02 junho 2010

“Super-Machos”!!!

“Bons homens”, hoje raream! Enquanto para a maioria dos homens, três variáveis são determinantes para aquilo que consideram “boa mulher”, nomeadamente, peito farto, bunda empinada e “serviços” à altura, para as mulheres, a lista é bem mais longa (algumas vezes, mesmo sem fim).

Para as nossas mulheres, “bom homem” precisa fundamentalmente de ter dinheiro, um bom carro, boa casa, facilidade de “soltar” a mola (há muito cacata à solta, por aí), ser “fashionable”, se formado, “mais melhor”….E a lista não termina!!

Se alguém entra numa relação “sem nada”, o seu espaço de manobra é irremediavelmente limitado!!

Acima de 80% das nossas mulheres (acabei de tirar este número do chapéu), anda à procura de vida fácil, ou seja, limita-se a arrumar a sua “artilharia” e dia e noite dedicar-se a caçar o tal de “bom homem”, “homem feito”!!

Mas, em número cada vez crescente, muitas das nossas “hermanas” têm estruturado as suas vidas, sem pensar em se subjugar a quem quer que seja! Dedicam-se afincadamente aos estudos, formam-se, arranjam emprego ou mesmo iniciam as suas próprias empresas!!

Este segmento, como referi anteriormente, “crescente”, é o pavor dos nossos “Super-Machos”. Super-Machos, muitos deles “formados” e “grandes chefes”, nunca equacionaram a sustentabilidade de conviver com uma “mulher forte”!! O poder exercido pelo “Super-Macho” no lar, não advém do confronto harmonioso de ideias, mas do poder financeiro, da força e da arrogância!! Por isso é que, sob a mais variada gama de subterfúgios, a primeira coisa que o “Super-Macho” faz, é eliminar completamente, toda e qualquer forma que garanta o auto-sustento ou independência económico-financeira da sua parceira. Isto quando ele opta em arriscar a sua hegemonia, esticando o pé um pouco mais, para lá das suas habituais “variáveis decisórias”!!

A mulher do “Super-Macho”, formada ou não, com emprego ou não, na altura em que a relação começa, está liminarmente proibida de trabalhar!! Ora porque “eu ganho o suficiente para ti sustentar”, ora porque “eu vou te dar tudo o que quiseres”, ora porque “tens que cuidar e educar os meus filhos”, ora porque “a empregada cozinha mal e está a estragar toda a minha roupa de marca”, e “bla, bla, bla………”!!

O “Super-Macho” se sente realizado quando a esposa tem que lhe pedir, todos os dias, antes de ir ao serviço, “dinheiro para tomate e repolho”!! “Epa, quanta macheza que “tengo”!!

O “Super-Macho” nunca há-de admitir que a única forma que conhece, para manter o “poder no lar” é assegurar que seja o único a garantir o sustento da família!! Por isso mesmo, é que a esposa tem que estar na cozinha a queimar as unhas com lenha e carvão! Nem sequer participa das conversas do “Super-Macho”, quando este recebe os amigos em casa!! Ela serve apenas para preparar o pestisco!! “Ela não sabe nada”!!! “Não entende destas coisas”!!

Num país como o nosso, com potencial intrínseco de desenvolvimento, mas que ainda não tem nada, o futuro reside no facto, de que devemos começar por ter “famílias fortes”!! E, o papel da mulher, neste equilíbrio de forças é crucial!!

Admirá-mo-nos vezes sem conta, que um pai formado, “Super-Macho”, Chefe, Director, Ministro, Empresário, tenha filhos delinquentes, que nem sequer terminaram a 7ª classe.

Tudo começa em casa!! A mãe é um factor fundamental para o desenvolvimento de uma família!! E, desenvolver a estrutura familiar, é enxertar com factores exponenciais, o progresso de uma nação!!

Esta mentalidade retrógrada dos “Super-Machos” precisa de ser urgentemente combatida!! Nenhuma mulher formada ou com capacidade de trabalhar, deve aceitar ser subjugada e acantonada na cozinha!! O país é totalmente contra este tipo de disperdício de recursos humanos valiosos!!

P.S – Na Alemanha, uma das maiores economias do mundo, as mulheres que não trabalham, são vexadas pela sociedade!! Neste nosso país, em que menos de 5% da população tem ensino superior, e muita mulher capacitada se encontra apenas atada aos seus “oficios caseiros”, será que teríamos também que mandar os “Super-Machos” para serem exterminados numa hipotética guerra, afim de que esta cultura retrógrada seja enterrada duma vez??

Um comentário:

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