Nada é mais comum que o esforço de proteger “Auto-estima”, não com “Consciência”, mas com “Inconsciência” – com “negação” e “evasão” – o que somente resulta numa progressiva deterioração da mesma (Auto-estima). De facto, muito do comportamento que apelidamos de “neurótico” pode bem ser entendido como um esforço desorientado para proteger a “Auto-estima”, por meios que na realidade são “contraproducentes” e “prejudiciais” a essa “Auto-estima”.
Quer admitamos, quer não, existe um estágio em que todos nós sabemos que esta questão de “Auto-estima” se revela de extrema importância. Evidência para esta observação é o comportamento defensivo com que pessoas inseguras podem responder, quando os seus erros lhes são apontados. Ou a extraordinária manifestação de “negação” e “auto-engano” que as pessoas exibem em relação a seus grosseiros actos de “inconsciência” e “irresponsabilidade”! Ou a forma “ridícula” e “patética” com que as pessoas procuram engrandecer os seus “egos” através da manifestação de “riqueza” ou “prestígio” de seus esposos(as)/parceiros, a marca dos seus carros, roupas de costureiros “top-gama”, ou pela exclusividade do seu clube de golfe.
Mas, nem todos os “valores” que as pessoas tentam usar para suportar a sua “pseudo-auto-estima” são “ridículos” ou “irracionais”! Trabalho produtivo é certamente um “valor” para ser admirado! Mas, se alguém pretende compensar a sua deficiente “Auto-estima”, tornando-se num “Maluco do Trabalho”, então essa pessoa estará a entrar numa batalha que nunca poderá vencer! Nunca chegará o ponto em que essa pessoa sentirá ter realizado o “bastante”! “Gentileza” e “Compaixão” são inegáveis “virtudes” e elas são parte do que realmente significa viver uma “vida moral”, mas elas não são substitutas de “consciência”, “independência”, “auto-responsabilidade” e “integridade”! E, quando isto não é entendido, elas são normalmente usadas como meios disfarçados “comprar” amor e talvés mesmo, como um senso de “superioridade moral”: “Eu sou mais amável e compassivo do que você alguma vez será e, se eu não fosse assim tão humilde, te teria dito, sem reservas!!”
Um dos grandes desafios da nossa prática de “viver conscientemente” é prestar atenção àquilo que, de facto, “nutre” ou “deteriora” a “Auto-estima”.
A realidade pode (deve) ser bem diferente das nossas crenças!!
Nós, por exemplo, podemos ficar fascinados quando recebemos um “elogio”, e podemos pensar que: “Quando ganharmos a aprovação das pessoas, então, teremos Auto-estima”! Mas, se nós formos devidamente “conscientes”, iremos notar que esse “sentimento agradável” se evapora pouco tempo depois (do elogio) e nós parecemos insaciáveis e nunca totalmente satisfeitos! E isto, nos fara perguntar se teremos pensado apropriadamente acerca das fontes de uma genuina “Auto-aprovação”??
Ou podemos notar que, quando nós pusermos o melhor da nossa “consciência” em prática, ou enfrentar uma verdade desconfortável com coragem, ou tomar responsabilidade pelas nossas acções, ou não ficarmos calados quando sabemos que a situação a isso obriga, ou recusarmos a trair as nossas convicções, ou perseverarmos mesmo quando perseverar nao é fácil – a nossa “Auto-estima” cresce e se fortifica!! Nós podemos notar que, se e quando, fizermos o contrário, a nossa “Auto-estima” se erode! Mas, é preciso realçar que, todas essas observações implicam que tenhamos escolhido “viver e sermos conscientes”!
No mundo do futuro, às crianças serão ensinadas a dinâmica da “Auto-estima” e o poder de viver “conscientemente” e ser “auto-responsável”! Elas serão ensinadas o que “Auto-estima” é, porque ela é importante e de que factores ela depende! Elas irão aprender a distinguir entre uma “autêntica Auto-estima” e “Pseudo-auto-estima”! Elas serão conduzidas a adquirir estes conhecimentos porque se terá tornado aparente, virtualmente a toda a gente, que “a habilidade de pensar, aprender e responder confidentemente à mudança, é o nosso meio básico de sobrevivência” !! E que isto não pode ser falseado, adulterado ou manipulado!!
O propósito da escola é de preparar a juventude para os desafios da vida adulta. Eles precisarão entender estas matérias para que estejam adaptáveis a uma era de informação em que a “Auto-estima” terá adquirido um estatuto de “urgência”! Numa economia global altamente competitiva, com todo o tipo de “mudanças” acontecendo de forma cada vez mais acelerada, existirá pouco “Mercado” para a “incosciência”, “passividade” e “falta de auto-confiança”! Em linguagem de negócios, “baixa auto-estima e descuidado exacerbado, põem alguém em desvantagem competitiva”!
Contudo, nem professores em geral, nem “professores de auto-estima” em particular, podem fazer o seu trabalho apropriadamente, ou comunicar adequadamente a importância do seu trabalho, até que eles percebam a “íntima relação” entre as seis (6) práticas acima descritas, auto-estima e a devida adaptação à realidade.
“O mundo do futuro” começa por perceber isto!!