12 setembro 2008

Tomando um “copito” com o Ministro das Obras Públicas e Habitação!!


“Muitas obras dos antigos tornaram-se fragmentos. Muitas obras dos modernos já nascem como tal!”
Friedrich Schlegel

Mano Zacas, é daqueles “own man”, dirigentes pouco vulgares, com quem ter uma conversa e tomar um “copito” só pode resultar numa experiência impar!
Uma das comidas que “entra bem” e suavemente, é uma xima (utsua) com um caril de carangueijo! De certeza que vai adorar, e, como Excia é um “bom copo”, vamos tomar da nossa “cachaça”, a “primeirinha” (alguém sabe qual é o seu teor de álcool?)!

O Ministério das Obras Públicas e Habitação (MOPH) é daqueles em que, salvo algumas vezes, em que se pretende misturar alguma “politiquice”, tem mostrado uma estratégia compreensiva de acção, em termos de priorização de infraestruturas para ir catapultando gradualmente o desenvolvimento desta nação! Vemos isso, no sector de estradas e pontes, construção e expansão das redes de abastecimento de água aos centros urbanos e zonas rurais, entre outros!

Mano Zacas é daquelas personalidades que desarma aquela aura pesada que caracteriza o ambiente envolvente de figuras públicas e, facilmente granjeia simpatias da sua audiência! Nós, que aqui no “Desenvolver Moçambique” primamos pelo “senso comum”, não iríamos certamente ser uma excepção na observação deste aspecto! Gostamos do Mano Zacas e lhe desejamos sucesso na administração do seu pelouro e que continue por muito mais tempo a dar os seus préstimos a este país!
Pessoalmente, julgo estarem sendo tomadas decisões “acertadas” pelo MOPH nestes sectores, mas considero estar a ser “discreta” e diria até “mediana”, a governação do Mano Zacas! Gostaria, portanto, de realçar três (3) pontos que julgo serem fulcrais para essa avaliação “moderada” que lhe atribuímos!

Primeiro: Barragem de Massingir
Nos países onde há “accountability” e os governantes sentem o “peso” que recai sobre si, quando assumem um cargo público, e tal como o “paiol” para o então Ministro da Defesa, esta seria uma ocasião adequada e, de forma voluntária, para Excia apresentar a sua demissão! Não é, de forma alguma, aceitável que uma infraestrutura como esta, de capital importância para o país, e que acabe de absorver acima de 125 milhões de dólares para a sua reabilitação, sofra danos que venham a requerir outros tantos 40 milhões, tudo, por razões que, nada mais e nada menos, roçam à negligência! Com a nossa cultura de imputar culpas a agentes externos ou mãos invisíveis, não me admiraria que desta vez (e tal como o “calor” da outra vez), a responsabilidade recaisse sobre a “água”! Sim, ela é que forçou a rotura das “descargas de fundo” (ai ‘tão não?)!

Excia! É inaceitável que, um empreendimento destes, seja tratado após os investimentos todos efectuados, como se de uma “capoeira” ou “pocilga” se tratasse! Se se dispenderam valores da ordem de 125 milhões de dólares, nós pacatos cidadãos, perguntamos porquê não foram incluídas as componentes de “equipamentos” de modo a permitir a operacionalização normal da infraestrutura, uma vez terminada a sua reparação? Porquê não ter sido encontrada uma solução sustentável para o problema do fornecimento de energia eléctrica à barragem? Tem-se milhões de metros cúbicos de água armazenada e acha-se “porreiro” que não haja sequer electricidade para accionar o sistema de comportas nos casos de emergência em que é indispensável a sua manobra para controlar os níveis na albufeira?? Uma retro-escavadora ou uma pá-carregadora que, mesmo que fosse em segunda mão (algumas até podem ser adquiridas a menos de 100 mil USD) para fazer a limpeza do canal e outras tarefas básicas? Mas para mim e, para além da expressa negligência não só do Consultor e da Fiscalização, mas também da Ara-Sul, DNA e todo o MOPH em geral, no concernente a inspecção dos componentes de “descargas de fundo”, durante o processo de reabilitação, eu acho “gravíssimo”, que não se tenham criado condições para a correcta operacionalização e monitoria desse “monstro” que é uma barragem daquelas dimensões! Excia acha mesmo que o “srs. Ngovenes” (leia-se, todo o pessoal pouco qualificado, sem manuais de instrução e que esteve até então, encarregue pela infraestrutura) estavam a altura de tomar conta daquele empreendimento? Já que Cahora Bassa “é nossa”, porquê não se pensou com a devida antecedência, a criação duma estrutura de operacionalização da infraestrutura, bebendo da experiência dessa “obra irmã”? Deixa-se um empreendimento daqueles “às moscas” e achavam que ele por si só, iria tomar conta do seu destino? Ademais, e estando prevista essa “Assistência Técnica” no contrato com o Consultor, porque razão é que, mesmo passado um ano depois de concluidas as obras, nada foi feito pelo MOPH para alterar esse cenário “perigoso” e de extrema vulnerabilidade que estava a ser dado à operacionalização da barragem?? Aqui, Excia e a sua equipa ministerial, têm que dar a mão à palmatória e virem a público, explicar como tamanha asneira pode ter ocorrido e eventualmente outras ainda estejam a acontecer com a administração dos nossos recursos capitais!

Segundo: Estrada Namacurra – Rio Ligonha
Eu sou daqueles que acha que Excia foi nomeado ao posto pela forma aguerrida e corajosa, como “desbaratou” o até então, “maior empreiteiro da Beira” que, apesar desse título, nada mais estava fazendo, senão prejudicar ao Estado em somas avultadas de dinheiro e oferecendo um produto de qualidade inaceitável! Porém, devo confessar que fiquei “perplexo”, pela atitude “inerte” que tem caracterizado as suas intervenções (desde o início) em relação à “tragédia” que tem sido a obra do troço “Namacurra-Alto Molócue”! Não só, a sua posição incontestável de “tough man”, como a postura de todo o nosso Governo ficaram seriamente abaladas e a soberania da nossa nação saiu enfraquecida! Andamos a gritar todos os dias “independência total e completa”, mas se alguém tinha dúvidas, este “caso” é a prova irrefutável de que, quem manda aqui são os “donos dos dinheiros”! E “levamos” duas vezes! “Levamos” com os juros desses créditos e “levamos” com a maneira “desajeitada” e os “mismanagements” a que somos impostos na utilização desses dinheiros! Isto aqui é uma autêntica “lose lose situation”! Excia, “contrato é contrato”! E, em qualquer parte do mundo, eles contêm uma cláusula chamada “Prazos”, que não anda sem a sua irmã gêmea “Multas”! Se não cumpre com o previamente acordado, “chupa”! Já vão quase 2 (dois) anos para lá do periodo inicialmente indicado para o término dessa obra e, estamos aqui nesse “deixa-andarismo” absolutamente inaceitável! E, nós pacatos cidadãos perguntamos: “Estará o empreiteiro a pagar as devidas multas”?? Alguém, por acaso, já fez a análise dos custos (leia-se, benefícios) advindos duma infraestrutura capital como aquela, num periodo de dois anos?? E quem nos vai ressarcir por essas perdas que a nossa economia está a sofrer como consequência desse empreiteiro desorganizado?? (Pelo menos já estão para terminar a ponte para Lugela! E nem me perguntem depois de quanto tempo para lá do prazo inicial….)!
E que autoridade terá Excia para repreender um empreiteiro nacional que venha a cometer as mesmas falcatruas?? Estou a pensar em abrir uma empresa de construção e, caso aconteça alguma “eventualidade”, Excia pode ter a certeza que não lhe deixarei “piar o bico” (passe a expressão)!! E é o que todo o empreiteiro e as suas respectivas associações deveriam reivindicar perante esta evidência clara de “dois pesos, duas medidas”!!

É bom que para os próximos concursos para obras de alta envergadura, as instituições públicas comecem a ter consigo um “cadastro” da performance dos principais empreiteiros do país, e “pesar” devidamente essa informação no processo de avaliação! Se se prestasse atenção não apenas às “luvas” e a quem “(nos) paga melhor” (corrupção “legalizada” que acompanha estes processos), ter-se-ia visto facilmente que esse empreiteiro já vinha evidenciado problemas sérios e falta de gás para terminar várias outras obras públicas, num passado muito recente!


Terceiro: Fundo de Fomento a Habitação

Este é daqueles assuntos que deveria estar na primeira linha desta postagem! E, acabei “descobrindo” que afinal, o Ministério do Mano Zacas é de Obras Públicas e de “Habitação”! E estive aqui a matutar, o que exactamente tem sido feito nestes 33 anos de independência no que concerne a esta temática? Confesso que, para além da venda do património da ex-APIE, não consegui vislumbrar nada (o leitor talvez me pudesse dar uma ajudinha)!!!

O nosso pais é pobre (não é esse “anestesiante” que se gosta de vender em toda a esquina?) e absolutamente, ninguém está aqui a curto e médio prazos, a espera que o Governo comece a construir habitações ou bairros para as populações carenciadas, como os (famosos) “Projects” nos Estados Unidos! Acho que todo o cidadão “com juizo” no lugar, nem deve sequer pensar nisso! Mas o Governo, tem as suas “responsabilidades” e podia ir fazendo algo para terminar por completo esta situação de que um individuo tenha que ter na mochila, um milhão de meticais “cash” (um bilião da antiga familia), para adquirir um apartamento! Isso, meus caros senhores e especialmente Mano Zacas, precisa terminar urgentemente! Este país não pode continuar a promover essa cultura de “far west”! Não pode e isso é inaceitável!! Este povo está a trabalhar e tudo o que precisa, é de mecanismos formais que tornem a sua vida “facilitada”! Não podemos continuar alienados por um sistema bancário unicamente orientado para o lucro exacerbado e, mesmo apresentando aumentos anuais (lucros) da ordem de 300%, continuam a oferecer taxas de crédito astronómicas e exigindo tectos salariais e outras condições desfasadas da realidade do “average Joe” moçambicano! O Governo não pode continuar a assobiar para o lado!
Eu devo bater palmas a si, Excia, pela escolha que fez para a presidência do Fundo de Fomento para a Habitação! A dra. Psicóloga é de uma beleza estonteante! Excia é mesmo do olho…!!
Mas cadê o “trabalho”?? Tem o mesmo aspecto?? É também "beleza"? (como dizem os brasileiros). O que exactamente tem estado a ser feito, para mudar este cenário lamentável de coisas??
“Off record”, pelo menos o que tenho ouvido é que a juventude que foi recrutada para esse organismo (a maior parte dela, Arquitectos), mesmo os que foram enviados para dirigir as delegações provinciais, não passam de uns “estafetas” telecomandados a partir de Maputo! Não há campo para dar aso ao seu espirito criativo e irem encontrando e contribuindo com formas que se adaptem melhor ao contexto particular de cada provincia, nesta problemática da habitação! Diz-se mesmo que, a “boss” está a pôr tudo ao avesso! E estive a perguntar-me: Para um país que não tem “Politica de Habitação” e, de forma espreguiçada começa a gatinhar nesse sentido, o que uma “Psicóloga” que não faz, não deixa fazer e nem sequer se dá ao tempo de ouvir as contribuições que essa juventude abalizada na matéria tem para oferecer, exactamente fará para tirar esse sector “crucial” do marasmo em que se encontra??
A palavra de ordem ao povo moçambicano nos últimos tempos tem sido “aumentar a sua auto-estima”! Que auto-estima se pode esperar que um individuo que trabalha toda a sua vida, de forma empenhada e honesta, venha a ter, se ele nem sequer tem meios para obter uma habitação decente!! Habitação é um meio essencial e básico, como o ar que respiramos!!
Já que os nossos “big bosses” passam os fins de semana lá do outro lado da fronteira, será que não ficam envergonhados quando vêem aqueles bairros bem organizados, com casas-“tipo” simples, mas decentes e aconchegantes que pululam pelas redondezas de Johanesburgo ou Nelspruit?? Eu pelo menos fico!!

E, em relação à ideia algures avançada sobre um “Banco de Fomento Habitacional”, que julgo dever estar neste momento jogada ao abandono, convido Excia a ler “o copito” que tive com a PCA dos Correiros de Moçambique!

Já que hoje é “dia do homem”, e o Mano Zacas também tem “expertise” em “boemia” e é um reconhecido “patrono da night” (titulos partilhados com o nosso grande Ungulani Ba ka Khosa), nada mais me resta senão lhe desejar uma óptima Sexta-feira!


“É preciso que um autor receba com igual modéstia os elogios e as críticas que se fazem às suas obras”
Jean de La Bruyère

16 comentários:

Unknown disse...

O ya ....heheheehe! O mano Zacas deve ter desatado a rir ate' doer a bariga, por precisamente concordar como tudo o que plasmou.

Mas uma caisa e' certa, o Mano Zacas esta' com as maos atadas de momento. A interferencia politica do 'establishement' coibe-lhe a tomar posicoes e ter atitude para com o problemas que se abatem ao pelouro que dirige.

Todo mundo sabe que o calaram,efim, se fosse por ele, estes sao pontos dos que incomodam maioria e nao a minoria, seria prontamente atacados e viabilizados, senao mesmo resolvidos.

Ximbitane disse...

Clap, clap, clap... Primeiro foi o susto: sera que o Jonathan perdeu o juizo? Depois veio o reconhecimento da essencia do copo! Grande artigo este e a maxima de Jean de la Bruyère cai que nem uma luva de pelica. Parabens!

Pela qualidade, frontalidade e critica construtiva e por ser vespera do dia em que as mulheres estao livres, para fazer o que bem lhes apetece, ofereço o mutwlutxlu para matar a ressaca da ressaca desses copitos.

Jonathan McCharty disse...

Caro Dede!
Obrigado pelo comentario!
E' verdade que o mano Zacas, nao pode aparecer gastar "cartucho", atirando para quem atravessa a linha! Ele tem que agir numa plataforma consertada e, de acordo com as directivas de todo o elenco governativo! Os tipos "pagam" e eles tem sempre "muito" a dizer! E' preciso nao se esquecer tambem que, aquela obra comecou na vespera e na governacao Portuguesa da Uniao Europeia! O proprio Durao Barroso, inclusive chegou a ir visitar a obra! Mas, se por um lado estamos supostamente a lidar com os "patronos" da moral, integridade e civilizacao, por outro, notamos que as coisas nao sao bem assim! Se o empreiteiro a executar aquela obra fosse mocambicano, podem crer que ja' lhe teriam arrancado a obra, cancelado o seu alvara e tudo o mais que se pode imaginar! A UE estaria aos maiores brados, acusando a incapacidade dos africanos de executar coisas e bla bla....Ainda nao ouvi nada deles, a respeito do desempenho do seu filho da casa!

Jonathan McCharty disse...

Hehe, Ximbitane!
Apanhaste um susto, eh?
Nao sei se a ideia inicial era essa, mas a escrita acontece e vai fluindo! Acho que, acima de tudo, temos que ser, antes de mais, honestos connosco proprios!
Obrigado pelo parecer que da' ao artigo!

E esse mutwlutxlu nao poderia cair melhor, a esta altura que respondo ao teu comentario, hehe!

Um abraco e um bom weekend!

P.S- "...e por ser vespera do dia em que as mulheres estao livres, para fazer o que bem lhes apetece"!
Com tanto machismo que anda por ai, muito homem nunca pára para pensar nesta verdade! Afinal, este dia acaba sendo 75% das mulheres....

MOZVOZ disse...

Ora, esta, você é mesmo corajoso ou os copitos o levaram de viagem a lua.
McCharty atribuo-o, o virtual diploma de corajoso.
Onde irá o mano Zacas buscar os recursos humanos para tantos sonhos, olha que o Próprio Executivo é o primeiro entrave - temos uma farsa de politica social.

A menos de seis meses, Engenheiros moçambicanos rumaram a Portugal para um curso de capacitação na construção de barragens? eram mesmo engenheiros? como o senhor gozam de uma coragem católica, que não queria ter, pois envergonham a nação.
Ainda bem que fala dos
33 anos do nada - o mano Zacas, é o da bibilia? Então acorde e não se deixe corromper por simples copitos.

Ximbitane disse...

Olha o mutxlutxlu bem quentinho e cheirosinho! E pela hora que voltaste (hehehehheehe) parece que os copitos com o mano Zacas foram a doer!!!

Bom, indo a vaca fria, sob a ressaca, eu juro que perdoo tudinho. Mas nao perdoo o facto de com a minha idade ser uma moçambicana sem tecto. Caramba!

O que eu vou deixar para os meus filhos senao um monte de dividas ao banco pela compra de um apartamento? Pela minha maior revolta, a si, mano Zacas, so dou uma colherinha de mutxlutxlu!

Jonathan McCharty disse...

Caro(a) MozVoz,
Obrigado por ca' aparecer e obrigado pelo diploma! So' nao percebi, que elementos tomou em consideracao para essa atribuicao!

Quando refere "Onde irá o mano Zacas buscar os recursos humanos para tantos sonhos...", estara', porventura, a se referir as questoes que levanto em relacao ao pessoal afecto a Barragem de Massingir? Se sim, o MozVoz acha ser aceitavel, deixar um empreendimento daqueles ao "Deus dara'" e ao acontecerem problemas como os ocorridos, meramente alegarmos que "ha' falta de recursos humano"? E' para si, uma justificacao convincente e satisfatoria?

"A menos de seis meses, Engenheiros moçambicanos rumaram a Portugal para um curso de capacitação na construção de barragens?"
Fiquei sem saber se estaria fazendo uma afirmacao ou uma interrogacao.
De qualquer das maneiras, soube desse curso que se realizou por pouco mais de 1 mes e sei que alguns dos participantes eram engenheiros formados. Agora, espero que o MozVoz nao esteja a considerar que essa curta formacao, serviu para capacitar esses individuos a ponto de estarem a altura de gerir uma barragem como a de Massingir!

"..como o senhor gozam de uma coragem católica, que não queria ter, pois envergonham a nação."
Nao vejo como e' que ir obter uma formacao e melhorar os seus conhecimentos e experiencia, seja sinonimo de "envergonhar o pais"! E, tenho dificuldade em encontrar o paralelismo que faz, quando refere "tal como o senhor"!

Neste blog, primamos pela apresentacao de factos e, por uma cidadania participativa, contribuirmos de forma positiva, nao so' pelas criticas levantadas, mas fundamentalmente, pela proposta de solucoes! Nao as apresentamos com "caracter definitivo", mas fazemo-lo com o intuito de as irmos refinando atraves do debate, franco, honesto e aberto! O MozVoz, e' convidado a contribuir com as suas ideias e pareceres!
Tenha um optimo final de semana!

Jonathan McCharty disse...

Amiga Ximbi,
Many thanks pelo mutxlutxlu! Aquela hora, ler o seu comentario teve a mesma sensacao de meter umas colheradas pela boca adentro, hehe! Sexta-feira e' dia do homem, "ai 'tao nao'?, hehe! Eu tinha que fazer o meu papel.....mas nao foi com o Zacas,hehe!

Epa, do jeito que as coisas estao, tens toda a razao de, ao "mano Zacas, so dares uma colherinha de mutxlutxlu!", hehe! Quem sabe, ele se empenha em delinear solucoes para este sector onde praticamente nada tem sido feito.
Bom weekend pra ti e Yndongah, nossas "divas" da blogsfera!

Yndongah disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Yndongah disse...

Jonathan,

Parabéns pelo artigo, muito arrojado e cheio de humor.

Acho que o “copito” com o mano Zacas merece parte II.
Parece que não houve sobremesa, espero que ele não tenha tido uma congestão.

Sugiro que o convide para um café, eu posso oferecer umas “mandiocas douradas”, cai muito bem...
E leva lhe o meu recado! Tou preocupada com a reabilitação(alargamento) da avenida de Moçambique, antes as obras eram contínuas, de repente tudo parou, e o congestionamento continua.

A ideia da obra é muito boa mas está tendo alguns efeitos desagradáveis por exemplo foi necessário transferir as paragens do jardim e agora os chapas do benfica param na ponte pode? Paragem na ponte? Nas horas de ponta param ali mais de 3 chapas super lotados, não é arriscado?

Outra coisa, construíram na berma da estrada uma espécie vala, digo espécie porque não existe canal nenhum, quando chove a agua fica ali, não se move!Centro da imundisse, tem papeis, cascas de fruta,latas vazias, enfim, todo o tipo de lixo.Para que serve aquilo?Ou será obra dos “Ngovenes”?

Bom fim de semana para ti também e obrigada pela “Diva”

Ximbitane disse...

Mandiocas douradas? Humm, parece que agora se vai ter que designar "Copitos e petiscos"!

Mas é verdade, Jonathan, andamos mesmo descontentes com o mano Zacas, para nao ser diferente dos outros nao é?

Também a questao das responsabilidades dele sao um pouco confusas. Veja o caso do Xikeleni: quem deve tomar nota (plagio ao Damost) do recado? Ministerio ou Municipio?

Bom, nem quero saber, quero é ver as coisas melhoradas e acima de tudo poder comprar a minha casita e nao deixar os putos com dividas eternas.

E, agora apareceu uma empresa a vender casas de plastico ou fibra que podem ser deslocadas de um lado para o outro em caso de cheias ou incendios (bem oportuno, nao?). O que dizes oh so 'nginheiro?

Jorge Saiete disse...

jonathan,
Tu sabes dizer se o mano Zacas que dirige moribunamente o MOPH é o mesmo que a anos dirigiu sabiamente a provincia de Sofala?

Olha, eu acho que temos a mesma forma de ver a beleza. na verdade a boss do FFH é uma belezura o chato é o facto de isso não ser directamente proporcional a sua prestação.

Em relação a habitação, embora seja uma obrigação civica exigirmos a quem de direito a sua providencia, me parece que é tempo de incutir em nossos compatriotas a necessidade de cada um projectar sua propria cabana, porque a abordagem neoliberal da nossa governação tenderá a tornar cada vez minima a intervenção do Estado para além, da palidez desse minimo.

Jonathan McCharty disse...

Estimada Yndongah,

Levantas questoes bastante pertinentes! E' verdade que, apesar de ter feito uma postagem longa, nao era possivel abarcar todos os problemas que ocorrem neste sector, como o prova o teu comentario! A questao da EN1 comecou a sofrer atrasos quando, ao aproximar-se das zonas urbanas, o problema das indemnizacoes as familias que deviam ser retiradas, comecou a afectar as contas do projecto. Mas a informacao avancada e' que isso ja' tinha sido ultrapassado! Agora, so' o Mano Zacas pode responder o que se passa realmente. Quanto aos probemas criados pela transferencia das paragens, a questao, nao so' afecta os utentes de chapa, como tambem aos automobilistas! E' um esforco tremendo, poder atravessar ali no Jardim, para quem vem da Machava! E essa de estacionar na ponte, nao lembra o diabo! Essa e' uma manobra bastante perigosa e proibida inclusive pelos regulamentos. O problema da vala que referes, deve ser resultado do seu "sub-dimensionamento", mas tambem duma incorrecta avaliacao do projectista, em relacao as condicoes do local onde essa estrutura seria implantada! Anda pela cabeca dos nossos Engenheiros/Arquitectos, a ideia de "poupanca doentia" e os resultados costumam ser esses!
Definitivamente, tenho que pensar num "copitoII" com o Mano Zacas, hehe! Ja' agora, como preparas as"mandiocas douradas"? Abraco e boa semana laboral!

Jonathan McCharty disse...

"Mana" Ximbi,

Normalmente, as estradas classificadas, mesmo que atravessem as areas de jurisdicao municipl, costumam ser da responsabilidade da ANE (MOPH)! Essas questoes de responsabilidade costumam estar claras entre as instituicoes de tutela, mas o public nunca e' informado! Talvez porque deixando as coisas assim, e no caso de um "cidadao preocupado" aparecer a reclamar pelos seus direitos, e' facil submete-lo a um "ping-pong" do tipo "Os outros e' que teem que resolver. Isso nao e' da nossa responsabilidade. E, nota-se esse comportamento dos dois lados"!
Quanto as casas de fibra, ou seja de qual for o material, a avaliacao da sua sustentabilidade, nao pode ser efectuada apenas com base numa solicitacao (situacao) excepcional/acidental como as cheias! E' preciso ver a durabilidade, conforto,preco, estectica,perspectiva ambiental, etc! Agora, se e' para instalar nas margens do Zambezi, cuja propensao as cheias e' indiscutivel, ai talvez nao tivessemos que pensar muito, senao nas vantagens que elas oferecem para esse cenario especifico! Se for instalada em Vilanculos ou Nacala, onde de vez em quando ha' ventos fortes, entao a queda duma arvore talvez fosse suficiente para danificar completamente a habitacao. Portanto, e' preciso pesar todos esses elementos!

Jonathan McCharty disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jonathan McCharty disse...

Amigo Saiete,
Todo o mundo anda ultimamente sem tempo. Deve ser porque o ano comeca a descair aceleradamente para o fim, e toda a gente qur terminar os seus planos "utopicos" que tracou, hehe!
Quando se exige intervencao do Governo, o que se quer e' que se criem mecanismos formais para que um individuo que queira construir, tenha possibilidade de obter a ajuda financeira necessaria! Ninguem, num pais onde sao exigidos 5 anos de experiencia, esta' a altura de possuir os montoes de dinheiro necessario em "cash"! O Governo nao se pode furtar, pelo menos, a facilitar a abertura desses servicos!
O Mano Zacas, precisa recuperar a postura que caracterizou o seu desempenho como governador de Manica e Sofala!

Os neo-liberais, desenvolveram os seus paises atraves de uma mao forte do governo nos sectores chaves, mas querem agora nos fazer crer que, tudo sempre foi determinado "pelos mercados"! Isso nao e' verdade, e, se o Governo se quiser alhear as suas funcoes, inclusive determinadas pela nossa Constituicao da Republica, entao, pod nao faltar muito tempo para que alguem privatize o ar que respiramos!