03 outubro 2008

“Outubro Branco” – Uma Herança do Carácter deste Povo!

“A felicidade não é fruto da paz, é a própria paz”!
Alain

O 4 de Outubro que amanhã comemoramos reveste-se de uma particularidade que se calhar muitos de vós ainda não tinham notado! Pela primeira vez, iremos superar os anos pós-independência em “Guerra Civil”, com anos sucessivos em “Plena Paz”! Foram 15 anos sanguinários agora enterrados completamente pelos 16 de “Paz Duradoira” e garantia da prosperidade deste povo que soube sofrer, mas que pelo seu espírito de determinação, perseverança e tolerância, se comprometeu em nunca mais deixar esmorecer este “feito nacional” e dos poucos exemplos de sucesso, no contexto actual da humanidade! Não somos ainda perfeitos, por isso, estas ocasiões devem ser de reflexão, por forma a irmos refinando cada vez mais a nossa nação, com vista a encontrarmos na diferença de opinião, salvaguardada pelo diálogo tolerante, franco e aberto, uma oportunidade permanente para temperarmos as nossas próprias convicções e crenças! O “país real” há-de ser produto desse exercício contínuo e resultado da cimentação da noção de que, independentemente da raça, religião, língua materna, condição social, filiação partidária, etc, cada um de nós tem a sua cota parte a oferecer para o progresso e prosperidade desta nação! Que não há “correctos” ou “errados”, “predestinados” ou “ignorados”, detentores de “verdades absolutas” ou os que nunca devem abrir a boca, mas que, de uma forma inclusiva, esta nação se fortaleça no amálgama que a caracteriza e se torne no seu dia-a-dia, cada vez mais una, indivisivel e que cada “cidadão” chegue ao ponto em que perceba, pela evidência prática, que o seu sucesso depende apenas do seu esforço e do seu desempenho! “Que tu podes conseguir, se tentares”!

O conceito de “Nação” não se circunscreve apenas a meros limites geográficos, mas fundamentalmente, à partilha de valores e ideais comuns!

É meu desejo que, neste 4 de Outubro de 2008, cada um de nós Moçambicanos reflicta seriamente sobre os valores e ideais que pretende ver incrustrados neste território do Índico, não como manifestação das ambições ou aspirações dos seus mais de 20 milhões de habitantes, entanto que entidades individuais, mas como uma força motriz uni-axial, comprometida com o progresso social, económico e o fortalecimento da nossa cidadania!

Se, conforme Georges Clemenceau, “É mais fácil fazer a guerra do que a paz”, então não me resta dizer mais nada senão:

Bem Haja, Moçambique!
Parabéns a Todos os Moçambicanos!

E que estejamos atentos para que nenhum figurão venha aqui a público referir que, esta herança do nosso carácter e dos valores em que acreditamos e pretendemos salvaguardar para todo o sempre como “Nação Orgulhosamente Moçambicana”, é algo que actualmente “está no seu bolso” ou que “depende da sua disposição ao amanhecer!

“Cahora Bassa pode ainda não ser nossa”, mas que ninguém tenha dúvidas que, “Esta Paz que herdamos e cuidamos todos os dias, é inteiramente Nossa”! (Não devemos créditos, juros, salamaleques, nem mordomias a quem quer que seja!)

2 comentários:

Reflectindo disse...

Parabéns pelo artigo sobre a Paz em Mocambique

Jonathan McCharty disse...

Obrigado Reflectindo! E' o povo mocambicano que esta' de parabens porque sabe viver em paz e tem estado a dar essa licao ao mundo inteiro!
Obrigado por propagares a mensagem!