de "Rap" cognominado <span style="font-weight: bold;">“R2P”</span> (Responsibility to Protect) distribuído <span style="font-weight: bold;">“gratuitamente”</span> por uma vasta <span style="font-weight: bold;">“zona de exclusão aérea”</span>!! Rapidamente a <span style="font-weight: bold;">“música humanitária para boi dormir”</span> se metamorfoseou nos grandes hits de verão, <span style="font-weight: bold;">“Agressão armada”</span> e <span style="font-weight: bold;">“Gaddafi must go”</span>!! Gaddafi ainda resiste em parte incerta, mas ao nível que mais <span style="font-weight: bold;">“esta tragédia Africana” (integralmente cozinhada noutras paragens)</span> se encontra, só por um milagre não terminará aniquilado!! <span style="font-weight: bold;">“A democracia tem que ser entregue ao povo Líbio à todo o custo”</span>!!<br /><br />No final, teremos um Conselho Nacional de Transição (CNT) com o pescoço torcido e envolto em ligaduras (de tanto se virar), por não saber se a nova capital da Líbia será Paris, Londres, Roma ou Washington!! Qualquer acountabilidade terá que ser prestada em primeira mão a esses locais e não sei quem se ocupará pelas causas dos <span style="font-weight: bold;">“Salafis e Berberes”</span> que deviam ser <span style="font-weight: bold;">“protegidos”</span> (in the first place), quando contrariamente aos casos Egípcio e Tunisino, nenhuma <span style="font-weight: bold;">“soberania”</span> correrá pelas veias desses povos!!<br /><br />São estes os <span style="font-weight: bold;">“regimes democráticos”</span> que se pretendem pelo mundo à fora!! <span style="font-weight: bold;">“Um bando de incompetentes sem nenhum cometimento pelas causas dos seus povos”</span>, mas cuja preocupação-mor é <span style="font-weight: bold;">“estender o tapete vermelho aos invasores de costume”</span>, para abalarem com os recursos usurpados de seus povos, à troco de umas microscópicas migalhas!!<br /><br />E, se me pergutassem o que prefiro entre:<br />Ter um <span style="font-weight: bold;">“ditador abominável”</span> que não garante direitos políticos ao seu povo, que enriquece a sua família fora de medida, mas que em contrapartida tem uma política com extensos benefícios sociais garantidos ao seu povo, com uma distribuição de riqueza nacional muito acima da média dos <span style="font-weight: bold;">“países considerados ricos”</span>, e, por outro lado, uma <span style="font-weight: bold;">“democracia empacotada”</span> trazida sobre bombas e que não tem como servir a outros interesses senão aos de <span style="font-weight: bold;">“potências económicas falidas”</span> (falência essa que remonta aos tempos de outras tragédias como a “partilha de África”), eu não teria dúvidas qual seria a minha opção!!<br /><br /><span style="font-weight: bold;">E você caro leitor, sabe pelo que optaria??</span><br /><br />Que nós Africanos precisamos de profundas e urgentes mudanças, isso é matéria que não precisa de ser levada à debate!! Mas qualquer mudança que não saia de nós mesmos, que não esteja genuinamente comprometida com a defesa dos nossos sagrados interesses, jamais valerá a pena!! Porque continuaremos a perpetuar este ciclo em que uns acham que são <span style="font-weight: bold;">“ricos”</span>, mas para manter o seu <span style="font-weight: bold;">"nível de vida"</span> e <span style="font-weight: bold;">“estatuto de riqueza”</span> não se coíbem em dilacerar outras nações e usurpar desenfreadamente os seus recursos!! Lembrem-se que houve escravatura e Africanos houve que capturavam e vendiam seus irmãos para irem ser usados como objectos!!! A compensação por <span style="font-weight: bold;">“esses investimentos que dávamos a perder”</span>, eram também <span style="font-weight: bold;">“magrinhas migalhas”………..</span>!!! É esta saga que continua nas suas múltiplas metamorfoses........!!<br /><br />E, se há continente que precisa de estancar este <span style="font-weight: bold;">“pernicioso ciclo”</span> é África!!<br /></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-175898995157821068.post-1396660000468694772011-06-30T14:16:00.006+02:002012-05-11T13:43:06.642+02:00Como Funciona a Corrupção na Construção Civil em Moçambique: “Os Carapaus-Médios!!” - 5<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial;"><br /><span style="font-weight: bold;">Caracterização da Espécie</span></span><br />
<span style="font-family: arial;">Para aquilo que se enquadra nos propósitos desta série, compõem a classe de <span style="font-weight: bold;">“Caparaus-Médios”</span>, os indivíduos que, não estando no topo, nem comendo poeira todos os dias, detêm um poder de decisão enorme, no que concerne à <span style="font-weight: bold;">“adjudicação”</span> e <span style="font-weight: bold;">“fiscalização”</span> de obras. Este grupo encontra-se “camuflado” em departamentos de instituições estatais essencialmente promotoras de “obras públicas”, mas também operam a partir de instituições privadas, como ONG’s ou multinacionais com interesse neste sector.<br /></span><span style="font-family: arial;">Constitui a classe de <span style="font-weight: bold;">“carapaus-médios”</span>: o pessoal sénior do GACOPI (Gabinete de Coordenação de Projectos de Investimento/MISAU), CEE (Construções e Equipamentos Escolares/MINED), Direcção de Logística e Infra-Estrutura/AT, Direcção de Infraestruturas/MUNICIPIOS, Coordenação de Projectos/ONG’s, entre outros.<br /></span><span style="font-family: arial;">Pela natureza <span style="font-weight: bold;">“sistémica e continuada”</span> das suas acções, pelas <span style="font-weight: bold;">“volumosas somas que desviam”</span>, não tenho dúvidas em afirmar que os <span style="font-weight: bold;">“carapaus-médios”</span> ocupam a <span style="font-weight: bold;">“linha da frente”</span> da <span style="font-weight: bold;">“corrupção na construção civil em Moçambique”</span>.<br /></span><span style="font-family: arial;">Pela sua quantidade de <span style="font-weight: bold;">“tentáculos”</span> e, se de facto pensou que se tratasse de <span style="font-weight: bold;">“peixes”</span>, fique atento ao próximo post para perceber como actuam estes <span style="font-weight: bold;">“moluscos”</span>!!</span></div><div class="blogger-post-footer">Precisamos perceber e pôr em prática que, o bem estar se constrói com trabalho árduo e honesto!!</div>Jonathan McChartyhttp://www.blogger.com/profile/03293709882685120688noreply@blogger.com0